Mais um adolescente é atacado ao sair da escola em São Luís





Infelizmente a insegurança tomou conta das escolas publicas de São Luis, os casos de atentados contra alunos na porta das unidades vem crescendo e causando panico e desespero entre estudantes, familiares e comunidade em geral. As escolas estão sendo invadidas por marginais que destroem o patrimônio publico e intimidam a comunidade.

É preciso garantir a segurança dos estudantes e das escolas sob pena dos criminosos assumirem de uma vez por todas o comando destas instituições. Mais um jovem foi vítima de atentado covarde ao sair de uma unidade de ensino da rede municipal em São Luís. Até quando vamos continuar assistindo a execução de adolescentes na porta de escolas publicas??    
    
O adolescente Bruno Vinicius Lopes Portela de 15 anos, foi brutalmente espancando na saída da escola em que estuda. O fato aconteceu na ultima terça-feira (20), em uma escola da rede municipal de ensino de São Luís, este é o segundo caso em menos de uma semana onde alunos adolescentes sofrem agressões graves na saída da escola.

Bruno é evangélico, faz parte da Igreja Assembleia de Deus do bairro onde mora, e teria sido agredido por cinco adolescentes no momento em que saia da Unidade de Educação Básica (UEB) Sá Vale, no bairro do Anil, onde estuda. O jovem está internado em coma induzida na UTI do Hospital Clementino Moura - Socorrão II. Segundo familiares, as agressões atingiram principalmente a cabeça do adolescente.

Na última quinta-feira (15), no bairro da Divineia em São Luís, a adolescente Milena Coelho do Nascimento, de 17 anos de idade, aluna do Centro de Ensino Vinicius de Moraes, foi atacada e esfaqueada por um grupo de quatro pessoas, a jovem foi socorrida em estado grave e encaminhada ao hospital. Milena ficou internado durante seis dias, mas infelizmente não resistiu e morreu no final da tarde desta quarta-feira (21).

Na madrugada do ultimo domingo, 19 de outubro, A Escola UEB Ana Lucia Chaves Fecury, localizada no bairro São Bernardo, foi invadida por marginais que depredaram a escola.   Os bandidos teriam tido acesso ao interior da escola através do muro dos fundos da unidade. Além de danificar armários, mesas e carteiras de setores administrativos os vândalos invadiram a cozinha e picharam varias paredes.

No dia 20 do mês passado, a escola UEB Santa Clara, na rua 3 Irmãos, bairro Santa Clara, foi incendiada. Na ocasião, parte do telhado e quatro salas de aula da unidade foram atingidas. Na madrugada do dia 21 do mês passado, a UEB Professor João de Sousa Guimarães também foi invadida. À época, os invasores levaram mesa de som, modens, aparelho de DVD, além de uma televisão. As escolas Rubem Almeida, no Coroadinho, e Miguel Lins (no Maranhão Novo) também foram alvos de vandalismos, no dia 18 do mês passado.


No dia 08 de outubro, o Ministério Público do Maranhão (MPMA) ajuizou, Ação Civil Pública de Obrigação de Fazer (ACP) contra o Estado do Maranhão, requerendo que a Justiça determine, liminarmente, que as Secretarias de Educação e Segurança Pública mantenham serviços de vigilância nestes locais.

A ação foi formulada pelos titulares das 1ª e 2ª Promotorias de Justiça de Defesa de Educação de São Luís, Paulo Silvestre Avelar Silva e Maria Luciane Lisboa Belo.

A medida foi motivada por notícias divulgadas na mídia local, relatando a insegurança nas escolas estaduais da capital. Eles destacam que a situação é causada, principalmente, pela ausência de vigilantes nas unidades escolares e de policiamento preventivo nas adjacências.

Foram enumerados, pelo menos, cinco episódios que comprovam a falta de segurança nas escolas da rede pública estadual na capital.

Dois incidentes citados pelos representantes do MPMA mostram a insegurança no Centro de Ensino Doutor João Bacelar Portela, no bairro Ivar Saldanha.

Em 23 de setembro, uma professora teve seu carro roubado do estacionamento da unidade escolar. Câmeras de vigilância registraram o veículo entrando na escola, acompanhado por quatro homens em duas motocicletas e saindo logo em seguida.

Uma estudante foi assaltada, em 5 de outubro, dentro do banheiro do estabelecimento. A aluna teve seu aparelho celular levado por um homem que pulou o muro da escola.

"Isso demonstra a facilidade de acesso ao local de maneira indiscriminada", destacam os representantes do Ministério Público.

Na ação, estão citadas denúncias de tráfico de drogas nas salas de aula do Centro de Ensino Paulo Freire, no Turu. Com medo de represálias, diretores e professores da unidade escolar preferem não se manifestar quanto a essa situação.

A insegurança também foi um dos objetos do protesto realizado, em 30 de setembro, pelos estudantes do Centro de Ensino Marcelino Champagnat, no Centro.

De acordo com os promotores de justiça, a ausência de vigilantes também atinge todo o entorno das unidades de ensino. Para eles, o problema não se limita às escolas estaduais. Por isso, foi ajuizada, ainda, Ação Civil Pública com o mesmo tema no âmbito da rede municipal de ensino.

Na ação, além do pedido liminar, o MPMA requer, ainda, que seja estipulada multa por descumprimento no valor de R$ 1 mil diários por aluno afetado pela insegurança escolar.


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