Dois homens morrem vitima de AVC durante relação sexual
Dois homens com mais de sessenta anos de idade, morreram vitimas de AVC, quando mantinham relações sexuais com suas parceiras.
Enquanto Washington Luís Prazeres Moraes, de 62 anos, foi encontrado morto em um apartamento de um motel no Bairro do Turu, em São Luís nesta segunda-feira (12). Francisco Vieira de Sousa, 61 anos, também foi encontrado morto no quarto de uma casa localizada na cidade de Campestre-MA, na terça-feira (13).
Nos dois casos, os homens passaram mal durante o ato sexual, e logo em seguida faleceram, segundo informações preliminares ambos foram vitimas de AVC - (acidente vascular cerebral).
Em um outro caso ocorrido na manha de domingo (11), o professor Lisboa, de 45 anos, vereador em São Luis, (PCdoB), depois de um mal estar súbito foi diagnosticado com Acidente Vascular Cerebral (AVC). O vereador foi internado as pressas e continua sedado em estado grave.
Especialistas alertam, AVC não surge do nada
Os números impressionam. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de cinco milhões de pessoas morrem, anualmente, em decorrência do AVC (acidente vascular cerebral), também conhecido como derrame. No Brasil, este índice é de aproximadamente 100 mil casos, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
Desse total, 43 mil ocorrem na região Sudeste: 21 mil em São Paulo e quase 11 mil no Rio de Janeiro. Quando não mata, o mal leva a sequelas graves que atingem em torno de 50% dos sobreviventes. Por fim, sabe-se que a doença é mais comum após os 40 anos, embora possa surgir em qualquer idade.
Por tudo isso, reconhecer e tratar o AVC são grandes desafios atuais no país e no mundo. O problema ocorre quando uma artéria é tapada ou obstruída ou quando se rompe um vaso sanguíneo. Diante do quadro, a parte do cérebro afetada não recebe o oxigênio necessário e neurônios começam a morrer. Perceber que o derrame está acontecendo é fundamental porque cada minuto sem tratamento significa a morte de muitos neurônios e das conexões entre eles, o que origina sequelas.
"Ele não surge do nada, geralmente é fruto de disfunções anteriores que levam ao aumento no risco de oclusão de um vaso ou seu rompimento", salienta o neurologista Leandro Teles, médico do Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo.
Os sintomas do AVC surgem repentinamente e, uma vez sabendo quais são, dá para identificar o perigo iminente. Os principais sinais são: enfraquecimento, adormecimento ou paralisação de braço ou perna de um lado do corpo; perda de força na face, o que pode causar desvio da boca para um lado (ela fica torta); alteração da visão, com turvação ou perda especialmente de um olho, episódio de visão dupla ou sensação de "sombra" sobre a linha do que se enxerga; dificuldade de falar ou entender o que os outros estão dizendo; dor de cabeça súbita, forte e persistente; perda da capacidade de engolir; e tontura, desequilíbrio, falta de coordenação ao andar ou mesmo queda.
Diante da menor suspeita do distúrbio, é imprescindível, portanto, buscar ajuda médica especializada, que confirmará o diagnóstico e implementará as ações necessárias, salienta o neurocirurgião Paulo Porto de Melo, que é membro das Sociedades Brasileira e Americana de Neurocirurgia e colaborador do Departamento de Neurocirurgia da Universidade de Saint Louis (Missouri, EUA).
Com informações do UOL
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