segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Baleia de mais de oito metros morre encalhada no rio Mearim em Arari


Na manhã da última sexta-feira (26), moradores do povoado São Domingos (Curral da Igreja), comunidade localizada às margens do rio Mearim e distante oito quilômetros da sede do município de Arari, foram surpreendidos com presença de uma baleia de mais de oito metros, morta na margem do rio. 

O achado inédito chamou a atenção da comunidade que imediatamente comunicou o fato à Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Arari (Sematec).

Acionada, a organização não governamental responsável pelo atendimento a encalhes de mamíferos marinhos no estado do Maranhão, - Instituto Amares - deslocou equipe técnica para o local do ocorrido. 

Pesquisadores coletaram dados e amostras do animal encontrado já em estado avançado de decomposição. A equipe constatou tratar-se de um macho ainda jovem, medindo 8,20 m de comprimento. 

A espécie não pode ser identificada através da anatomia em função da decomposição avançada e a posição de encalhe em que se encontrava, a qual encobriu partes corporais essenciais nesse processo. Contudo, amostras biológicas foram coletadas para posterior análise genética. 

A bióloga Nathali Ristau, presidente do Instituto Amares, relembra que este não é o primeiro caso de encalhe ocorrido na região. Em dezembro de 2015, um boto-cinza (Sotalia guianensis), pego em rede de pesca, foi resgatado pela equipe, após comunicação realizada pelo secretário de Meio Ambiente, Jocei Ribeiro.

Nathali ressalta ainda a importância de parcerias entre a iniciativa pública e privada, como a existente entre o Instituto e a Sematec, pois graças à comunicação e o apoio realizado pela secretaria, o atendimento pode ser realizado.

Segundo a bióloga, a ONG Amares que tem reconhecimento nacional e internacional no atendimento a encalhes no estado do Maranhão, é membro da Rede de Encalhes e informação de mamíferos aquáticos do Brasil (REMAB) e as informações obtidas nesses atendimentos integra um banco de dados nacional sobre essas espécies e contribui para o melhor entendimento não só dos encalhes, mas também para pesquisas futuras.

Além disso, mesmo já mortos, o material coletado dos animais em encalhes compõem o acervo didático e científico do Instituto, o qual é utilizado por estudantes de graduação e pós-graduação, além de Educação Ambiental. 

Uma exposição com esqueletos de várias espécies de mamíferos aquáticos está sendo montada pelo Instituto e em breve estará disponível para visitação.

O Instituto Amares recebe informações através do Disque-encalhe (98 98836-1717), pelo Instagram @institutoamares e e-mail: institutoamares@yahoo.com.br

* Informações do site oficial da prefeitura de Arari, com  redação e edição do jornalista Abimael Costa   

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