Quem são os responsáveis pelo caos que se instalou no centro de São Luis nesta sexta-feira ?
Desespero, panico, impotência e muita insatisfação foram os sentimentos que tomaram conta dos milhares de usuários do transporte coletivo em São Luis, quando por volta das 17h desta sexta-feira (06), foram surpreendidos com a decisão dos motoristas de ônibus da capital, de paralisar 100% da frota em uma das principais avenidas do centro da cidade.
A paralisação surpresa ocorreu no cruzamento da Avenida Guaxenduba com a Alexandre de Moura, e causou um gigantesco engarrafamento que se estendeu por vários quilômetros, já que ocorreu no horário de pico. Vendo que os ônibus não iriam prosseguir, milhares de passageiros foram obrigados a descer e prosseguir a pés. Idosos, crianças, pessoas com dificuldade de locomoção entraram em panico, devido a falta de condições para chegar em seus destinos.
Abandonados a própria sorte, sem ter a quem recorrer, nem aonde buscar ajuda, alguns passageiros decidiram interditar a Avenida Alexandre de Moura, nos dois sentidos. Neste instante o transito foi bloqueado totalmente e o caos se instalou, ambulâncias foram impedidas de prosseguir viagem, outras não tinham com entrar no hospital Socorrão I, devido o grande congestionamento.
Pelo menos nove viaturas da Polícia Militar estavam no local, os policiais apenas observavam de longe os manifestantes. Cerca de 30 ônibus foram apedrejados, um grupo tentou atear fogo em alguns ônibus. Houve um principio de incêndio em quatro ônibus.
Quatro horas depois da paralisação, por volta das 20h, a Av. Alexandre Moura foi desobstruída enquanto a Guaxenduba continuava interditada por centenas de ônibus. As 20h30, os motoristas decidiram retirar os ônibus da via pública. Formou se ai um novo impasse, os rodoviários se recusavam a levar os passageiros que estavam no local da manifestação, os motoristas derrubaram ou desligaram as placas de destino dos ônibus para confundir os passageiros, segundo eles os carros estavam sendo recolhidos para a garagem. Os manifestantes decidiram então interditar novamente a via, depois da intervenção da polícia foi feito um acordo e os passageiros seguiram viagem.
Os ônibus seguiram viagem com as luzes internas e as placas de destino apagadas e apesar de todas as paradas estarem superlotadas, os motoristas ignoraram os passageiros e passaram direto em todas as paradas. Muita gente resolveu ir para casa caminhando, era possível ver centenas de pessoas se deslocando a pés. Varias escolas e faculdades foram obrigadas a liberar seus alunos as pressas por conta da paralisação.
MOTIVOS
A paralisação não tinha liderança, e ninguém foi encontrado para falar sobre os motivos que levaram os motoristas a praticar este atentado contra indefesos usuários, que já haviam pagos suas passagens e tiveram seus direitos básicos desrespeitados de forma covarde, já que indefesos não tinham a quem recorrer ou onde buscar ajuda. É inadmissível que em uma cidade com uma população de mais de um milhão de habitantes, onde a grande maioria utiliza o sistema de transporte publico ainda ocorra fatos lamentáveis e vergonhosos como este.
Segundo informações de alguns motoristas e cobradores que preferiram não se identificar com receio de represálias, a paralisação foi motivada a n por uma redução salarial na folha do mês de setembro, que está sendo paga, segundo eles, em maio, na data-base,o salario do motorista era de R$ 1.177, subiu para R$ 1.298. Porém, no mês de setembro, eles voltaram a receber o valor anterior, R$ 1.177, o fato causou revolta entre a categoria que decidiu pela paralisação como forma de chamar a atenção para o problema da categoria.
Espera se que a SMTT e o Sindicato do Rodoviários, venham a publico justificar
e explicar este lamentável episodio, que medidas serão tomadas para que faltos deste tipo não voltem a ocorrer, quem são os culpados e de que forma serão punidos.
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Jornalista Abimael Costa