quarta-feira, 26 de junho de 2013

PRESIDENTE DA OAB/MA CONDENA CASOS DE INTOLERÂNCIA E AGRESSÕES A JORNALISTAS DURANTE MANIFESTAÇÕES




Durante entrevista coletiva na manha desta quarta-feira (26), com o Presidente da OAB/MA, Mario Macieira, que tratava sobre os casos de denúncias de manifestantes que se dizeam vítima de truculência policial durante os protestos realizados em São Luis, a repórter da TV Guará, Elinalva Cardoso, aproveitou para relatar casos de agressões, por parte de alguns manifestantes, contra profissionais da imprensa. “Eu e minha equipe fomos quase apedrejados por um grupo de manifestantes que se encontravam na porta da TV Mirante e a minha colega da TV Guará, Adria Rodrigues, sofreu esse mesmo tipo de abordagem e está com o braço todo machucado”, apontou.

O presidente da OAB/MA reforçou que, em casos semelhantes a estes, a polícia deve agir com a força estritamente necessária para “repelir qualquer agressão à legalidade ao Estado de Direito. Quero deixar bastante clara a posição da OAB/MA quanto a isso, de que a imprensa é fundamental à democracia, é imprescindível à democracia, assim como as manifestações pacíficas. É preciso que os manifestantes entendam que o trabalho da imprensa é necessário ao Estado de Direito Democrático”, afirmou.

ENTENDA O CASO:


No último sábado (22/6), a repórter Adria Rodrigues, da TV Guará, foi agredida por um grupo que queria impedir que cenas de vandalismo fossem filmadas no centro de São Luís (MA).

“O momento não sai da minha cabeça, nunca passei por uma situação como esta, ser agredida e coagida por um grupo de manifestantes em pleno exercício do meu trabalho. Foi algo que eu não esperava”, desabafou a jornalistas em entrevista ao Jornal Pequeno.

A jornalista gravava uma passagem quando foi atingida por uma bomba de efeito moral. “Em um momento de desespero humano eu disse para um grupo ’vao embora ou isso vai terminar de forma trágica. Me deixem passar. Me deixem passar’. Foi quando eles começaram a me agredir verbalmente. Eu disse que precisava passar para o lado isolado, quando um deles me segurou pelo braço e disse que se eu passasse todos iriam passar.”

“Uma pessoa que eu não vi quem era passou a mão no meu rosto, parecia pimenta com cerveja, outra me arranhou, por conta do tumulto onde eu estava. Fiquei com medo de que lançassem mais alguma bomba ali, levantei meu microfone e pedi socorro para os policiais militares, que me tiraram carregada”, relatou.

“A dor dos arranhões no meu braço nem se comparava com o tamanho do medo naquela hora. Eu só conseguia pensar em sair dali.”

Segundo a jornalista, o cenário era de “fogo, bombas, pessoas encapuzadas que não estavam ali para protestar, um grande numero de policiais”. “Parecia estar cobrindo uma guerra e não uma manifestação democrática”, disse Adria.

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