ARMAS DE FOGO: PROTEÇÃO OU RISCO ? GERENTE DA BIG BEN MORRE COM TIRO NO PEITO




        Mesmo com o Estatuto do Desarmamento, em vigor desde dezembro de 2003, tragedias como a que aconteceu na madrugada desta segunda-feira (10), em Santa Inês, são cada vez mais comum em um país onde cerca de 100 pessoa morrem todos os dias vitimas de armas de fogo. 

O Jovem Ismael Carlos de Oliveira Costa (25),gerente da farmácia Big Ben em Santa Inês, foi a mais recente vítima. Ele morreu na madrugada desta segunda-feira (10), depois de atirar contra o próprio peito com um revolver. segundo o Delegado Márcio Dominici, Ismael teria discutido com sua esposa, Géssica Mayara Bastos, também de 25 anos, em uma festa que ocorria na cidade de Pindaré Mirim, e ao voltarem para casa o desentendimento entre o casal teria continuado. Ainda segundo Márcio Dominici, na versão de Jéssica, Ismael Carlos teria empunhado um revólver e ameaçado tirar a vida da esposa e em seguida a sua própria vida.




Diante de tragédias como a que aconteceu com o jovem Ismael fica a pergunta, será que vale a pena ter armas como instrumento de proteção?

63,9% dos homicídios cometidos no Brasil, são praticados com arma de fogo, conforme números do Departamento de Informática do SUS (DATASUS). A segunda principal causa, com 19,8% dos homicídios, é o uso de arma branca (objeto que possa ser utilizado agressivamente, para defesa ou ataque, mas cuja utilização normal é outra, geralmente para trabalho). De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2010, 38.251 pessoas morreram no Brasil vitimadas por armas de fogo. Das cinco regiões do País, a Nordeste foi a que apresentou os maiores índices: 14.725 mortes. fazem lembrar como é importante tomar muito cuidado quando o assunto é arma de fogo. 

O Brasil ocupa a 2ª posição no ranking de mortes por armas de fogo. Esses dados foram divulgados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) sobre as taxa de mortes por armas de fogo em 57 países de todo o mundo. Nos últimos 5 anos foram comercializadas 4,3 milhões de armas de fogo no Brasil – somente de fabricantes nacionais. Os dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, indicam que, já na década de 80, a maior parte dos homicídios no Brasil foi cometida com armas de fogo, especialmente quando considerados os óbitos ocorridos nas capitais.

Diante de tragédias como a que aconteceu com o jovem Ismael fica a pergunta, será que vale a pena ter armas como instrumento de proteção?


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