Parlamentar alerta que o Maranhão corre grave risco de ter a tarifa de energia mais alta do País

Os maranhenses podem receber um presente indigesto nos próximos dias, trata-se de um provável reajuste na tarifa de energia elétrica. A informação é do deputado federal e coordenador da Bancada do Maranhão no Congresso Nacional, Rubens Junior (PCdoB/MA).

O parlamentar denunciou no plenário da Câmara dos Deputados, os prováveis aumentos de energia por parte da Companhia Energética do Maranhão (Cemar). A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) irá realizar, no dia 14 (quarta-feira), em São Luís, uma audiência para tratar da Quarta Revisão Tarifária Periódica da Cemar.

“Segundo a proposta a ser apresentada, o aumento chegará a 19,05% na conta dos consumidores residenciais da Cemar, sobre as tarifas já fixadas em abril. Para as indústrias, a proposta de reajuste é um pouco menor, e ainda abusiva: 17,82%”, detalhou Rubens Junior.

Ainda de acordo com a proposta que será apresentada, as novas tarifas entrariam em vigor no dia 28 de agosto, e tornaria a tarifa residencial da Cemar a mais cara entre as concessionárias de todo o país (R$ 0,561/KWh).

Embora possua metodologia própria, essa revisão terminará por onerar a sociedade maranhense e amplia os já elevados lucros da concessionária. “Somente em 2016 a Cemar lucrou R$ 399 milhões, obtidos sobre uma receita de R$ 3,06 bilhões. Nos últimos cinco anos o lucro líquido da empresa acumula R$ 1,67 bilhão”, detalhou o parlamentar na tribuna.

No evento, também serão definidos os indicadores de Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC) e Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC) da Cemar para o período 2018 a 2021.

Pela proposta a ser apresentada, seriam mantidos os valores de DEC. Mas de FEC seriam elevados, tornando os números maiores aos que já foram fixados para as demais concessionárias da Região Norte.
 
“Não podemos conceber uma medida tão drástica, que não considera a condição atual do país. O estado está sendo incansável para reverter essa situação” ressalta Rubens Junior.

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