terça-feira, 27 de março de 2018

CANTANHEDE: Mestres de cultura premiados pelo MINC é resultado do apoio da gestão Ruivo




O resgaste, valorização e o fortalecimento da  identidade de um povo só é possível  através da valorização das raízes culturais deste povo. Para isso é importante não apenas conhecer, mas manter viva e fortalecida na memoria popular nossas origens e tradições, é a nossa cultura que nos valoriza como povo e nos concede o sentimento de pertencimento.

O município de Cantanhede se destaca no cenário regional, estadual, nacional e até internacional como um exemplo positivo quando o assunto e valorização da cultura local. A gestão municipal utiliza inúmeros mecanismos e atua em diversas frentes com o objetivo de fomentar uma ampla reflexão sobre resgate, valorização e importância das raízes culturais de seu povo.

Quatro mestres e mestras de Cultura do município foram classificados  ao prêmio nacional mestre de Cultura. e nessa primeira etapa, o mestre Chicho Sarapião e a mestra Antoninha Lopes receberão o prêmio. Não é a primeira vez que mestres de Cantanhede são premiados.

As indicações ao prêmio mestre de Cultura foram iniciadas ainda na gestão do então secretário de Cultura, Carlito Amaral. A política de indicação de mestres e mestras de Cultura irá continuar enquanto o prêmio existir, disse o atual secretário de Governo, Carlito Amaral. 

"A ideia do prefeito Ruivo é valorizar homens e mulheres que deram suas vidas pela Cultural local, nós indicamos os nomes e o ministério da Cultura decide quem recebe. Estamos também trabalhando na hipótese da criação de um prêmio local para esses fazedores de saber.

O Ministério da Cultura (MinC) iniciou na segunda-feira (26), o repasse de recursos aos vencedores da 5º edição do Prêmio Culturas Populares – Leandro Gomes de Barros. 

Até o dia 2 de abril, serão pagas 411 das 500 iniciativas premiadas (331 pessoas físicas e 80 pessoas jurídicas), com um total bruto de R$ 5.528.573,32. As 89 iniciativas com pagamentos pendentes necessitam apresentar documentos ao MinC para ter acesso aos recursos.

Lançado em maio de 2017 pela Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural (SCDC) do MinC, o edital premiou 500 iniciativas que fortalecem as expressões culturais populares brasileiras, retomando práticas em processo de esquecimento e que difundam expressões populares para além dos limites de suas comunidades de origem. Cada vencedor receberá R$ 10 mil líquidos.

Este foi o primeiro edital de cultura popular lançado pelo Ministério da Cultura desde 2012. Também foi o maior em número de premiações. A iniciativa homenageou o cordelista paraibano Leandro Gomes de Barros (1865-1918), considerado o rei dos poetas populares do seu tempo.

"O Prêmio é um reconhecimento do trabalho, do legado, da vida dedicada e do valor artístico de mestres, grupos e coletivos de culturas populares", afirma a secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural do MinC, Débora Albuquerque. "Poder chegar à ponta e fomentar os fazedores de cultura é um dos nossos objetivos", completa.

De todas as regiões do Brasil

Dos 500 selecionados, 200 foram na categoria "Mestres e Mestras", 200 na categoria "Grupos/Comunidades", 80 na categoria "pessoas jurídicas sem fins lucrativos" e 20 herdeiros de mestres já falecidos (in memorian).

O Grupo Afrolage, do Rio de Janeiro (RJ), foi um dos 151 premiados na região Sudeste. Idealizado pela professora e coreógrafa Flávia Souza, busca dar visibilidade à cultura de matriz afro-brasileira, por meio de manifestações culturais como o jongo, a capoeira Angola, o maracatu, o coco e o samba de roda. Todo último domingo do mês, seus membros promovem, de forma voluntária, um encontro na Praça Agripino Grieco, Zona Norte da capital fluminense. Com 12 integrantes, o grupo reúne até 100 pessoas.

Na região Sul, o Boizinho da Praia, de Cidreira (RS), foi um dos contemplados. Trata-se de um folclore da cultura popular local. A manifestação havia caído em desuso por mais de 50 anos e foi resgatada, registrada e socializada pelo Mestre Ivan Therra.

No Centro-Oeste, a Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge, em Alto Paraíso de Goiás (GO), foi uma das selecionadas. Fundada em 1997, na pequena Vila de São Jorge, é sede e precursora do Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros. O evento acolhe, anualmente, diversas manifestações artísticas e expressões culturais do povo simples brasileiro. A catira e a curraleira, executadas pelos foliões de São João da Aliança; a sussa, dançada pelos Calungas do Vão do Moleque e do Vão das Almas; o lundu e o batuque, representados pelo grupo A Caçada da Rainha, de Colinas do Sul; e o congo, encenado pela comunidade de Niquelândia, são alguns dos exemplos das expressões artísticas que se apresentam anualmente.

No Nordeste, o mestre Severino Vitalino, natural de Caruaru (PE), também foi agraciado pelo prêmio. Com o pai, o consagrado mestre Vitalino, aprendeu a modelar o barro e retratar personagens e bonecos da realidade local. As obras de Mestre Vitalino podem ser vistas no Museu do Barro de Caruaru, em Pernambuco; e no Museu Casa do Pontal, o mais importante museu de arte popular do Brasil, no Rio de Janeiro. O mestre criou uma narrativa visual expressiva sobre a vida no campo e nas vilas do nordeste pernambucano. Realizou esculturas antológicas, como "o enterro na rede", "cavalo marinho" e "casal no boi", entre outras.

Já na região Norte, o "botador de boi", repentista, cantador de carimbó, compositor de sambas, poeta e pescador Mestre Damasceno foi um dos premiados. Ele criou, a exemplo do boi-bumbá, o "búfalo-bumbá" de Salvaterra. A escolha do búfalo se deu por ser um símbolo da paisagem de Marajó. Trata-se de uma brincadeira coletiva, que percorre as ruas da cidade duas vezes por ano, em junho e agosto.


    

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