Barrigada de aluguel
O jornal O Estado, em sua edição desta segunda-feira (28), desmente acusações, contesta e faz duras criticas a reportagem publicada pela revista IstoÉ na edição desta semana e reproduzida na integra por um jornal local.
O jornal acusa a revista que fez a reportagem e o jornal local que repercutiu a matéria na integra em sua edição do último domingo (27), de praticarem jornalismo de encomenda. A polemica está posta. Fique com o texto da coluna e tire suas conclusões sobre o tema, afinal quem tem razão neste caso???
Barrigada de aluguel
Quando feito de encomenda, para agradar ao contratante, o jornalismo é a pior e mais nojenta das atividades, porque via de regra o produto é mentiroso.
Foi o que fez IstoÉ na edição desta semana e, na esteira dela, um jornal local, ontem. A revista produziu uma "reportagem" inacreditável de tantas inverdades. O jornal a reproduziu com tinturas falsas de escândalo.
A "reportagem" de IstoÉ fala de uma suposta campanha nos veículos que integram o Sistema Mirante para desmoralizar o presidente da Embratur, Flávio Dino, apontado como ameaça política ao grupo liderado pela governadora Roseana Sarney.
Vale perguntar: que campanha? Em quais veículos ela está sendo feita? O Estado, por exemplo, publica informações bem-apuradas, com fontes e documentação comprobatória. Nenhuma informação divulgada por nosso jornal foi contestada como factoide mentiroso. Ao contrário, a maioria não foi sequer questionada, exatamente para não entornar mais ainda o caldo.
Um exemplo: o problema salarial de Flávio Dino com a UFMA não foi registrado por O Estado e por nenhum outro veículo do Sistema Mirante. Mas a turma que "vende" Flávio Dino mente a respeito, na maior cara de pau.
No caso das obras financiadas com emendas de Dino em Caxias, ao contrário do que foi dito por IstoÉ, O Estado (20/10) não falou de "obra fantasma", mas de "empresa fantasma" por trás das obras. A informação partiu de denúncias feitas por vereadores de Caxias e até agora não foi devidamente esclarecida.
Preocupado, Dino e o ex-prefeito Humberto Coutinho montaram uma operação de emergência para inaugurar as obras, com o objetivo de desviar o foco da denúncia, que, vale repetir, tratou de "empresa fantasma" e não de "obra fantasma".
E para fechar: a versão de IstoÉ para o factoide montado pela turma de Flávio Dino sobre a reunião da cúpula do PT em Brasília é o que se pode classificar jornalisticamente de "barriga de aluguel", porque não tem pé nem cabeça e fora categoricamente desmentido pelo porta-voz da Presidência da República e pelo presidente nacional do PT, Ruy Falcão. É isso aí.
Publicado na: Coluna Estado Maior 28/10/2013
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