O Museu da Roça e os abutres predadores da reputação e da dignidade dos "adversários"


Houve uma época em que antes de publicar uma informação o jornalista apurava, checava e conferia de varias formas e modos a veracidade daquele fato, seja através de fontes confiáveis, vozes autorizadas, testemunhas, documentos oficiais e visita ao local do ocorrido. Bons tempos aqueles em que tudo que o jornalista mais buscava e desejava era a credibilidade e a confiança do leitor. 

Destes tempos ficaram apenas boas lembranças e alguns raros exemplares da espécie JORNALISTAS ÉTICOS, que em meio ao modismo das chamadas "fake news" - notícias-falsas -, ou “Junk news” (notícias-lixo), tentam sobreviver no mercado de trabalho usando os velhos e já ultrapassados métodos éticos de apuração e checagem dos fatos,  ouvindo sempre os vários lados envolvidos, antes de publicar qualquer notícia, afinal para esta espécie em processo de extinção, a credibilidade e a confiança do leitor é o alimento que os nutre e os mantêm vivos no mercado.

Produtores e divulgadores de "fake news" - notícias-falsas -, ou “Junk news” (notícias-lixo), agem sempre em bando, predadores natos eles destroem tudo que encontram pela frente, honra, reputação, idoneidade, nada disso escapa da ação predadora da espécie. O que importa mesmo são os acessos,  o saldo da conta bancária, o espaço e a influência na assessoria estatal e o resto que se dane, afinal na lei da selva, cada um que se cuide para não se tornar a próxima vítima.       
             
O caso do MUSEU da ROÇA inaugurado em 04 de março na comunidade quilombola de Juraraítá,  município de Bequimão, é um exemplo claro de fake news. Sem apuração, checagem ou qualquer critério ético, a informação foi deturpada e publicada, claro, viralizou nas redes sociais, causando um estrago irreparável na imagem das pessoas citadas.

Mesmo com a divulgação de uma nota de esclarecimento repondo a verdade dos fatos e desmentindo o fake news, os danos provocados na honra, imagem e dignidade dos citados são imensos e impossíveis de reparação. O erro cometido por uma jornalista etão danoso quanto um erro de um médico cirurgião ou de um engenheiro civil.    

NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE O MUSEU DA ROÇA 




Em decorrência de boatos e matérias maldosas nas redes sociais e em blogues da capital e interior, que sequer tiveram a preocupação de buscar a informação correta sobre o Museu da Roça, idealizado e construído por mim, na comunidade quilombola de Juraraitá, na zona rural de Bequimão, venho esclarecer a verdade dos fatos aos desinformados e críticos sem conhecimento da história dos remanescentes.

Sou Ivete Macedo, uma jovem que saiu da comunidade aos 13 anos de idade, indo para São Luís estudar e buscar mudar de vida. Ao voltar ao lugar onde nasci, criei o projeto do Museu da Roça, com o objetivo de resgatar a cultura e a história de meu povo.

Sabedora de que as casas de taipa em Bequimão estão com os dias contados, resolvi construir o Museu de Taipa, como forma de mostrar aos jovens do futuro como moravam nossos ancestrais. Com o apoio da Associação de Moradores de Juraraitá fui atrás de novos parceiros, como o prefeito Zé Martins e empresários que ajudaram no projeto. 

1 – Como autoridade maior do município de Bequimão, o prefeito Zé Martins foi convidado sim, e esteve presente na inauguração acompanhado de sua assessoria.

2 – Em nenhum lugar foi dito ou escrito que o prefeito Zé Martins construiu o Museu. Muito pelo contrário, sempre afirmou que a iniciativa foi minha, Ivete Macedo.

3 – Ser convidado para um evento e fazer parte da solenidade não é crime. Crime é julgar alguém sem provas, como foi feito por pessoas desocupadas e desrespeitosas.

4 - O objetivo do Museu é resgatar a história e a acultura do povo da comunidade, e principalmente da minha família, que nunca abandou sua terra.

5 – O nome do Museu por si só se identifica. Museu da Roça, em homenagem a minha avó Egídia Costa, local onde serão encontrados materiais usados no trabalho da lavoura e no dia-a-dia de cada família, além de instrumentos raros, como bilha e tear artesanal. 

6 – Aos desinformados, qual trabalhador rural construiu uma casa de alvenaria na roça, o chamado tijupá, há 100 anos?

7 – Antes de criticar qualquer coisa é sempre bom buscar conhecimento. Vergonhoso é fazer críticas ou comentar aquilo que não conhece.

8 – A ideia minha foi construir um Museu funcional, onde os moradores mais velhos pudessem matar a saudade de objetos que fizeram parte de suas vidas no dia-a-dia. O projeto não era para construir o Museu de Alvenaria, já que o Museu é da Roça. 

9 – Desde que assumiu a gestão do município de Bequimão em janeiro de 2013, o prefeito de Bequimão sempre investiu nas comunidades quilombolas, respeitando suas histórias, cultura e tradição, sendo o primeiro prefeito do Brasil a criar a Semana do Bebê Quilombola.

10 – Para finalizar, seria bom ver os críticos visitando a comunidade de Juraraitá para conhecer a história de um povo do quilombo e que precisa ser respeitado por quem quer que seja.

Atenciosamente;

Ivete Macedo
Idealizadora do Museu da Roça em Juraraitá-Bequimão.


FAKE NEWS - JUNK NEWS


Piada Pronta: prefeito aliado de Roseana inaugura museu em casa de taipa


O prefeito de Bequimão, aliado de Roseana Sarney e filiado ao partido da ex-governadora, o MDB, não teve um pingo de vergonha de inaugurar um museu sediado numa casa de taipa, no povoado quilombola Juraraitá.

Tudo bem que trata-se do Museu da Roça, e, certamente uma casa de taipa poderia estar reapresentada nesse museu. Representada, como algo histórico, de um passado que o Maranhão tenta superar, e não como sede do Museu.

As casas de taipa, ainda muito presentes no interior do Maranhão, são uma vergonhosa herança deixada pelos padrinhos do prefeito Zé Martins, desde que Sarney foi governador do Estado em 1964.

Em meio século de domínio sarneyzista, essas casas viraram um verdadeiro monumento à pobreza, que deveria entristecer qualquer político comprometido com o bem estar da população.

As casas de taipa são uma espécie de submoradia, algo quase desumano até, que deveriam figurar apenas como lembrança em museus. Mas, parece que o prefeito Zé Martins prefere que esse tipo de habitação se perpetue, como moradia e como sede da coisa pública. Toma vergonha na cara, prefeito!

Ou o senhor aprendeu com seu aliado João Alberto? Carcará, descaradamente, disse certa vez que as pessoas no Maranhão gostavam de morar em casa de taipa por uma questão cultural. Criem vergonha. Respeitem o povo do Maranhão.

Depois essa gente quer falar mal de programas do governo do Maranhão como o Escola Digna, que tá trocando escolas de taipa por escolas de alvenaria. Ou o Minha Casa Meu Maranhão, onde famílias podem ter acesso a moradias de qualidade.

Valha-me Deus. Eles querem mesmo é que o povo continue na miséria., pobre lascado, enquanto eles se esbaldam em lagosta e camarão, regado a uísque importado às custas da pobreza do Maranhão.

Como é que pode?

 A VERDADE DOS FATOS 



BEQUIMÃO: Prefeito Zé Martins participa da inauguração do Museu da Roça na comunidade quilombola de Jeraraitá


Acompanhado de secretários e vereadores, o prefeito Zé Martins participou neste domingo (4) da inauguração do Museu da Roça na comunidade quilombola de Juraraitá, no norte do município de Bequimão. O Museu da Roça será um espaço para resgatar a historia dos antigos moradores de Juraraitá, onde a nova geração e turistas vão poder conhecer objetos usados por quilombolas e apresentar aos filhos.

Instrumentos usados na agricultura, como machado, enxada, enxadão, cavador, patachos e foice estarão em exposição a partir de agora no Museu, assim como objetos artesanais de barro, ferro de engomar antigo, pilão, lamparina, caximbo e tantas outras peças que fazem parte da história dos quilombolas. O Museu da Roça homenageou Egídia Costa, uma quilombola, mulher forte, guerreira, mãe solteira de 11 filhos, entre eles uma gravidez de trigêmeos.
A idealizadora do projeto é Ivete Macedo, neta de dona Egídia, que saiu de Juraraitá aos 13 anos de idade para estudar em São Luís. Ao voltar, nasceu a ideia de resgatar a história de seu povo. “É um sonho antigo, sai daqui para estudar na capital, mas voltei com a vontade de resgatar a nossa história. Tive ajuda de amigos, parentes e da prefeitura. Estou muito feliz por está concretizando tudo isto”, destacou Ivete.

O líder comunitário Ivan Pereira, também destacou a importância de criar um Museu no povoado. “Lembro-me do sonho da Ivete. Estive com ela em 2016 quando fui pedir apoio para minha candidatura e ela me falou desse projeto. A luta foi grande, mas vitória é maior ainda. O que era sonho agora é realidade. Além da ajuda da comunidade, o prefeito Zé Martins também deu sua contribuição, que por sinal sempre apoiou as comunidades quilombolas”, disse o líder.
A secretária de Cultura e Igualdade Racial, Dinha Pinheiro, destacou a importância do museu para os moradores de todos os quilombos de Bequimão. “Não tenho certeza, mas este museu pode ser o primeiro do Maranhão que vai contar a história de nosso povo. Este é o primeiro de Bequimão e trará grandes contribuição também para o turismo da região. Quero parabenizar a Ivete pela brilhante iniciativa”, enfatizou.

Já o prefeito Zé Martins, destacou o carinho que tem pela comunidade Juraraitá e principalmente pelo seu povo. “Eu era criança quando meu pai Juca Martins construiu a escola deste povoado. Naquela época não tinha estadas, tudo era transportado via barcos. Anos depois Juca Martins ampliou a escola e nós ainda construímos o poço artesiano, trouxemos a eletrificação rural, através do programa luz para todos, o governo Lula, fizemos estradas, estamos revitalizando o rio e muitas ações ainda virão para esta comunidade. Parabenizo a Ivete pela iniciativa e coloco a gestão à inteira disposição da comunidade e no que tiver ao nosso alcance, faremos”, destacou o prefeito.

Estiveram presentes na solenidade de inauguração, o vice-prefeito Magal, os secretários Zé Orlando Ferreira (administração e transporte), Tonho Martins (infraestrutura), Dinha Pinheiro (cultura e igualdade racial), Josmael Castro (assistência social), Edimilson Pinheiro (adj. meio ambiente), além de assessores e vereadores Amarildo Paixão e Valdenor Santana, lideranças comunitárias e quilombolas e comunidade em geral.

Comentários