domingo, 2 de julho de 2017

Compromisso com a luta de combate ao câncer

"É preciso evitar que dos casos de câncer diagnosticados na rede pública metade já apresente alguma metástase, como ocorre atualmente. Não podemos continuar aceitando que o atendimento prestado pelo SUS seja prejudicado pelo tempo perdido em filas nem por consultas desmarcadas ou marcadas com meses de atraso"



Apesar dos esforços que vêm sendo feitos para o tratamento e cura do câncer no Brasil, ainda se registra grande incidência da doença em nosso país. Anualmente, cerca de 600 mil novos casos são detectados. Estamos acima da média internacional em termos quantitativos. E, para piorar a situação, a sobrevida de nossos pacientes é bastante inferior à verificada nos países desenvolvidos, em razão do atraso no diagnóstico e no início do tratamento.

Devemos trilhar um longo caminho para reverter esse quadro. É preciso evitar que dos casos de câncer diagnosticados na rede pública metade já apresente alguma metástase, como ocorre atualmente. Não podemos continuar aceitando que o atendimento prestado pelo SUS seja prejudicado pelo tempo perdido em filas nem por consultas desmarcadas ou marcadas com meses de atraso.

Sabe-se, hoje em dia, que cerca de 80% dos casos da doença estão relacionados ao estilo de vida. Também são conhecidos seus principais fatores de risco, como o tabagismo, o consumo excessivo de álcool, o sedentarismo e a obesidade. Além disso, segundo o Instituto Nacional de Câncer, já existe possibilidade de cura para mais de 50% dos tipos da doença, desde que a identificação e os cuidados sejam feitos em seus estágios iniciais. Assim, parece que a luta contra o câncer deve ser travada a partir de duas trincheiras: de um lado, as campanhas de prevenção e esclarecimento; de outro, o diagnóstico precoce.

Estamos comprometidos no exercício do mandato legislativo com a eficácia das políticas públicas no combate ao câncer. Como parlamentar, tenho procurado dar a nossa contribuição a causa tão meritória, por meio da aprovação de leis e medidas legislativas que permitam melhorar o atendimento na rede pública de saúde.

Entretanto, por mais bem-intencionadas que sejam as nossas leis, nem sempre sua implementação pode se dar a contento. Na prática, constata-se que o número de hospitais habilitados em oncologia ainda é insuficiente para atender à demanda, podendo-se dizer o mesmo em relação ao número de equipamentos como aceleradores lineares.

Tive o imenso privilégio, no exercício da atividade parlamentar, de conseguir incorporar recursos para ampliar o atendimento oncológico da Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia no Município de Imperatriz, Estado do Maranhão, permitindo que doentes de câncer daquela região tenham o tratamento adequado. Aloquei também recursos para equipar diversas unidades de saúde no interior do estado possibilitando assim a ampliação no atendimento da prevenção e diagnóstico.

Não há como negar reconhecimento às virtudes do SUS, que representou um grande avanço para a democratização do acesso à saúde, no espírito da Constituição de 1988. Mas também não se pode deixar de admitir que o Sistema ainda apresenta falhas, algumas graves, infelizmente, no âmbito do combate à neoplasia maligna. Por exemplo, quando se diagnostica metástase, no caso de câncer de mama, a chance de uma paciente da rede pública morrer é cinco vezes maior que a de uma que conte com outras opções de atendimento além do SUS.

Como diz o ditado: “É melhor prevenir que remediar”. Renovando o meu compromisso com essa luta da prevenção do câncer, espero que possamos obter bons resultados com brevidade.


*Hildo Rocha é Deputado federal pelo PMDB do Maranhão 

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