A quem interessa plantar o mito da imparcialidade e da liberdade para críticas na Rádio Timbira?



Ler e ouvir alguns jornalistas consagrados, de renome e destaque na mídia maranhense dizer que são imparciais, que mesmo trabalhando em uma emissora oficial do governo do estado do Maranhão terão liberdade e peito para bater no governo e criticar suas ações quando necessário me faz desacreditar e desconfiar de tais discursos que considero falhos e hipócritas, precisa ser muito ingenuo ou hipócrita para acreditar que tal fato seja, de longe verdadeiro ou tenha qualquer fundamento sério. Me parece maís um apelo midiático falho, sem sentido e desnecessário para tentar levantar a audiência da emissora e passar credibilidade. A encenação amadora produz efeito contrário. Era melhor silenciar.  
 "O apresentador do programa matinal ‘Voz da Manhã’, Heider Lucena, avalia como um desafio resgatar a participação do ouvinte. “Temos a missão de recuperar a presença do ouvinte e reerguer a credibilidade da rádio. Vamos ter no programa notícias quentes com comentários imparciais com destaque para um quadro de saúde para tirar as principais dúvidas do maranhense”, comentou." Heider Lucena sobre a Radio Timbira

...O próprio secretário de comunicação, a quem tenho admiração e respeito, pode confirmar um dos pontos negociados para minha ida para a Rádio Timbira: exigi que tivesse liberdade para criticar o governo quando necessário. Ele concordou. E foi além, disse que não me aceitaria sob outra condição. Agradeço publicamente ao Robson Paz. Jeizael Marques sobre sua ida para a Rádio Timbira CONTINUE LENDO AQUI


Ora é natural, normal e válido que o governo do estado faça investimentos na emissora oficial, renove seu quadro e revitalize a comunicação estatal, afinal precisa se comunicar, vender seu peixe, passar seu recado, fazer sua propaganda, é assim em todo lugar do mundo, em Brasília o governo federal há décadas vem agindo desta forma, agora tentar passar para a opinião pública que a emissora fará uma comunicação imparcial é que os jornalistas que ali atuarão gozam de ampla liberdade para criticar e bater de frente no governo, naquele que paga os seus salários, aí já é demais, é tentar passar atestado de idiota para ouvintes, leitores e espectadores.
Logo no inicio do curso de jornalismo um dos primeiros ensinamentos é, não existe imparcialidade nem no jornalismo nem em qualquer que seja a área de nossa vida, na cadeira de Ciências da linguagem quando estudamos AD - Analise de Discurso, fica claro que é preciso saber quem fala,  o lugar de onde fala e a posição que ocupa, para só depois avaliar o discurso.  se não bastasse tudo isso, Ricardo Noblat diz com todas as letras sua clara opinião sobre imparcialidade no jornalismo, em outro texto o jornalista André Lux esclarece porque não existe imparcialidade no jornalismo.
"Este é um dos mitos cultivados há mais de século: jornalista é imparcial. Ou tem obrigação de ser. Ninguém é imparcial. Porque você é obrigado a fazer escolhas a todo instante. E ao fazer toma partido. Quando destaco mais uma notícia do que outra faço uma escolha. Tomo partido." Ricardo Noblat


Jornalismo: O mito da imparcialidade de imprensa
- Por André Lux, jornalista

“Imparcialidade” é uma palavra que, vira e mexe, aparece em editoriais ou artigos da nossa imprensa corporativa toda vez que ela é acusada de faltar com a ética e de desrespeitar as regras básicas do jornalismo. Os editorialistas e articulistas desses veículos fazem então das tripas coração para defender essa suposta máxima que, garantem, rege o dia-a-dia das suas redações.

Como se fosse possível a alguém simplesmente se despir completamente de toda a sua vivência, aprendizado e visão de mundo para escrever sobre um fato. Se você duvida, então peça para pessoas diferentes descreverem com riqueza de detalhes, por exemplo, um acidente de trânsito. Nunca, jamais, elas ilustrarão o ocorrido da mesma maneira. E, via de regra, alguém vai tomar partido para um dos lados.

É para evitar ao máximo que essa parcialidade inevitável ocorra no jornalismo que existem manuais de redação, regras e até leis que visam regulamentar a prática da profissão. Ouvir todos os lados, dar igual destaque a eles e não publicar denúncias sem provas como verdade factual são algumas das mais básicas e óbvias. Agora, pergunte, você já viu isso EFETIVAMENTE acontecendo? A resposta é, via de regra, um sonoro NÃO!

Mas, como conseguem continuar manipulando a opinião pública de forma tão evidente, se não respeitam nem mesmo os princípios mais básicos do jornalismo? É aí que entram os dois tipos de pessoas que propagam entre a população esse mito da imparcialidade, cada vez mais presentes nas redações: os ingênuos e os canalhas.

Os primeiros, também chamados de “inocentes úteis”, realmente acreditam que um ser humano pode mesmo ser capaz de escrever imparcialmente sobre algo que presenciou ou foi informado por terceiros. Por isso, defendem cegamente os veículos nos quais trabalham e fazem da imparcialidade sua bandeira mais sagrada, acreditando que possuem total liberdade de expressão, quando na verdade apenas escrevem exatamente o que seus patrões gostam de ler. Como exemplo, cito o jornalista Jorge Kajuru, que vivia gritando aos sete ventos o quanto gostava de trabalhar em determinado veículo de comunicação, pois lá tinha liberdade total. Mas, pobre alma, foi só ele falar mal de um político do PSDB para ser demitido sumariamente, em pleno ar!

Já os segundos, bem mais perigosos e dissimulados, são aqueles profissionais que fingem não ter qualquer posição ideológica enquanto vendem os seus esforços para defender justamente aquilo que não existe nem nunca vai existir: a bendita imparcialidade. Estes "formadores de opinião', na verdade, estão apenas defendendo os interesses dos seus patrões e dos que os apóiam (ou vice-versa)! E são muito bem pagos para fazer esse serviço sujo, diga-se de passagem...CONTINUE LENDO 


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