Mudança!? Que mudança?!


Reproduzo na íntegra artigo do imortal Joaquim Haickel, onde ele esmiúça os motivos que levaram Flavio Dino a se recusar de comparecer a entrevistas da Radio e TV nos últimos dias. 

Vale ressaltar que o artigo repercutiu nos meios políticos e principalmente entre os Dinistas que trataram de rebater o texto de Joaquim com uma outra outra postagem publicada no Blog Marrapá e que também reproduzo na íntegra para que o nosso leitor tenha a oportunidade de avaliar os dois textos e formar opinião sobre o tema.

O texto escrito pelo presidente estadual do PC do B, jornalista Marcio Jerry, peca por seu tom arrogante quando entre outros erros crassos, diz já no titulo: Márcio Jerry põe Joaquim Haickel no seu devido lugar, para constatar a mentira e a impossibilidade da chamada ser verdadeira, basta comparar a biografia de Márcio Jerry com a de Joaquim para perceber que o jornalista está a anos luz atrás de Haickel, comparando os argumentos usados no texto Dinista e possível perceber claramente a pobreza intelectual e argumentativa, seria melhor ter ficado calado, me parece que o tiro saiu pela culatra e ficou provado que Marcio Jerry não é páreo para o imortal Joaquim Haickel. 

Exclamações & Interrogações

Por: Joaquim Haickel 
Algo de muito estranho está acontecendo na campanha de Flávio Dino ao governo do Maranhão, pois não existe nenhuma razão verdadeiramente consistente para ele se recusar a participar de entrevistas ou debates nas emissoras de rádio e televisão de nossa capital exatamente no momento em que o eleitor precisa resolver em quem votar, logo no momento em que o cidadão precisa decidir quem será a pessoa que irá escolher para representá-lo no governo do Maranhão pelos próximos anos!

Segundo todas as pesquisas realizadas até agora, feitas por um lado ou por outro, o índice de indecisão dos eleitores está acima dos 60%. Significa dizer que seis em cada dez maranhenses, cinquenta dias antes do pleito, ainda não sabe em quem votar!

Recusar mostrar a cara ao eleitor, recusar-se a mostrar suas propostas, suas metas, significa na melhor das hipóteses não querer correr o risco de ser rejeitado por ele. Eleitor indeciso é melhor que eleitor contrário. É assim que pensa e agi quase a totalidade dos candidatos que estão à frente nas pesquisas.

Imaginem uma luta de boxe onde um dos contendores teve sorte, encaixou um golpe e levou ao chão o adversário, conseguindo uma vantagem por pontos no primeiro round da luta e passa os outros onze se esquivando, tentando fazer o tempo passar, para ao final ganhar por pontos! ¡Ou um time de futebol que jogando por um empate, fica na retranca, rezando para que o juiz acabe logo com o jogo! É isso que parece estar acontecendo.

O risco que corre o boxer fujão é o adversário colocar um golpe certeiro, na ponta do queixo e levá-lo a nocaute! No caso do timeco retranqueiro, o risco é semelhante. ¡Imaginem um lançamento preciso em uma jogada de contra-ataque e um gol nos últimos minutos da partida!

As desculpas, para fugir ao debate são as mais diversas. Eles falam de parcialidade, de armação em um conjunto de entrevistas levadas ao ar na rádio Mirante AM, onde todos os representantes dos candidatos concordaram previamente com as regras e até sugeriram mudanças que foram acatadas pela direção da emissora; onde cinco dos seis candidatos compareceram e onde nenhum reclamou da forma com que foi tratado e que puderam falar o que bem quiseram, inclusive tecendo duras críticas ao governo e aos proprietários da emissora! Tem algo errado nisso.

Flávio reclama que foi alvo de todos os candidatos que o antecederam nas entrevistas. ¡Que coisa! Quatro desses cinco candidatos atacaram igualmente ao candidato do governo e nem por isso ele deixou de comparecer ao programa ou pediu qualquer direito de resposta ou coisa que o valha.

Ou a direção da campanha de Flávio acredita que o candidato não irá conseguir manter o controle de suas ações em relação a uma ou outra questão, fazendo com que o ouvinte observe alguma inconsistência ou fragilidade em seu discurso, como por exemplo, a sua incapacidade de lidar com opiniões antagônicas, sua pouca paciência, seu ar professoral ou simplesmente pelo desejo de não perder a cômoda vantagem numérica adquirida em mais de oito anos de campanha política e eleitoral!

Não querer participar de um debate na TV Difusora porque ela pertence a um dos candidatos é uma desculpa absurda, para quem deseja governar os destinos de todos os maranhenses. Se a emissora fizesse qualquer coisa que prejudicasse algum candidato, acredito que isso ficaria patente frente às câmeras e aquele que por acaso fosse lesado sairia ganhando ao invés de perder. A mídia televisão tem a capacidade de fazer com que as pessoas comuns que a assistem com muita frequência, possam sentir a verdade ou a mentira dita pelas pessoas. Ela pode nos fazer ver se um ou outro candidato tem segurança do que diz ou se o que deseja é nos fazer crer em… “Aparências nada mais!…”

Como é que alguém que deseja mudar o Maranhão vai fazer para ser transparente e democrático se não é capaz de conceder uma simples entrevista em uma emissora de rádio, mesmo sendo ela adversária? Imediatamente lembro-me de Fidel Castro, de Hugo Chaves e de Cristina Kirchner.

Quer dizer que se Flávio ganhasse a eleição, somente quem concordasse com ele poderia lhe fazer perguntas? Se agora, sem o poder nas mãos, ele destrói a liberdade de imprensa pela fuga e pela ausência, o que faria se tivesse nas mãos o poder maior do Estado?

É essa a mudança que as pessoas conscientes, que os bons maranhenses que apoiam esse grupo liderado pelo PC do B, querem ver implantada no Maranhão?

O que nós queremos é somente uma panaceia? Um mito? Uma desculpa?

Explico: Panaceia significa remédio milagroso que cura todos os males. Ora bolas! Não precisa ser comunista para não acreditar em milagres. Não existe esse negócio de salvador da pátria. O que há é um Sassá Mutema propagando aos quatro cantos que tem nas mãos o tal remédio que cura os males da inapetência, da omissão, da incompetência e da corrupção… ¿Mas será que esse mesmo remédio cura os males da hipocrisia, da arrogância, da prepotência e da intolerância? ¿Será que essa deusa da cura será capaz conseguir ajuda de sua irmã, a deusa da higiene, para que ela faça uma completa assepsia nos asseclas do candidato Asclépio? Acredito que nem duas deusas seriam capazes destes milagres.

PS: Algumas pessoas têm me aconselhado a não me expor tanto. Para eu não defender com tanta ênfase e com tanta veemência os meus pontos de vista, pois se caso Flávio e seus partidários vencessem a eleição eu iria sofrer muitas e grandes retaliações, que sofreria perseguições, que pessoas ligadas a mim iriam padecer nas mãos dos adversários.

Aqueles que me dizem isso parecem não me conhecer. Primeiro porque não acredito que Flávio vença a eleição. Segundo, caso isso acontecesse e houvesse qualquer retaliação a pessoas como eu, de posição clara e definida, pessoas respeitadas exatamente por sua postura antagônica, mas correta, exercida da forma republicana e democrática, isso seria a prova de que, tudo que foi dito sobre ele e os seus, é verdade. Se assim agissem iriam me dar uma oportunidade única de provar que eu estaria certo em não acreditar em suas propostas de mudança.

Mudança!?

Que mudança?!




Artigo: Márcio Jerry põe Joaquim Haickel no seu devido lugar








Ah, Joaquim…

Nem é preciso gastar muitas palavras para contrapor o fadigoso texto do imortal Joaquim Nagib Haickel sobre debates, entrevistas e Flávio Dino. Até porque há excesso de palavras para apenas uma intenção: tentar desqualificar com argumentos falsos o candidato oposicionista Flávio Dino.

(Antes, cedo à confissão do que há pouco tratei com meus botões: – quanto esforço deve fazer o intelectual de bons modos Joaquim para defender o candidato que, na falta de outro, o grupo dele improvisou para a disputa eleitoral deste ano. Claro, Joaquim não é cínico, sabe do Edinho todos os defeitos. Mas se esmera, e nesse mister quanto esforço faz, em defesa da elite decadente com a qual afinal coabita e que agora precisa daquele que até outro dia era só uma espécie de fanfarrão aturado por ser filho do Edson Lobão).

Deixando por aqui os botões, o que diz Joaquim? Que Flávio Dino teria fugido de entrevistas e debates; que Flávio Dino é autoritário e arrogante; que Flávio Dino perfila no mundo ideológico ao lado de Fidel, Chávez e Cristina. Ah, e que Flávio Dino teria receio de enfrentar jornalistas etc…

Ah, Joaquim, até o periquito evocado por teu candidato sabe que não é isso. Tu mesmo, quantas vezes não sublinhaste a reconhecida capacidade do advogado, professor, ex juiz federal que chegou à Secretaria Geral do CNJ; do deputado federal tantas vezes homenageado pela imprensa e por seus pares; do homem de “muitos e acentuados atributos positivos”? Sabes do Flávio Dino as virtudes e o preparo para governar o nosso Maranhão.

Flávio Dino é de uma geração de lutadores pela democracia em todos os espaços de atuação, desde a adolescência. Mostrou ao longo da trajetória grande capacidade para o debate, para a sustentação competente de posicionamentos, até por dever de ofício. Não, Joaquim, não é por recear entrevistas e debates que Flávio Dino não foi à Rádio Mirante AM e à TV Difusora. Aliás, Flávio Dino somente nesta semana irá a dois debates e concederá várias entrevistas.

No caso da TV Difusora, apresentamos propostas claríssimas para que o debate pudesse transcorrer com normalidade e não num ambiente hostil e sem regramento. Por que não aceitaram, por exemplo, mediador do SBT nacional e presença da OAB? Confissão de que armavam algo?

A Rádio Mirante AM preparou um clima que em todos os aspectos fugiu do que seria uma entrevista. Aqui, concordo contigo na referência ao ringue, afinal foi o que a Rádio Mirante preparou. Jornalistas que a todo instante atacam o candidato, muitas vezes desonestamente porque ataques assentados em mentiras, calúnias, farsas, vão a um programa para em coro e a todo instante criar um ambiente de confronto, atropelando respostas, fazendo de cada pergunta um enunciado elaborado pelo comitê de campanha do adversário. Ah, Joaquim, assim não dá.

Somos radicalmente democráticos, com as consequências práticas que daí derivam e dão conteúdo. Inclusive, no respeito às divergências, no debate sempre respeitoso.

Quanto à “retaliações”… Bem isso é tão patético que creio ter sido um “caco” colocado por alguma mente estúpida ao teu texto. Tu jamais cometeria aquela barbaridade ética de malandramente traficar no texto uma tão grave desconfiança acusatória. Tão grave quanto desprovida de sentido.

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