Deputado Jean Wyllys critica jornal maranhense "O Imparcial"



O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), criticou de forma dura e contundente o jornal maranhense, O Imparcial, por conta de uma matéria publicada nesta sexta-feira (21), no caderno de politica, assinada pelo jornalista Diego Emir.  

As criticas do parlamentar se referem á matéria com o titulo: Deputado propõem uso da maconha, ela trata sobre o projeto de lei 7270/2014de autoria do deputado Jean Wyllys, que Regula a produção, a industrialização e a comercialização de Cannabis - maconha -, derivados e produtos de Cannabis - maconha -, o deputado se sentiu ofendido pela forma como o projeto foi mostrado pelo jornal, segundo ele "trata-se mesmo de uma distorção/deturpação descarada do projeto que apresentamos na Câmara dos Deputados. A diferença entre a reação de "O imparcial" (que ironia; que escárnio este nome!) e a reação de grande parte da mídia conservadora no resto do Brasil é só a falta de sutileza na manipulação"

Jean Wyllys foi enfático e acido em sua declarações, além de criticar O Imparcial, bateu na imprensa maranhense e do Brasil como um todo. "Minha primeira reação, ao vê-la, foi considerá-la um sintoma do analfabetismo funcional que cresce no país e, em consequência, em redações de jornais e revistas: são mais de 30,5 milhões de analfabetos funcionais; 38% destes universitários". Os editores de "O imparcial" confiam mais nos efeitos do analfabetismo funcional que a oligarquia local impõe à população maranhense - instrumento de manutenção do seu poder, que vigora há quase 50 anos! Toda a esquerda é critica – com razão - às tentativas de manipulação da opinião pública empreendida pela mídia conservadora no Brasil. pontuou o deputado.

Não emito juízo de valor sobre as declarações do parlamentar, cada leitor assimile e faça sua analise, para isso, reproduzo abaixo o texto completo do deputado, publicado originalmente em uma rede de relacionamento, a postagem do parlamentar já rendeu 256 comentários, 666 compartilhamentos e foi curtido por 3.455 pessoas. 

















Esta é uma manchete do jornal "O Imparcial"(de São Luis, no Maranhão), aliado da família Sarney no Estado. Minha primeira reação, ao vê-la, foi considerá-la um sintoma do analfabetismo funcional que cresce no país e, em consequência, em redações de jornais e revistas: são mais de 30,5 milhões de analfabetos funcionais; 38% destes universitários.

Depois, analisando atentamente a matéria, vi que não se trata de sintoma de analfabetismo funcional: trata-se mesmo de uma distorção/deturpação descarada do projeto que apresentamos na Câmara dos Deputados. A diferença entre a reação de "O imparcial" (que ironia; que escárnio este nome!) e a reação de grande parte da mídia conservadora no resto do Brasil é só a falta de sutileza na manipulação.

Os editores de "O imparcial" confiam mais nos efeitos do analfabetismo funcional que a oligarquia local impõe à população maranhense - instrumento de manutenção do seu poder, que vigora há quase 50 anos! Toda a esquerda é critica – com razão - às tentativas de manipulação da opinião pública empreendida pela mídia conservadora no Brasil. 

Quem não se lembra daquela manchete estampada no jornal “Diário do Acre” às vésperas do pleito em 1989 que dizia “PT sequestra Abílio Diniz”? E da recente campanha difamatória contra Marcelo Freixo empreendida por O Globo, Globo News e CBN a partir de um "disse-que-disse"? E das manchetes de O Globo, Estadão e Folha criminalizando descaradamente as primeiras manifestações populares da jornada de junho de 2013?

Só que para essa crítica ser completa, é preciso dizer que essa liberdade de manipulação sem pudor só perdura porque os governos, nem o atual, nunca romperam com as alianças políticas patrimonialistas que também sustentam esse monopólio de informação. Os jornais de Sarney, ALIADO dos governos do PT, e a Veja, ARQUI-INIMIGA dos governos do PT, são as duas faces da mesma moeda!

Esse episódio também mostra como essa combinação – alianças patrimonialistas e mídia monopolizada e conservadora - custa caro à sociedade brasileira, por manter grande parte da nossa população aprisionada ao seu obscurantismo preconceituoso e por frear avanços no terreno dos direitos civis. 

Como pergunta Caetano Veloso, em "Podres poderes", "será que nunca faremos senão confirmar a incompetência da América católica/evangélica que sempre precisará de ridículos tiranos?" 

Querem saber mesmo e de verdade do que trata o projeto que apresentamos (projeto que é contra a "liberação" da maconha, mas a favor de sua legalização e regulamentação como forma de enfrentar o tráfico, reduzir o número de mortes e prisões injustas, tratar dependentes químicos como doentes, assegurar a liberdade individual e de proteger crianças e adolescentes)? Querem saber? Leiam o que é publicado aqui ou meu site: http://jeanwyllys.com.br/

*Jean Wyllys foi eleito deputado federal pelo PSOL-RJ para o mandato 2011-2015. É escritor, com três livros publicados, professor universitário na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e Universidade Veiga de Almeida (UVA), ambas no Rio, além de colunista da Carta Capital e do iGay, portal LGBT do iG.

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