Salvem a Apae de Anajatuba

Todas as Filosofias, todo grupo social organizado, coloca como meta principal do homem a ajuda e o apoio aos menos favorecidos. Desse ideal humano surgiram grandes líderes que se sacrificaram por causas nobres, contribuindo para minimizar os sofrimentos, as discriminações e o desamparo de pessoas que, devido à pobreza ou impossibilidades, procuram lenitivo para seus males.
   Não são necessariamente os santos, aqueles que se dedicam a tarefas dessa ordem, mas também pessoas comuns que nem sempre tem o seu  trabalho reconhecido. Há uma família aqui em Anajatuba, que nós dá esse exemplo.
   Determinados a suprir a necessidade de muitas pessoas com limitações, seja física, mental ou até afetiva, reativaram a APAE - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, que vem atendendo um sem número de pessoas de todas as classes sociais que são carentes dos serviços ali oferecidos.
   Psicóloga, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudióloga , assistente social e outros voluntários, familiares e amigos se revezam, deslocando-se da Capital para esta cidade, sem remuneração, para prestar o seu contributo às pessoas que os procuram semanalmente,
   A ajuda que recebem, além das pequenas taxas pagas pelos atendidos, é o pagamento do aluguel da casa feito pela Loja Maçônica Divino Mestre e a ajuda mensal dos Vereadores (todos) que minimiza as despesas com aquisição de material terapêutico e outras despesas de manutenção.
   Mas os dias da APAE em Anajatuba estão contados, porque os profissionais que atendem os pacientes não poderão mais retornar, ou porque irão assumir empregos ou estão de mudança para outros estados cumprindo sua missão de vida.
   Perdidos esses profissionais que nos vêm servindo gratuitamente, onde buscar recursos para contratar outros? Ajuda oficial no Brasil só para ONGS cujo objetivo é fazer caixa para eleição de políticos corruptos. Para nossa APAE até mesmo as ajudas obrigatórias vão sendo inexplicavelmente adiadas.
   Há quem tache a APAE como veículo a favor de grupos políticos, mas a família Amorim da Fonseca jamais se envolveu nisso e mantém um relacionamento amigo, respeitoso e independente com todas as pessoas, sem olhar a que facção política pertence. Precisamos mudar essa mentalidade de ver interesse político partidário em todas as atividades do município. Obras sociais, manifestações religiosas, festas e confraternizações, tudo é vinculado imediatamente á política, para prejuízo de todos.
   Enquanto essa situação não muda, ficamos rogando aos céus para que surjam novos mecenas que comprometam a evitar que tão importante obra seja mais uma a se extinguir em nossa cidade,


  MAURO RÊGO
  Pedagogo e Membro da Academia Anajatubense de Letras.

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