Segurança e coletividade









A Secretaria Estadual de Segurança  Pública está no momento dando um passo que poderá resultar no seu mais importante e bem sucedido projeto entre os que fazem parte do seu complicado e desafiador processo de  combate à violência nos grandes centros urbanos do Maranhão, a começar por São Luis. Sob o comando do secretário Aluísio Mendes - que tem como principais auxiliares os delegados Sebastião Uchoa, superintendente de Polícia Civil da Capital, e Cristina Menezes, delegada-geral da Polícia Civil -, a pasta dá curso à instalação de conselhos comunitários na área de Segurança Pública.
    De acordo como estão sendo concebidos, os conselhos comunitários serão os olhos e a voz da sociedade civil no campo da segurança pública, isso porque alem de atuar em consonância com a Secretaria de Segurança Pública, eles ajudarão a conscientizar a coletividade no sentido de orientar o cidadão para que este se torne parte decisiva da luta contra a violência. Afinal, a experiência de sociedades bem-sucedidas nesse campo demonstra que apenas investimentos na estrutura policial não foram suficientes para reduzir o numero de crimes. Os bons resultados só vieram quando a organização policial contou com o apoio integral da sociedade.
    A polícia maranhense tem ainda deficiências, é verdade, mas é indiscutível que nos últimos três anos ela deu um salto nos aspectos qualitativo e quantitativo, com o aperfeiçoamento da sua estrutura operacional e o aumento do seu efetivo. Não na proporção adequada , mas em medida que permitiu ao cidadão perceber um avanço significativo na sua eficiência no combate à criminalidade e na redução dos índices de violência. Uma avaliação simples nos informa que muitos dos homicídios que engordam as estatísticas da violência em São Luis foram praticados em circunstâncias absolutamente impossíveis de serem evitadas por ações preventivas.
    Nesse contexto vale uma indagação comum:  como a polícia pode evitar um "ajuste de contas" entre traficantes? Outra: como evitar um desfecho trágico numa briga de bar? Mais ainda: como evitar uma tragédia no transito causada por atos irresponsáveis de condutores? Uma rápida reflexão sobre cada uma dessas situações certamente levará à conclusão de que sozinha a polícia não tem condição de evitar o pior. Mas se a coletividade for parceira e criar a consciência de que a instituição policial está a seu serviço, situações como aquelas podem ser efetivamente combatidas com denuncias contra o tráfico, o alerta sobre tensões em ambientes onde se consomem bebidas alcoólicas e praticando respeito as normas de trânsito.
   E nesse sentido que deverão funcionar os conselhos comunitários voltados para a segurança pública. Para tanto faz se necessário que polícia continue fazendo a parte que lhe cabe, para que o cidadão se conscientize de que o combate à violência e à criminalidade será muito mais eficaz com a sua parceria.



EDITORAL
 O ESTADO DO MARANHÃO
17-03-2012 
         

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