Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia do Maranhão comemora 10 anos



Há 10 anos, a Praia Grande ganhava o Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia do Maranhão, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Cultura (Secma). O Centro foi criado em 27 de março de 2002 como instituição especializada de estudo nas áreas de arqueologia, paleontologia e etnologia. E esta primeira década de fundação será celebrada com um coquetel, a ser realizado no próprio espaço (Rua do Giz, 59, Praia Grande), nesta sexta-feira (30), às 19h.
Diretor do Centro, Deusdédit Carneiro Filho destacou a importância do órgão, cuja finalidade é reunir, arquivar, e aprofundar os estudos arqueológicos, paleontológicos e etnológicos no Maranhão. “É um espaço de história e conhecimento”, resumiu.
De acordo com o diretor, nos primeiros anos, o Centro recebeu, em média, 3 mil visitas por mês. Com o passar do tempo, o número de registros chegou a 15 mil ao mês. Entre os visitantes desta primeira década, encontram-se pessoas de 19 municípios maranhenses, de 17 estados do país, além de estrangeiros de 7 países.
Manuel Alfredo Medeiros, professor da UFMA e consultor do Centro de Pesquisa, avalia o avanço nos 10 anos de instituição, destacando que as pesquisas realizadas e as peças encontradas eram inéditas na América do Sul. “Alguns dos materiais publicados já foram solicitados no Reino Unido, França, Estados Unidos, Argentina, Canadá e Uruguai. Também já foram traduzidos em diversos idiomas, inclusive o chinês”, destacou.
O Centro foi o pioneiro no Maranhão a efetivar pesquisas de salvamento, monitoramento e resgate de sítios no interior e na capital, sendo que a área do Centro Histórico de São Luís foi alvo da primeira escavação. A equipe do órgão participa ativamente de projetos de parceria nacionais.

Acervo
O acervo inclui preciosidades. Na área de Arqueologia, pode-se observar ferramentas, cerâmicas, materiais líticos, azulejos, além de outras relíquias do passado. Na da Etnologia, encontra-se o acervo de povos indígenas de milhares de anos, relatando a diversidade e a história dos índios por meio dos objetos ali retratados. Na área da paleontologia, nota-se a história por meio das descobertas de rochas e fósseis encontrados no estado.
E o espaço tem um atrativo a mais. No primeiro andar, estão réplicas de criaturas exóticas e gigantescas que há milhões de anos habitavam o planeta, como as espécies de dinossauros Spinosaururs, Titanossauro e Carcharodontosaurus, os peixes do gênero Cretáceo do Maranhão, crocodilos Candidodon, entre outros seres que viveram há cerca de 95 milhões de anos.
Os trabalhos na área resultaram em mapeamentos e identificação de sítios fossilíferos no Maranhão. Segundo a coordenadora do setor de Paleontologia, Agostinha Araújo, foram coletados mais de 3 mil peças de fósseis.
O material proporcionou a produção, em parceria com universidades, de mais de 10 monografias, 14 artigos científicos, 5 teses de mestrados e 2 de doudorado (uma ainda em andamento) sobre o assunto. O espaço recebe, ainda, apoio de estudantes voluntários de diversas instituições de ensino. “Alguns desses estudantes acabaram por decidir seguir na área por causa do incentivo", destacou Agostinha Araújo.

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