Hospital Geral fará mutirão de cirurgia vascular usando técnica pioneira



O Hospital Tarquínio Lopes Filho realizará, neste sábado (3), a partir das 8h, o 1º Mutirão de Cirurgia de Varizes, utilizando uma nova técnica que usa radiofreqüência, com um equipamento chamado VNUS. Será primeira vez que um hospital público do Maranhão adotará esse procedimento.

As varizes são veias dilatadas que se desenvolvem debaixo da pele. Por possuírem um mau funcionamento, acumulam sangue e aumentam a pressão dentro das veias. Elas causam redução da qualidade de vida provocando inchaço, dores, além de prejuízos estéticos. Atualmente, o Hospital Tarquínio Lopes Filho tem cerca de 120 pessoas na fila de espera por uma cirurgia de varizes.

O coordenador do serviço de cirurgia vascular do hospital, Carlos Alberto Azulay Júnior, explica que mundialmente a técnica vem sendo usada há pouco mais de 2 anos. “Ao todo, 20 pacientes serão operados no mutirão, 10 com a técnica convencional e 10 com a técnica nova”, informou ele.

As cirurgias contarão com a presença do médico paulista Leonardo Maklouf, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, da Sociedade Internacional de Cirurgia Endovascular, e coordenador do serviço de cirurgia vascular dos hospitais Bosque da Saúde e Villa Lobos.

No mutirão, os procedimentos serão realizados pela equipe de cirurgia vascular do Hospital Tarquínio Lopes Filho, composta por Carlos Azulay, Jelson Bui, Sérgio Botelho, José Teixeira Junior e Raimundo Teixeira. O presidente da Sociedade Maranhense de Angiologia e Cirurgia Vascular, Paulo Ribeiro, e o chefe do serviço de cirurgia vascular do Hospital Universitário Sebastião Brito, além de outras equipes de cirurgia vascular do estado, também participarão do mutirão.

A cirurgia de varizes pelo método convencional é realizada com o paciente sob anestesia peridural ou raquidiana (que anestesia da cintura para baixo). Com o bisturi, são realizados cortes na perna na altura da veia doente.

O procedimento de tratamento de varizes por radiofreqüência é uma alternativa de tratamento minimamente invasivo com menos dor e menos hematomas quando comparada à cirurgia convencional de retirada da veia safena. Um cateter é colocado na veia doente, que aquece a parede da veia através da radiofreqüência, contraindo-a. Isso faz com que o sangue circule através das veias saudáveis.

A nova técnica traz diversas vantagens aos pacientes. Segundo Carlos Azulay, há a redução significativa do tempo de recuperação, de semanas para dias. “O paciente volta às suas atividades normais apenas 2 dias após a cirurgia”, explicou. Além disso, há a redução de possíveis complicações, além da possibilidade de uso de anestesia local para a realização do procedimento.

Comentários