PROFESSORES EM GREVE BLOQUEIAM AS DUAS VIAS DA BR-135















Os professores da rede estadual de ensino no estado do Maranhão estão em greve desde o dia 23 de abril, a categoria reivindica, entre outros itens, a aprovação da proposta de estatuto negociada com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), acompanhada da nova tabela de cargos e salários da categoria, com as progressões e promoções e seus respectivos enquadramentos na tabela, inclusive com o reajuste do piso deste ano.

Os trabalhadores também lutam por melhoria das condições de trabalho nas escolas, por concurso público, valorização e reconhecimento dos funcionários de escolas, efetiva implantação da nova jornada prevista na Lei do Piso, com um terço da carga horária destinada a atividades extraclasses; e convocação de excedentes do último concurso para professor, realizado pelo Estado em 2009.

Por outro lado, o deputado Antônio Pereira (DEM) anunciou nesta terça-feira (07), durante pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa, que o Governo do Estado apresentou uma proposta para melhorar os salários dos professores e acabar com a greve da categoria, que se arrasta há duas semanas em vários municípios do Maranhão. 

Antônio Pereira informou que a proposta – elaborada de acordo com normas estabelecidas pelo Estatuto do Educador - foi apresentada pelo secretário-chefe da Casa Civil, João Abreu, e no momento está sendo discutida com representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica das Redes Públicas Estadual e Municipal do Maranhão (Sinproessema)


O direito de greve é assegurado em lei, e os professores estão de parabéns  quando lutam por avanços e melhorias para a categoria. O que precisa ser visto com cuidado, são os excessos cometidos pelo movimento grevista.

O bloqueio das duas pistas da BR-135, próximo à ponte sobre o Estreito dos Mosquitos durante a manhã desta terça-feira (07) , Cerceando o direito constitucional de ir e vir de milhares de pessoas, que entram ou saem da capital Maranhense, é um ato abusivo e radical que torna o movimento no minimo antipático aos olhos da população, além de prejudicar aqueles que nada tem a ver com o movimento e suas reivindicações, é sempre bom lembrar que o seu direito termina exatamente aonde começa o meu. 

A via foi liberada por volta das 11h, sob muitas vaias e um buzinaço de condutores que estavam no engarrafamento. A Polícia Rodoviária Federal compareceu ao local para orientar o fluxo.


Lembrando que nesta quarta-feira (8), às 15 horas, o movimento grevista fará   uma passeata na Cidade Operária, saindo da Escola Estadual Justino Ferreira.
 


LEIA ABAIXO REPORTAGEM DO JORNAL O ESTADO SOBRE O BLOQUEIO DA BR-135.


Professores em greve protestam na BR-135, na saída de São Luís

Manifestação causou transtornos para quem chegava e saía da capital






Professores vinculados ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica das Redes Públicas Estadual e Municipal do Maranhão (Sinproessema) bloquearam as duas pistas da BR-135, próximo à ponte sobre o Estreito dos Mosquitos. Durante quase uma hora, caminhões carregados e outros veículos ficaram impedidos de seguir caminho pelos professores que estão em greve.

Por volta de 10h, os manifestantes fecharam a via. A pista no sentido da saída de São Luís ficou interditada. Professores da rede estadual de ensino impediram o fluxo com faixas e cartazes. Depois, a outra pista que dá acesso à cidade foi interditada.

Com as duas pistas da rodovia interditadas, muitas pessoas reclamaram da manifestação. Motoristas e passageiros que tentavam chegar a São Luís na manhã de ontem criticaram o fato de a categoria fazer o bloqueio na rodovia federal para exigir melhorias relacionadas ao Governo do Estado.

A estudante Rayssa Pinheiro, que estava no engarrafamento, disse que perderia compromissos por causa do atraso provocado pela ação dos professores grevistas. "Não têm nada a ver eles virem para a BR. É só para atrapalhar os outros. Eles têm de ir reivindicar lá dentro de São Luís, para ter visibilidade", afirmou.

Segundo o presidente do Sinproessema, Júlio Pinheiro, houve adesão de 70% da categoria à greve em todo o estado. "A negociação com o Governo do Estado avançou nos últimos dias, mas queremos uma posição mais concreta do governo. Queremos mais flexibilidade nas negociações", disse.

A principal reivindicação da categoria diz respeito à discussão e elaboração do Estatuto do Educador entre as pautas de correção salarial e outras. A categoria decidiu paralisar as atividades durante três dias de manifestação nacional, de 23 a 25 de abril, e seguir em greve após esse período.

A via foi liberada por volta das 11h, sob muitas vaias e um buzinaço de condutores que estavam no engarrafamento. A Polícia Rodoviária Federal compareceu ao local para orientar o fluxo. Novas manifestações do sindicato estão previstas para acontecer durante a semana em bairros como a Cidade Operária.

Comentários