domingo, 3 de julho de 2016

É preciso esclarecer a prisão e espancamento do neurocirurgião Benedito Sabak

   



As agressões físicas e morais sofridas pelo médico, além do Constrangimento e a exposição pública de sua imagem como suposto marginal precisam ser explicadas e justificadas pelo aparelho de segurança estatal, com a palavra o comando da Polícia Militar e o secretário de Estado da segurança.

Vale lembrar que estamos sob a égide do Estado Democrático de Direito onde os poderes são regulamentados e limitados através da CF/88, tudo que fugir disso é abusivo, ilegal, autoritário e arbitrário. Ou seja nenhum poder é absoluto ou ditatorial, nem mesmo o da polícia.

Jornalista Abimael Costa




Parlamentar critica ação da PM que resultou no espancamento e prisão do neurocirurgião Benedito Sabak


NOTA DE ESCLARECIMENTO


Venho a público esclarecer o triste episódio que resultou na minha detenção por Policiais Militares deste Estado, pelos quais fui conduzido para o DP do Parque Bom Menino, fato este ocorrido no dia 29/06/16 (quarta-feira). 

Cumpre esclarecer ao Público em geral, que sou médico neurocirurgião há mais de 15 anos, com atuação reconhecida nesta cidade e no interior do Estado.

Fato é que, no dia 29, eu estava de PLANTÃO DE SOBREAVISO junto ao Hospital Carlos Macieira e me dirigia à ACADEMIA DE POLICIA CIVIL, para ministrar uma aula no CURSO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS – cujo título seria “AS BASES ANATÔMO FISIOLÓGICAS DO TIRO DE DESCONEXÃO”. Pois bem, por volta das 15h, quando me encontrava na Avenida Beira Mar, à altura do terminal da Integração Praia Grande, ali se realizava a Procissão de São Pedro. 

O trânsito travou em todos os sentidos. Então avistei uma viatura da SMTT, que estava ao lado do meu carro (FIAT UNO). Desci do meu carro e bati no vidro da viatura para chamar a atenção dos guardas. Aí, me identifiquei como médico, e de plantão, e que estava a caminho para ministrar uma aula.

Solicitei a eles que criassem uma passagem pela procissão. O policial retrucou com desdém, dizendo: “Tu não tá vendo que é uma procissão?”. Respondi que sim, mas que ele poderia criar uma passagem, pois, uma cidade de um milhão e duzentos mil habitantes, não poderia ficar refém de uma procissão. 

Foi o suficiente para que o policial de trânsito retrucasse, perguntando: “Tu estás me desacatando?”. Respondi que não, mas que ele deveria fazer o seu serviço, para o qual ele foi designado, no local.

Daí, eles desceram do carro e chamaram três policiais militares, que estavam próximo. Os PMs já chegaram me perguntando se eu estava alterado. Disse que não. E os policiais de trânsito sequer registraram aos Militares, que eu havia me identificado. E estes, sequer me ouviram, para saber às razões e os motivos pelos quais eu havia me dirigido a eles. Um PM chegou mais próximo de mim e me deu um empurrão. Numa ação reflexa, eu o segurei pelo colete e caímos no chão.

Pronto. Daí, eles me chutaram no chão, e a policial que estava junto, me pediu que largasse o colete e obedeci. O Policial Mário me algemou, me colocou no camburão, e me conduziram ao DP do Parque Bom Menino. Lá, assim que desci, o policial chamado Mário me deu um chute e eu caí por cima do ombro. Diante dessa agressão, disse a ele que só fez isso porque eu estava algemado.

Aí ele perguntou: “Estás me ameaçando?”. Respondi que não, mas que ele era um covarde. Pedi para fazer uma ligação e ele respondeu: “Só com a chegada do Delegado”. Nessa espera, fui relatando aos policiais sobre minha profissão. Quando disse que eu era neurocirurgião, que já havia salvado a vida de muitos policiais baleados, e que estava a caminho da Academia de Polícia Civil, para dar instrução sobre tiro, eles saíram da sala e deixaram meu celular em cima da mesa. 

Aí, consegui ligar para o Delegado André Gossain, que já havia me ligado várias vezes. Disse a ele que estava algemado na DP do Parque Bom Menino. Esse interregno durou mais de 03 (três) horas algemado, esperando o Delegado. Eles haviam chamado outros policiais, para trazerem o teste do bafômetro, e o Delegado chegou junto com estes. Perguntou-me o Delegado, se queria fazer o teste do bafômetro. Respondi ao delegado, dizendo: “Doutor, estou de Plantão. Estava indo à Academia de Policia Civil, dar aula. Estou algemado aqui, há mais de três horas.

Levei dois chutes dos policiais, e, portanto, não vou fazer esse teste”. Dr. André Gossain chegou e passaram a me tratar muito bem, me deram água, pois estava cansado, e, depois de todos os procedimentos, me liberaram após o pagamento de fiança. Colocaram no Boletim de Ocorrência, que eu estava bêbado e que havia desacatado a autoridade. 

Para minha surpresa, já em casa, recebi ligações de amigos que viram uma foto minha algemado na delegacia. Pois bem. Essa foto foi tirada por um dos policiais, pois não havia na DP, durante todo o período que estive detido, qualquer repórter. Esse foi o episódio ocorrido comigo. 

Tenha muito cuidado, alguns policiais, realmente, não estão preparados para lidar com o público. Pois estes, aos quais fui pedir ajuda, não souberam sequer distinguir uma simples situação, que exige atenção especial, imagina em situações normais!

Em qualquer lugar civilizado e com policiais minimamente preparados, no momento em que me identifiquei como médico a eles deveriam, pelo menos, ouvir sobre a situação em que solicitava ajuda.

*BENEDITO SABAK THOMÉ JUNIOR – CRM/MA- N° 3.439*

Por Andréa Murad


Inacreditável o que alguns policiais despreparados de Flávio Dino e alguns agentes de trânsito puderam fazer com a reputação de um médico. Dr. Benedito Sabbak, um neurocirurgião conceituado no Maranhão e no Brasil, foi desmoralizado ao pedir ajuda para agentes de trânsito para ultrapassar a procissão de São Pedro. Ele estava de plantão e precisava chegar até à Academia de Polícia Civil para ministrar um curso. 

Os agentes não apenas se recusaram a ajudar, mas abusaram da autoridade e ainda chamaram mais dois policiais militares que, sequer, ouviram a versão do médico que foi agredido no local e na delegacia, onde Dr. Sabbak teve um B.O. registrado por dirigir alcoolizado, mesmo alegando veementemente que estava de plantão. 

Depois de três horas e mediante pagamento de fiança, o médico foi liberado. Só que àquela altura a foto do médico na delegacia já tinha sido tirada por um policial e divulgada covardemente e sem direito à defesa em sites e blog. 

Repudio totalmente tais posturas e que Dr. Sabbak encontre na justiça o amparo legal que repare essa violência sofrida.

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