Semu inaugura Biblioteca “Maria da Penha” primeira especializada em gênero






O Maranhão conta a partir desta quarta-feira (29), com a primeira biblioteca especializada em gênero no Brasil. Inaugurada pela secretária de Estado da Mulher, Catharina Bacellar, e por Maria da Penha Maia Fernandes, símbolo da luta contra a violência de gênero e nome da biblioteca, a unidade está instalada na sede da Secretaria de Estado da Mulher (Semu), localizada na Avenida Colares Moreira, no Calhau. O acervo é formado por livros, documentos, periódicos, revistas, áudio e vídeo, todos com a temática de Gênero, e é aberto ao público.

A secretária Catharina Bacellar ressaltou o pioneirismo do estado em promover políticas públicas de gênero e raça. “A biblioteca Maria da Penha é a primeira especializada em questões de gênero no país, além dela nós temos também a 1ª Ouvidoria da Mulher, inaugurada em dezembro e que já realizou mais de dois mil atendimentos. O Maranhão também tem a carreta do Viva Mulher, que conta com uma equipe multidisciplinar com advogados, psicólogos, assistente social que levam informações aos municípios”.

A homenageada Maria da Penha elogiou o trabalho do Governo do Estado em incentivar ações destinadas a públicos variados, como as mulheres. “Só tenho a agradecer essa homenagem do Governo e da Secretaria da Mulher, que faz esse trabalho tão importante de dar visibilidade a causa do enfrentamento a violência, levando informações e promovendo os direitos das cidadãs. Com ações como essa é que a gente trabalha para criar um futuro melhor”, contou. 
Acompanhada da secretaria Catharina Bacellar e da diretora da BPBL, Rosa Maria Ferreira, Maria da Penha observa acervo da biblioteca








Também presente a solenidade, a diretora da Biblioteca Pública Benedito Leite, Rosa Maria Ferreira, anunciou a doação de 100 livros para a unidade. “Essa biblioteca vai contribuir para democratizar o acesso à informação, que passa pela leitura e pelo conhecimento, e com isso vai ter também uma melhoria na qualidade de vida dessas mulheres”, afirmou.

Gestora da Mulher de Campestre do Maranhão, Ivone da Costa Sousa, veio especialmente para acompanhar a inauguração. “Essa biblioteca é muito importante para nós mulheres, e vim ver também a Maria da Penha, uma lutadora, que nos incentiva a lutar pelos nossos direitos. Essa iniciativa só me faz ter mais orgulho dessa terra”. 











Após o descerramento da placa, Maria da Penha autografou o livro “Sobrevivi... posso contar”, que conta sua história de vida e de luta.

Doações

A Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema) também contribuiu para acervo da biblioteca com a doação de 26 títulos de autores maranhenses.

Os livros são do acervo da Fapema e foram publicados por meio do edital de Apoio à Publicação (Apub), que destina recursos para a difusão científica e tecnológica através de revistas, livros, catálogos e editoração eletrônica.

Entre os títulos, destaca-se: “Fazendo Gênero no Maranhão”, de Elizabeth Sousa Abrantes; “Senhoras Donas”, de Marize Helena Campos; e “Recolhimento no Maranhão – o redefinir de uma instituição”, de Maria José Rodrigues.

Maria da Penha

Ícone da luta contra a violência de gênero, Maria da Penha Maia Fernandes veio a São Luís pela primeira vez para a inauguração da Biblioteca que leva o nome dela, instalada no prédio da Secretaria de Estado da Mulher (Semu).

Na manhã desta segunda-feira (29), ela acompanhou a palestra sobre violência de gênero proferida pela juíza Sônia Amaral, titular do 7º Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo, realizada no Auditório Fernando Falcão, na Assembleia Legislativa. Na ocasião, ela fez um depoimento pessoal sobre a sua trajetória no combate a violência.

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