Com rico acervo, Palácio dos Leões é opção instigante nas férias
O Palácio dos Leões, sede política e institucional do Governo do Maranhão, abriga um rico acervo constituído de mobiliário, objetos e obras de arte e é uma instigante opção de passeio nestas férias de julho. A área de visitação do espaço, que abre de terça a sexta-feira, das 14h às 17h30, e aos sábados e domingos, das 15h às 17h30, guarda um pedaço imponente da história do Maranhão.
Entre outros, o Palácio abriga a Coleção Arthur Azevedo, que reúne pinturas sobre tela, madeira, metal, esculturas e um vasto acervo de gravuras. Há ainda obras de inestimável valor artístico, todas inventariadas, tombadas e catalogadas. O rico acervo da Pinacoteca, também sob a responsabilidade da Curadoria de Bens Culturais, inclui ainda telas de artistas plásticos nacionais como Antônio Parreira e Victor Meirelles, e internacionais, a exemplo de Lartigau.
Na área de visitação, os salões nobres e luxuosos dos Leões chamam atenção. Os espaços são recheados com um mobiliário eclético e expõem peças que remontam há mais de 200 anos. São candelabros, castiçais, tapetes franceses, lustres de cristais e porcelanas finas, peças trazidas de países como China, França e Áustria, além de pratarias portuguesas.
Outras informações ou detalhes sobre a visitação em grupo (20 pessoas) podem ser obtidas na Curadoria de Bens Culturais do Palácio dos Leões, pelo telefone (98) 3232-9789.
História
Também merece destaque a história do próprio prédio. A origem remonta a 1612, quando os franceses, comandados por Daniel de La Touche, Senhor de La Ravardière, sob a proteção da rainha regente da França, Maria de Médicis, estabeleceram entre os estuários do rio Anil e Bacanga na Ilha de Upaon-Açu, a colônia que batizaram de França Equinocial, iniciando a construção de um forte, ao qual deram o nome de São Luís, em homenagem ao Rei da França.
Após a expulsão dos franceses, em 1615, o capitão-mor Jerônimo de Albuquerque, utilizando a mão-de-obra dos índios, iniciou no local do forte São Luís - rebatizado pelos portugueses de São Filipe - a construção em taipa de pilão da residência dos governadores, conforme projeto do engenheiro militar Francisco de Frias Mesquita.
Em 1766, o governador Joaquim de Mello e Póvoas determinou a demolição do velho Palácio do Governo e fez construir uma nova sede para melhor acomodar a família dos capitães-generais que lhe sucedessem. O edifício construído por ordem de Mello e Póvoas, feito de pedra e cal, era sóbrio, acachapado, com beirais salientes, telhado baixo, tendo a entrada de lado, uma vez que somente na reforma empreendida em 1857 é que foi a mesma deslocada para o centro do prédio. Durante todo o período do império o Palácio dos Leões passou por várias outras reformas.
Em 1968, o então governador José Sarney realizou melhorias internas no prédio e o palácio foi ampliado com a aquisição de área da antiga Delegacia Fiscal do Tesouro Nacional, que se situava ao lado, aumentando significativamente suas instalações administrativas.
Em 1970, o governador Pedro Neiva de Santana finalizou a construção. Foi recuperada, inclusive, a pinacoteca. Na década de 1990, primeira gestão da governadora Roseana Sarney, o prédio passou por completa restauração, realizada em parceria com a Petrobras. Na ocasião, o espaço físico e todos os seus bens móveis e integrados foram recuperados.
Em meados de 2009, foram feitos serviço de recuperação na estrutura, instalações elétricas e hidráulicas e em todo o acervo. Desde julho desse mesmo ano, o Palácio dos Leões está novamente aberto à visitação.
O QUÊ: Visitação ao Palácio dos Leões (Praça D. Pedro II, Centro)
QUANDO: De terça a sexta-feira, das 14h às 17h30; e aos sábados e domingos, das 15h ás 17h30
OUTRAS INFORMAÇÕES: Curadoria de Bens Culturais do Palácio dos Leões (98) 3232-9789
* Às segundas, o espaço fecha para limpeza e manutenção
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Jornalista Abimael Costa