Jornalismo sensacionalista dissemina dúvida, planta pânico e terror na população ludovicense



A Manchete sensacionalista do jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira (07), 
" Presos filmam decapitados em penitenciária no Maranhão" mostra bem a que ponto chegou e para onde caminha parte da imprensa brasileira.

O jornalismo sensacionalista, marrom é partidário, continua fazendo escola no Brasil e no Maranhão. Este tipo de "jornalismo" vem reunindo novos e fervorosos adeptos que preferem usar e abusar da macabra receita em busca de resultado imediatos.

Jornalistas e Blogueiros de grandes médios e pequenos veículos de comunicação enveredam perigosamente pelo caminho mais fácil e cômodo de produzir informação. 

Sem checar a fonte, sem confirmar a veracidade dos fatos, sem dar voz ao contraditório, ou sem ouvir antes o outro lado, se aventuram em busca de acessos, em busca do famoso "FURO", o que importa é dar a noticia em primeira mão, é publicar a foto do corpo dilacerado, queimado ou decapitado, é publicar a informação de que ataques estão ocorrendo ou vão ocorrer em determinados locais, mesmo sem saber quem disse e como disse. 

Comentar sobre assuntos que não tem domínio e tampouco conhecimento básico, mesmo sem ouvir a autoridade competente, ele emite comentário acido e sarcástico sobre tal tema.

Este tipo de comportamento gera desgaste e descredito da categoria além de provocar uma generalização covarde e perigosa, onde todos são jogados na vala comum do oportunismo e do mercantilismo, o que é revoltante, afinal sabemos que existem boas, raras e louváveis exceções na imprensa maranhense.

Para confirmar o que escrevo, bastar abrir os jornais locais ou acessar alguns blogues e portais de noticias de nosso estado.

Ainda sobre o tema e para respaldar o que digo, publico abaixo artigo do portal Observatório da Imprensa:

                                        Jornalismo em crise

Criticar a imprensa, denunciando o jornalismo partidário, é na verdade uma demonstração de respeito ao jornalismo e à imprensa, como ela deveria ser.

Defender a imprensa como ela é e conformar-se com o jornalismo de quinta categoria que tem sido imposto aos brasileiros, de forma geral, é sintoma de alienação, ou, pior, recurso de malabarismo intelectual para preservar a reputação sem cair no index do sistema da mídia.

Louve-se: é preciso muito jogo de cintura para salvar a ficção da objetividade sem ter as portas fechadas pelas redações. No entanto, chegamos ao ponto em que não há subterfúgios, pois a escolha da imprensa hegemônica está destruindo o jornalismo de qualidade no Brasil.

Concretamente, o jornalismo brasileiro é pior, hoje, do que há vinte anos? A resposta é: sim, piorou não apenas a qualidade do jornalismo no Brasil, mas também a qualificação dos jornalistas, de modo geral, e a própria noção do valor social da atividade jornalística.

Uma pesquisa coordenada pela professora Roseli Fígaro na USP constatou essa realidade (ver resenha do livro aqui): o jornalismo brasileiro está imerso em profunda crise. Um artigo publicado na quinta-feira (2/1) pela Agência Fapesp (ver aqui) atualiza alguns aspectos desse estudo. O texto afirma explicitamente que “os produtos jornalísticos impressos, televisivos ou radiofônicos são feitos de maneira completamente diferente do que há cerca de vinte anos”.

A mudança foi para pior, segundo a pesquisa, provocada principalmente por uma reestruturação produtiva nas redações, com o aumento do número de jornalistas sem registro profissional e o afastamento dos profissionais mais experientes.

A desconstrução do jornalismo foi feita pedra por pedra, e não é apenas fenômeno causado pelas novas tecnologias de comunicação, mas por uma escolha estratégica das empresas. Trata-se de um processo que corre paralelo ao projeto conservador de poder, que, não podendo eventualmente ser realizado pelas vias partidárias, porque o eleitorado parece rejeitar suas propostas, passa a atuar pelo sistema da mídia.

Simples assim.


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