quarta-feira, 14 de março de 2012

Miranda do Norte festeja seus 24 anos -Conheça a história do Município



História de Miranda do norte 

















Em meados do século XVII, fixou residência às margens do rio Jundiaí, um português, conhecido por “Jundiaí”, que depois de alguns anos resolveu vender suas terras, tendo como comprador o senhor Patrício Manoel de Miranda, este logo se mudou para elas, juntamente com sua família, fixando residência no lugar atualmente conhecido como Rua Velha, e passou a desenvolver alguns tipos de culturas como: cana-de-açúcar, algodão, mandioca etc, no entanto, pouco tempo depois o patriarca veio a falecer, deixando viúva Dona Sabina Maria Barboza de Miranda , que resolveu vender as terras e ir embora para a casa de seu filho no Rio de Janeiro. Dona Sabina as vendeu para o senhor José Clementino Bezerra, que residia na localidade do Boqueirão, pertencente à cidade de Vargem Grande, senhor de escravo, o novo proprietário passou a desenvolver a pecuária em suas novas terras. 

Com o passar do tempo a localidade cresceu e foi incorporada à tutela da cidade de Itapecuru Mirim, e assim permaneceu por muitos anos. O destino desta terra começou a mudar no dia 13 de maio de1982, começou a tramitar na Assembléia Legislativa do Estado do Maranhão, o projeto de nº 36, o qual tratava da emancipação política do povoado de Miranda, uma antiga luta das lideranças políticas locais. [blockquote]No dia 31 de janeiro de 1988, foi realizado um plebiscito para a escolha do novo nome da cidade, o povo teve que escolher entre: MIRANDA DO NORTE, MIRANDA DOS BEZERRA OU OLHOS D’AGUA DE MIRANDA, tendo sido escolhido através do voto direto o nome atual da cidade: MIRANDA DO NORTE,[/blockquote] a terminologia “Norte” foi acrescida para diferençar de um outro município do mesmo nome no estado de Mato Grosso do Sul.. No dia 15 de março do mesmo ano, foi promulgada pela Assembleia Legislativa a lei nº 4.866, tornando o povoado de Miranda em cidade, a Ata de instalação, ou seja, a certidão de nascimento do novo município foi lavrada na sede da igreja Batista Local, no dia 29 de maio daquele ano.

O aspecto político da cidade mudou com sua emancipação, pois a sede do governo municipal já não pertencia à cidade de Itapecuru Mirim, tendo sido transferido para as fronteiras do agora município de Miranda do Norte.

Com a ruptura do poder foi nomeado pelo exmo. Sr.Governador do Estado, Epitácio Cafeteira, o senhor Walter Bezerra Barros, como interventor, o qual permaneceu no poder até a realização das primeiras eleições, que foram realizadas ainda no ano de 1988, da qual saiu-se vencedor e eleito o 1º prefeito pelo voto direto do povo, o exmo. Sr. Luis Albuquerque Bonfim, pertencente ao PFL (Partido da Frente Liberal), permanecendo no poder nos anos de 1989 a 1992, sendo sucedido por Graciliano Epifânio Mendonça, que contou com o apoio do seu antecessor durante as eleições, e exerceu o seu mandato no período de 1993 a 1996.

Graciliano retribuiu o favor e apoiou o Sr. Luis Albuquerque Bonfim, que retornou ao poder para governar pelo período de 1997 a 2000. Luis Bomfim tentou a reeleição, mas foi derrotado nas urnas pelo Sr. César Rodrigues Viana, pertencente ao PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), que foi o mandatário no período de 2001 a 2004. César Viana também tentou reeleger-se, mas o pleito realizado no dia 3 de outubro de 2004, reservou-lhe uma grande surpresa ao ser batido por uma candidata que empunhava o slogam : “Agora é a vez da mulher”. Áurea Maria Pereira Bomfim, pertencente aos quadros do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), saiu-se vitoriosa e assumiu o comando da Prefeitura de Miranda do Norte, para um mandato no período de 2005 a 2008. Para surpresa geral, mesmo fazendo um bom governo, a prefeita não ambicionou a reeleição, e disputa pela cadeira de prefeito ficou polarizada entre o Médico Manoel Pereira e o jovem contabilista Junior Lourenço.

Por ser o candidato preferido da juventude da cidade e ter a professora Regina Stela, esposa do ex-prefeito César Viana como sua vice-prefeita, o jovem, então com 29 anos, venceu a eleição por mais de mil votos e passou a dirigir os destinos da cidade até 2012, ano em que o povo e a sua vontade soberana escreverá novas páginas na história política da nossa querida Miranda do Norte.

Herberth Mesquita Gomes é mirandense, formado em História, pela UEMA e estudante de Direito




Recebemos via email excelente contribuição sobre a história de Miranda do Norte do nosso grande amigo de longas datas, professor Nicodemos Bezerra


Estive lendo o Histórico de Miranda no site oficial da Prefeitura, escrito pelo companheiro Herberth Gomes. Gostaria de fazer umas considerações a título de contribuição:

O trabalho de resgate da história da cidade,por parte do professor Herbert Gomes é louvável, no entanto há incorreções que precisam ser corrigidas para que seja evitado que erros se concretizem como fato histórico:
1 - O nome correto era Manoel Barbosa de Miranda e não Patrício (patrício = conterrâneo, da mesma pátria.)

2 - Estas terras realmente pertenciam a esse português Manoel Barbosa de Miranda, mas ele nunca morou aqui, muito menos a mulher dele, Dona Sabina de Miranda.

3 - Com a morte do esposo, Dona Sabina - que nunca morou aqui e nem se interessava em vir pra cá - colocou as terras à venda. Foi aí que JOSÉ CLEMENTINO BEZERRA comprou-as e aqui construiu sua casa, que com a esposa e os filhos RAIMUNDO ABRAÃO BEZERRA E FRANCISCO ALEXANDRINO BEZERRA deram início ao que hoje temos como Miranda do Norte. Boa parte da comunidade atual é descendente direto de Raimundo Abraão e de Francisco Alexandrino. Esses dois foram os responsáveis pela criação da primeira escola e dos primeiros sinais de desenvolvimento como um pequeno núcleo familiar que mais tarde se tornaria um povoado.

Uma curiosidade: Uma das filhas de Francisco Alexandrino (minha tia-avó)ainda é viva, mora no Distrito Federal com os filhos, mas mesmo idosa, esteve recentemente aqui visitando os parentes.Como ela ficou hospedada conosco tive a oportunidade de ouvir diretamente dela inúmeros casos, histórias e depoimentos.

Por conhecer o histórico vivo do nosso município, e humildemente fazer parte dele, eu afirmo com certeza que boa parte das histórias que têm surgido por aí como história de Miranda, não passa de fantasias e tentativas de se resgatar nosso histórico... pena que não procuram fontes confiáveis e fundamentadas historicamente.

Um comentário:

  1. O trabalho de resgate da história da cidade,por parte do professor Herbert Gomes é louvável, no entanto há incorreções que precisam ser corrigidas para que seja evitado que erros se concretizem como fato histórico:
    1 - O nome correto era Manoel Barbosa de Miranda e não Patrício (patrício = conterrâneo, da mesma pátria.)

    2 - Estas terras realmente pertenciam a esse português Manoel Barbosa de Miranda, mas ele nunca morou aqui, muito menos a mulher dele, Dona Sabina de Miranda.

    3 - Com a morte do esposo, Dona Sabina - que nunca morou aqui e nem se interessava em vir pra cá - colocou as terras à venda. Foi aí que JOSÉ CLEMENTINO BEZERRA comprou-as e aqui construiu sua casa, que com a esposa e os filhos RAIMUNDO ABRAÃO BEZERRA E FRANCISCO ALEXANDRINO BEZERRA deram início ao que hoje temos como Miranda do Norte. Boa parte da comunidade atual é descendente direto de Raimundo Abraão e de Francisco Alexandrino. Esses dois foram os responsáveis pela criação da primeira escola e dos primeiros sinais de desenvolvimento como um pequeno núcleo familiar que mais tarde se tornaria um povoado.

    Uma curiosidade: Uma das filhas de Francisco Alexandrino (minha tia-avó)ainda é viva, mora no Distrito Federal com os filhos, mas mesmo idosa, esteve recentemente aqui visitando os parentes.Como ela ficou hospedada conosco tive a oportunidade de ouvir diretamente dela inúmeros casos, histórias e depoimentos.

    Por conhecer o histórico vivo do nosso município, e humildemente fazer parte dele, eu afirmo com certeza que boa parte das histórias que têm surgido por aí como história de Miranda, não passa de fantasias e tentativas de se resgatar nosso histórico... pena que não procuram fontes confiáveis e fundamentadas historicamente.

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Jornalista Abimael Costa