Jovem maranhense de 16 anos que atentou contra a própria vida, continua internada em estado grave




Depois de atentar contra a própria vida, ingerindo uma substancia química desconhecida, Uma jovem de 16 anos foi internada em estado grave na tarde desta quinta-feira (14), no hospital publico de Vitorino Freire, cidade localizada a cerca de 300 km da capital maranhense.

Segundo colegas da estudante que não quiseram se identificar, ela teria passado mal depois de  ingerir medicamentos para abortar.

Após receber os primeiros socorros no hospital de Vitorino Freire a jovem foi transferida em estado grave para o Hospital Geral de Monção, o estado de saúde da estudante é muito grave, ela está internada na UTI e respira com ajuda de aparelhos.




O que leva alguém a cometer suicídio?

Existem diversos fatores que podem acarretar nessa decisão entre eles estão os sentimentos de vazio e solidão, a falta de perspectiva, os adoecimentos mentais (depressão, borderline, esquizofrenia, etc.), a tentativa de aliviar o sofrimento e a dor (como no caso de receber um diagnóstico de uma doença grave), traumas e lembranças dolorosas que não se consegue esquecer.

O suicida não consegue enxergar a vida como o oceano de possibilidades que ela é, ao invés disso ele se mantém preso aos problemas e ao seu sofrimento. Ele (a) não fica nesse estado por querer, mas sim por ser incapaz de sair dele sozinho (a). 



De forma geral o suicídio é uma forma de fuga, uma porta de saída de uma situação a qual não se pode suportar. Para o suicida a morte pode ser uma libertação, uma passagem para um lugar onde os problemas deste mundo não possam chegar.

Não devemos nos esquecer de que a maioria dos suicidas (e pessoas com ideia de cometer suicídio) são portadores de alguma patologia psiquiátrica (mais comumente a depressão) e precisam de ajuda profissional e do apoio dos familiares e amigos.

Como identificar alguém que está com intenção de cometer suicídio?

Como eu posso identificar um suicida? Na verdade, a pessoa com ideação suicida dá alguns indícios:

Melancolia, desânimo, pessimismo constante, falta de interesses e esperança (sintomas de depressão)
Sentimentos de autodesvalorização: “Sou um fracasso só trago problemas para os outros” “não sirvo para nada”
Falta de sono ou sono excessivo.
Dicotomia ou rigidez cognitiva: estado de pensamento que leva o indivíduo a ver as coisas de maneira extrema: ou tudo ou nada. Ou a minha vida é perfeita ou é um desastre. 
Afastamento ou isolamento social, dificuldades de relacionamento e integração na família ou outro grupo no qual faz parte.
Oferecer ou doar objetos pessoais (de valor) sem um bom motivo para isso. 
Uso abusivo ou exagerado de álcool, drogas ou remédios. 
agressividade e impulsividade.
História de suicídio na família.
Falar sobre morte e sobre morrer: “eu preferia estar morto”, “os outros vão ser mais felizes sem mim”. 
Se despedir das pessoas como se fosse pela ultima vez. 
Histórico de tentativas de suicídio. 
Se esses comportamentos aparecerem nos últimos tempos, ou logo após um acontecimento importante tal como a morte de um ente querido, um divórcio ou termino de relacionamento existe uma possibilidade muito grande de ideação suicida. 

Como eu posso ajudar alguém que está pensando em cometer suicídio?

Alguém que está em risco de cometer suicídio deseja e precisa ser ouvida, afinal ela se encontra cheia de conflitos e dúvidas e desabafar com alguém é a melhor forma de dissipara esses problemas.

Encontre um ambiente adequado para conversar. É necessário que a pessoa se sinta segura para falar, que não aja risco de interrupções e da presença de “curiosos” e “palpiteiros”.

Fale sobre a ideia de cometer suicídio: ao contrário do que as pessoas pensam falar sobre morte e suicidio não vai reforçar o desejo do suicídio, ao contrário ajuda o suicida a compreender melhor a os pensamentos e entender que essa não é a única e nem a melhor solução. 

Ouça de verdade: esse é um tipo de diálogo que precisa de toda sua atenção, não adianta ficar olhando para a cara do outro e ficar “viajando na maionese”. É necessário escutar e compreender o que o outro está lhe dizendo.

Deixe de lado a crítica: o suicida já possui uma carga muito grande de culpa e não precisa que você coloque mais disso sobre ele. Ao invés disso tente ser empático e compreender como ele (a) está se sentindo.

Valorize a vida: NÃO existe na face da terra nenhum motivo bom ou forte o suficiente para se cometer suicídio. Por isso nunca pense: “no lugar dele acho que eu faria a mesma coisa”. Por maior que seja um problema ele sempre acaba, Existe sempre uma alegria e um prazer capaz de superar qualquer dor ou tristeza equivalente.

Reserve tempo: o suicida pode necessitar de muito tempo para expor todos os seus conflitos e mais tempo ainda para auxiliar a pessoa a mudar de ideia.

Como eu devo conversar com alguém em risco de cometer suicídio?

Fale com calma e ajude a pessoa e manter ou/e recuperar a calma

Fale menos e escute mais, não fique interrompendo o que ele (a) estiver falando o tempo todo.

Vá além das palavras, um abraço, segurar as mãos ou um toque nas costas ajuda a outra pessoa a se sentir compreendida e apoiada.

Não faça juízo de valores “mas isso é errado” “é pecado”.

Controle suas palavras e expressões de reprovação e espanto.

Demonstre que você está preocupado e que quer ajudar.

Demonstre que possui respeito pela pessoa e pela situação que ela está passando. 

Evite fazer perguntas indiscretas e desnecessárias.

Evite (extremamente) menosprezar a pessoa e o problema dela. Não diga coisa tipo: “isso não é nada” “já isso passa” ”se você tivesse os meus problemas então...”.

Converse de verdade não fique dizendo que apenas que “tudo vai ficar bem”.
Se quizer maiores informações ou se essa ideia estiver passando pela sua cabeça, ligue para o CVV (Centro de valorização da Vida) no telefone 141. Procure ajuda profissional (psicólogo ou médico) converse com alguém de sua conviança (familiar, amigo, pastor, padre etc.) mas não fique com esse problema só para você.

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