Justiça Eleitoral suspende pesquisa irregular do Data M





A pesquisa do instituto Data M que seria publicada neste domingo (dia 3) no jornal Atos & Fatos foi suspensa pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A Justiça eleitoral determinou uma multa diária de R$ 50 mil ao instituto e ao jornal.

Segundo a decisão do juiz Ricardo Macieira a pesquisa apresenta dados irregulares. “A captação de dados apresenta irregularidades capazes de comprometer a autenticidade do questionário”, anotou o juiz na decisão.

Dos 17 quesitos com indícios de irregularidades na pesquisa do Data M, a Justiça Eleitoral entendeu que sete deles comprometem o levantamento. O instituto já foi condenado pela Justiça Eleitoral a pagar uma deR$ 53.205,00 por fraudes em pesquisa eleitoral.

O Data M é de propriedade de José Machado, funcionário do candidato a senador Roberto Rocha (PSB).

No levantamento que a Data M fez, o nome do candidato da coligação Para Frente Maranhão foi apresentado como “Edinho Lobão Filho” e não como registrado na Justiça Eleitoral, LOBÃO FILHO.

De acordo com a decisão da Justiça Eleitoral a maneira como apresentado, pode levar a uma situação de direcionamento da pergunta ao atrelar os nomes dos candidatos a situações que são subliminarmente apresentadas como sendo opções favoráveis ou desfavoráveis ao candidato, sem nenhuma justificativa sobre a pertinência da colocação.

Outro indício de fraude da pesquisa Data M é que não existe no questionário a opção de Voto Branco e Voto Nulo, o que também leva a alteração do resultado da pesquisa.

Ao decidir pela suspensão da divulgação da pesquisa do Data M, o juiz Ricardo Macieira anotou que o levantamento poderia influir na decisão do eleitorado.

“A urgência, por sua vez, se justifica pelo risco (real) de a divulgação dos quesitos mencionados influir na vontade do eleitorado, com possível violação da isonomia que deve ser mantida entre todos os que concorrem ao cargo de Governador do Estado”

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