Lançada no Maranhão campanha que incentiva um outro olhar sobre o adolescente infrator


“Sabemos que no Brasil, as oportunidades não são iguais para todos. A Campanha é uma denúncia e um apelo. A denúncia do hábito arraigado culturalmente de se fazer diagnóstico, e não apenas isso, mas de se construir um juízo e uma condenação do adolescente infrator. Por outro lado, faz-se o apelo para que se dê oportunidade a fi m de que a criança e o adolescente sejam o que é pra ser, já que ninguém nasce infrator.” Dom Luiz Gonzaga Fechio - Bispo de Amparo, referencial para a Pastoral do Menor no Brasil

Com o objetivo de Informar, esclarecer e sensibilizar a sociedade sobre o significado humano, social e político das Medidas Socioeducativas (MSE) para a vida da sociedade e dos adolescentes autores de atos infracionais, foi lançada na última sexta-feira (02), no Maranhão, a campanha “Dê oportunidade – faça a diferença, ninguém nasce infrator”.

Uma iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Pastoral do Menor, em parceria com mais 23 instituições, entre elas a Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), vinculada à Secretaria de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop), a campanha foi lançada no estado pelo arcebispo de São Luís, Dom. José Belisário. 

A Campanha é voltada para gestores de políticas públicas, sistema judiciário, conselhos de controle social e tutelares, educadores sociais, adolescentes, escolas, representantes de comunidades e movimentos sociais em geral. No lançamento, será oferecido material impresso e audiovisual para dar apoio à realização de oficinas, rodas de conversas, seminários e audiências públicas.

“Dar oportunidade não é correr para remediar o mal. Devemos evitar que o mal aconteça e, não é só para recuperar, é para não deixar cair”, refletiu sobre a temática o arcebispo de São Luís, Dom. José Belisário. “Em outras palavras, as políticas públicas como educação e o emprego são fundamentais para prevenção à vida dos nossos jovens, devemos dar oportunidade para que eles conheçam outros caminhos”, pontuou.

A presidente da Funac, Elisângela Cardoso, frisou que as medidas socioeducativas são uma responsabilidade de todos. “Temos que focar na prevenção dos atos infracionais com políticas públicas. É por esse caminho que vamos conseguir resguardar as nossas crianças e a juventude”, alertou. “Apesar da complexidade da socioeducação, é fundamental garantir aos jovens que cometeram atos infracionais tenham uma segunda chance, uma nova oportunidade”, destacou.

O evento aconteceu no Auditório da Igreja da Sé e contou com a presença da Presidente da Funac, Elisângela Cardoso, do defensor público geral do Estado, Werther Lima Jr; do promotor da infância e juventude, Márcio Tadeu Marques; da representante do Conselho Estadual da Criança e do Adolescente, Ana Amélia Bandeira; e do representante da Pastoral da Juventude, jovem Marcos Antônio Moreira.

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