1º de MAIO: com 14,2 milhões de desempregados trabalhador brasileiro não tem o que comemorar



O trabalhador brasileiro não tem o que comemorar neste 1º de maio de 2017, o momento é de incertezas, com um claro retrocesso político, social e econômico que tem gerado perdas irreparáveis de conquistas e direitos históricos adquiridos a duras penas. O presente que o trabalhador recebe hoje, é uma taxa de desemprego recorde, recessão, precarização das relações de trabalho e a consequente perda de direitos dos trabalhadores, mercado em trabalho em clara e ampla mudança, com drásticas redução no numero de vagas ofertadas e a exigência cada vez maior de qualificação, reforma da previdência, trabalhista e a lei da terceirização. 

De braços cruzados, milhões de brasileiros de forma ingênua ainda esperam por um milagre,  veem tudo acontecer de forma passiva e acreditam que vamos superar a crise. Não temos o que comemorar, e sim muito o que lamentar, porém ainda é possível reagir e lutar por dias melhores, pela ampliação e garantias de nossos direitos e e pela dignidade humana. Dia 1º de maio é dia de luta.              

No primeiro trimestre de 2017 a taxa de desemprego bateu o recorde de 13,7%, chegamos ao dia do trabalho com 14,2 milhões de desempregados. Os dados mostram um aumento de 1,8 milhão de desempregados em comparação com o trimestre anterior de outubro a dezembro, uma alta de 14,9% na população desocupada. Em um ano, são 3,1 milhões de pessoas a mais sem emprego, um aumento de 27,8%. Os números fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), e foram divulgados na sexta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Desemprego chega a 13,7% e já atinge 14 milhões de pessoas no Brasil

A chamada reforma da previdência que altera as regras para a concessão da aposentadoria impõem graves perdas aos trabalhadores. Pesquisa Datafolha divulgada Nesta segunda (1º), pelo jornal “Folha de S. Paulo” aponta que 71% dos brasileiros são contra a reforma da previdência. A pesquisa foi realizada em 172 municípios brasileiros entre quarta e quinta-feira da última semana, dias 26 e 28 de abril. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.71% dos brasileiros são contra reforma da Previdência, mostra Datafolha

Quando o assunto e reforma trabalhista e terceirização, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda (1º), 64% dos brasileiros acham que a reforma trabalhista e a terceirização privilegiam mais os empresários do que os trabalhadores —e os próprios empresários pensam assim, revela levantamento do Datafolha. Os entrevistados acham isso da reforma e 63% dizem o mesmo sobre a lei da terceirização — sancionada em 31 de março por Michel Temer e que permite que uma empresa possa contratar outra para qualquer tipo de serviço. Para 60% dos brasileiros, novas leis trabalhistas beneficiam os patrões

Decretado feriado oficial em Em 1924, pelo então presidente Artur Bernardes, o 1º de maio foi instituído como O Dia do Trabalhador no Brasil, e ao longo das décadas sempre foi comemorado em grande estilo, foi no dia 1º de maio de 1943,que o então presidente Getúlio Vargas anunciou ao povo a criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), até bem pouco tempo, o reajuste anual do salário mínimo era anunciado no Dia do Trabalhador.

O Dia Internacional do Trabalhador é comemorado sm outros oitenta países  entre eles Portugal, Rússia, Espanha, França e Japão. Os Estados Unidos, onde ocorreu a mobilização que deu origem à data, não reconhecem a data como o Dia do Tralhador. 

A data surgiu em 1886, quando trabalhadores americanos fizeram uma paralisação no dia primeiro de maio para reivindicar melhores condições de trabalho. O movimento se espalhou pelo mundo e, no ano seguinte, trabalhadores de países europeus também decidiram parar por protesto. Em 1889, operários que estavam reunidos em Paris (França) decidiram que a data se tornaria uma homenagem aos trabalhadores que haviam feito greve três anos antes.

Milhares de trabalhadores foram às ruas de Chicago (EUA), no dia 1º de maio de 1886, para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de 13 para 8 horas diárias. Naquele dia as manifestações movimentaram a cidade, causando a ira dos poderosos. A repressão ao movimento foi dura, com prisões, pessoas feridas e até mesmo trabalhadores mortos nos confrontos entre os operários e a polícia.

Em memória dos mártires de Chicago e por tudo o que esse dia significou na luta dos trabalhadores pelos seus direitos, servindo de exemplo para o mundo todo, o dia 1º de Maio foi instituído como o Dia Mundial do Trabalhador.

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