sábado, 31 de janeiro de 2015

O Governo precisa assumir a responsabilidade desta desistência

Eliziane Gama cobra responsabilidade do Governo com suspensão de Refinaria no Maranhão



Em nota divulgada neste sábado (31), a deputada federal, Eliziane Gama (PPS) reafirmou que sua missão no parlamento será lutar pelo desenvolvimento do Maranhão e defender os menos favorecidos do estado. 

A parlamentar falou sobre a decisão anunciada pela Petrobrás na ultima quarta-feira, dia 28 de janeiro, de desistir da instalação da Refinaria Premium no Maranhão

“Lamentamos profundamente a desistência deste projeto e vamos tentar fazer o possível para que a Petrobrás e o Governo Federal honre com este compromisso e retome este investimento que não é só para o Maranhão, mas para o Brasil. Muitas famílias, empreendedores e a população maranhense aguardavam a consolidação deste projeto”, enfatizou.

"O Governo precisa assumir a responsabilidade desta desistência, são milhares de famílias que investiram nesta em cima desta promessa do Governo e agora estão falidos. Um engodo que levou a população maranhense a uma grande frustração", relatou.

A companhia atribuiu a desistência do projeto a falta de parceiros e a revisão das expectativas de crescimento do mercado de combustíveis.

Para Eliziane, é necessário haver responsabilidade e também dar resposta aos anseios populares e econômicos.

Ela destacou que investimentos como este visam desenvolvimento do país, principalmente do Maranhão, que é um dos estados com um dos menores índices de desenvolvimento humano do Brasil.

Embora sem mandato, nos poucos anos que me restam não silenciarei na defesa do Maranhão

Um protesto contra o fim da refinaria - José Sarney 


É com grande revolta e profunda e profunda indignação que verifico como são tomadas as as decisões no Brasil, esquecendo o maior dos problemas, o das desigualdades regionais. Critica-se a valer que o Maranhão  é pobre, com baixos índices sociais e apontam mazelas, mas sem estrutura industrial de base, sem desenvolvimento industrial, é impossível crescer ou distribuir riquezas. Ninguém oferece solução e, quando elas surgem, acabam.

Passei a vida toda defendendo esta tese e lutando contra o abandono em que a área econômica deixa o Maranhão. De Getúlio, nada ficou. Juscelino veio inaugurar uma locomotiva. Jânio quadros ainda autorizou, a meu pedido, a importação de estacas para o Porto do Itaqui.

A decisão da Petrobras de cancelar a construção da Refinaria Premium não se justifica nem o Maranhão pode pagar pela corrupção ou os desmandos que se verificam naquela empresa pública.

É uma luta de 30 anos que desaparece - e não tenhamos dúvida que a decisão para substituir a Refinaria de bacabeira será ampliar as refinarias que já existem fora das regiões pobres, no Centro-Sul.

É hora de protestarmos, de tornar pública nossa indignação. Unam-se o governo, as classes produtoras e o povo, sem distinção de cor política, e se levante em sua totalidade contra esse crime que atinge o estado, o povo, mata esperanças e progresso.

Embora sem mandato, nos poucos anos que me restam não silenciarei na defesa do Maranhão e no combate aos crimes contra criação de um parque de desenvolvimento econômico em nossa região. 

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Faltando menos de 48h para a posse, Hildo Rocha reafirma compromisso com os maranhenses












Já em Brasília onde toma posse neste domingo (01), o deputado federal Hildo Rocha, eleito com 125.521 votos, o segundo melhor desempenho eleitoral no Estado, voltou a reafirmar o compromisso de honrar o mandato. Hildo já cumpriu todas as etapas formais que antecedem a posse.

Assista o vídeo aqui: 








sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Antônio Pereira mobiliza governo para abrir a UPA do São José, em Imperatriz



O deputado Antônio Pereira (DEM) protocolou indicação na Assembléia - já encaminhada ao governador Flávio Dino e ao secretário da Saúde, Marcos Pacheco - pedindo convênio para possibilitar a abertura da UPA do Parque São José, em Imperatriz. 

Na indicação, Antônio Pereira pede que Dino e Pacheco determinem convênio com a Prefeitura de Imperatriz, objetivando o funcionamento da UPA, projetada para atender 20 mil pessoas da segunda maior e mais importante cidade do Maranhão. 

O democrata informou que a UPA foi construída pela Prefeitura de Imperatriz e está fechada, porque o Governo Municipal não tem condições financeiras para custear os serviços médicos de urgência e emergência, que serão realizados pela unidade de saúde.

VINTE MIL ATENDIMENTOS

A UPA do Parque São José foi projetada para atender cerca de 20 mil pessoas dos bairros Ouro Verde, Vila Macedo, Planalto, Parque São José, Bonsucesso, Santa Rita, de comunidades do Complexo Santa Rita e até de outros municípios da Região Tocantina. 

Para Antônio Pereira, uma vez concluída e aparelhada, a UPA do Parque São José desafogará a demanda de pacientes na UPA da Avenida Bernardo Sayão e no Hospital Municipal de Imperatriz (HMI), o “Socorrão”, que mensalmente atendem cerca de 30 mil pessoas. 

Antônio Pereira destacou o empenho do vereador de Imperatriz, Esmerahdson de Pinho (PSDB), que na Câmara Municipal também luta para garantir o perfeito funcionamento da UPA do Parque São José, e melhorar a qualidade de vida da população de Imperatriz.

Assecom/Antônio Pereira 

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Antônio Pereira defende criação do Departamento Jurídico da PM




O deputado Antônio Pereira (DEM) protocolou indicação na Assembleia, pedindo que o governador Flávio Dino (P C do B) encaminhe projeto de lei ao Legislativo, criando o Departamento Jurídico da Polícia Militar do Estado do Maranhão, para atender todos os policiais envolvidos em processos administrativos e/ou jurídicos, decorrentes do exercício de suas atividades a serviço do sistema de segurança pública.

Na indicação - que será avaliada pelo governador Flávio Dino, que demonstra uma atenção especial com a Polícia Militar e com a segurança - o deputado Antônio Pereira reconhece que o elevado índice de criminalidade no Estado do Maranhão vem colocando em risco a vida dos policiais militares, principalmente durante as operações no combate as atividades dos marginais.

Antônio Pereira soube - por meio de dados divulgados pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e pela própria imprensa - que geralmente acontecem casos envolvendo policiais militares pelos excessos cometidos no cumprimento do dever. “Mas, é importante que seja concedido a esse policial o direito de defesa por meio de setor jurídico competente”, afirmou. 

Assecom/Antônio Pereira

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Grande São Luis vive situação de extrema violência e descontrole






















O Centro de Apoio Operacional do Controle Externo da Atividade Policial (CAOp-Ceap) divulgou nesta segunda-feira, 12, relatório sobre a violência nos municípios de São Luís, Raposa, Paço do Lumiar e São José de Ribamar, referente ao ano de 2014. Os dados englobam os Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) e o déficit no quadro das policiais Civil e Militar.

A aferição das mortes por CVLI segue a metodologia indicada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), contabilizando óbitos por armas de fogo, armas brancas, instrumentos de ação contundente ou cortante, esgorjamento, estrangulamento, espancamento e agressão física. Em 2014, foram registradas 1.227 mortes violentas com essas características. Os números superam em 24,7% a soma dos 984 registros de 2013.

Na avaliação do promotor de justiça José Cláudio Cabral, coordenador do CAOp-Cead, os índices revelam uma situação de extrema violência e descontrole. A Organização das Nações Unidas considera aceitável dez assassinatos para cada 100 mil pessoas por ano. "Na ilha de São Luís, esse índice é 876,4% acima da margem suportável. A violência tornou-se uma endemia", destaca o membro do Ministério Público do Maranhão (MPMA).

Os índices alarmantes foram obtidos pelo acompanhamento mensal dos registros do Instituto Médico Legal (IML) e Secretaria de Estado de Segurança Pública. Não foram computados os dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, que elevariam os índices de violência.

FALHAS

Ao realizar inspeções técnicas nos distritos e delegacias especializadas de São Luís, Raposa, Paço do Lumiar e São José de Ribamar, o MPMA constatou que, em 2014, 289 inquéritos sobre mortes violentas não foram concluídos para serem encaminhados ao Poder Judiciário.

Outro dado que contribui para o aumento da violência é o número insuficiente de policiais militares. A recomendação da ONU é que haja um policial para cada 300 habitantes. No Maranhão, existe um policial para cada 822 pessoas. O ideal é que houvesse 22.836 policiais militares na ativa, para atingir esse número deveriam ser nomeados mais 14.499 profissionais.

De acordo com Cláudio Cabral, o agravamento da violência é resultado pela ausência de um Plano Estadual de Segurança e de políticas públicas para prevenir a criminalidade. Outro agravante é a falta de compartilhamento de informações e ações conjuntas entre as instituições do sistema de segurança pública, além da Justiça, Ministério Público, Secretaria de Segurança Pública, Defensoria Pública Estadual, órgãos de perícia e uma central de inteligência com ramificações em todo o Maranhão.

Veja AQUI o gráfico do número de mortes ocorridas, na grande São Luís, do ano de 2010 até 2014, conforme dados do IML. Conheça AQUI o gráfico dos inquéritos policiais inconclusos desde 2010.


Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH) lança revista Catirina – Dossiê: Violência no Maranhão







Com versão eletrônica lançada na quarta-feira, 10 de dezembro do ano passado, no auditório do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias dos Estados do Maranhão, Pará e Tocantins (Stefem), durante ato realizado em parceria com a Anistia Internacional em celebração ao aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a revista Catirina – Dossiê: Violência no Maranhão, traz uma serie de artigos, gráficos e tabelas retratando a violência no Maranhão e em São Luis. A publicação da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH), já está disponível para download.

A revista Catirina está à venda na sede da SMDH (Rua das Mangueiras, quadra 36, casa 7, Jardim Renascença I, São Luís/MA) por apenas R$ 15,00. A versão online está disponível para download no site da entidade:www.smdhvida.wordpress.com

Artigos:

1. Pedrinhas $.A.: a violência do negócio e o negócio da violência
– Wagner Cabral da Costa

2. Mortes violentas na Grande São Luís no ano de 2013
– Graziela Nunes; Adinalva Nascimento; Cristian Gamba; Joisiane Gamba; Jonata Galvão; Yuri Morais

3. O fracasso do encarceramento como medida de contenção da violência no Brasil
– Douglas de Melo Martins

4. A cerca dá fome. Espoliação, violência e resistência camponesa no Estado do Maranhão no século XXI
– Diogo Ribeiro Cabral

5. A guerra civil não declarada: o extermínio da juventude negra
– Igor Martins Coelho Almeida

6. Instituições estatais e violência no campo: análise das indefinições na garantia à reforma agrária e do “caso Zé Nedina”
– Ruan Didier Bruzaca & Maria Inês Silva Cardoso

7. Complexo Penitenciário de Pedrinhas: do seletivismo penal ao cadafalso
– Luís Antônio Câmara Pedrosa



domingo, 11 de janeiro de 2015

Os ABUTRES e a realidade dos fatos








Grave acidente na BR-222, entre Entroncamento e Itapecuru-Mirim, na tarde de sábado (10), envolvendo dois automóveis, resultou na morte de três (03) pessoas, um dos veículos incendiou e uma das vitimas morreu carbonizada.

Os mortos foram identificados como sendo: 

Igor Siqueira, Gerente da Pague Menos em Chapadinha;

Janaína Celma Silva Miranda, de 38 anos, esposa do supervisor da Loja Landry Móveis, Valmir que conduzia um dos veículos envolvido no acidente;

A terceira vitima foi identificada como sendo a farmacêutica Luana Lobo;

A quarta vitima, o estudante de Agronomia da UFMA de Chapadinha, Hugo Borges, único sobrevivente, foi retirado das ferragens com queimaduras por todo o corpo e encaminhado para o hospital.

Meus pêsames as famílias enlutadas. Infelizmente a violência no transito vem fazendo cada vez mais vítimas; inocentes perdendo a vida, famílias sendo destruídas e a pergunta que não quer calar, quem são os culpados, quais as causas de tantas mortes nas estradas maranhenses?

Como se não bastasse tantas tragédias e desgraças, ainda somos obrigados a assistir e conviver com o comportamento doentio, asqueroso e insensível de muitos que com uma câmera na mão, registram a agonia, dor e sofrimento das vitimas; sem nenhum sentimento estes que são chamados de sociedade do espetáculo, registram tragedias como estas como se fosse uma cena de um filme de ação ou de terror. ASSISTA VÍDEO AQUI

Pessoas, seres humanos, feridos, presos as ferragens, corpos estraçalhados, pedaços de corpos espalhados, familiares em desespero e alguns ou muitos ABUTRES registrando as imagens como se fosse apenas mais um espetáculo. 

Sensibilidade, empatia, misericórdia, condolência, sentir a dor do outro como se fosse minha dor, imaginar que poderia ser eu, um familiar, um amigo, um conhecido, pensar que pode acontecer comigo, tudo isso são sentimentos e pensamentos do passado.

Nada disso parece fazer parte do caráter e da ética dos ABUTRES, o que importa é filmar, registrar as cenas de terror, mostrar o corpo estraçalhado, o ser humano agonizando, se esvaindo em sangue, infelizmente o que importa é o espetáculo.

Enquanto isso, temas importantes e crucias ficam escondidos, são relegados ao esquecimento, como por exemplo:

Quais as causas deste e de outros acidente ocorridos recentemente com feridos e mortos?

Porque os acidentes com vitimas vem aumentando nas rodovias que cortam o Maranhão?

Como está funcionando a fiscalização de estradas MAs e BRs?

As estradas estão sinalizadas e em estado aceitável de conservação??

O que as autoridades precisam, devem e estão fazendo para que tragédias como estão sejam evitadas?

Quem fiscaliza e cobra a execução destas ações ?

Tantas perguntas para serem feitas e respondidas, e os ABUTRES preocupados em registrar a agonia a dor e o sofrimento daqueles que em tese deveriam ser os seus semelhantes.

sábado, 10 de janeiro de 2015

Acordo que garante melhorias no atendimento a adolescentes em conflito com a lei é ratificado




Entre as oitos medidas que integram a Sentença Homologatória, o acordo prevê mudanças no sistema de atendimento socioeducativo com vistas à regionalização de unidades de internação masculina em oito polos: São Luís, Imperatriz, Caxias, Itapecuru, Presidente Dutra, Pinheiro, Balsas e Bacabal.

A Quinta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) julgou improcedente, no final do ano passado, a apelação interposta pelo Ministério Público, questionando a validade da Sentença Homologatória, definida em juízo para garantir melhorias no atendimento aos adolescentes em conflito com a lei. Os desembargadores Ricardo Tadeu Duailibe e José Jorge Figueiredo dos Anjos acompanharam o voto do relator da matéria, o desembargador Raimundo José Barros de Sousa.

O acordo judicial, celebrado em maio do ano passado, REVEJA AQUI é resultado da Ação Civil Pública (ACP) proposta pela Defensoria Pública do Estado (DPE/MA), contra a Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), em razão da superlotação e das condições inadequadas de funcionamento do Centro de Juventude Canaã (CJC).Com a decisão judicial, o Estado do Maranhão e a Funac continuam obrigados a implementar as oitos medidas que integram a Sentença Homologatória.

Para nós, essa decisão é uma vitória não somente para a Defensoria do Maranhão, mas especialmente para os adolescentes do nosso estado que cumprem medidas socioeducativas”, disse Guazzelli, lembrando que o objetivo primeiro da instituição era resolver o impasse da internação provisória de adolescentes em São Luís, o que acabou se transformando em melhorias para toda a rede de atendimento socioeducativo maranhense. 

ENTENDA O CASO

De autoria do defensor público Murilo Guazzelli, a ACP levou o juiz José dos Santos Costa, titular da 2ª Vara da Infância e Juventude de São Luís, a interditar parcialmente, em março de 2014, o Centro da Juventude Canaã (Vinhais), devido à superlotação da unidade. Na época, o magistrado determinou também a transferência dos internos que excedessem a capacidade de lotação de 30 adolescentes, além da realização de reforma nas instalações do centro, sob pena do pagamento de multa em caso de descumprimento da decisão judicial.

No final de novembro do mesmo ano, o juiz José dos Santos Costa, na presença da corregedora da Justiça, desembargadora Nelma Sarney e do juiz diretor do Fórum de São Luís, Osmar Gomes, reuniu o defensor Murilo Guazzelli; a então secretária estadual de Direitos Humanos, Luiza Oliveira; e a ex-presidente da Funac, Anailde Serra, para discutir a situação do CJC, o que gerou a Sentença Homologatória. Também participaram da audiência de conciliação, a promotora de Justiça Fernanda Helena Nunes e a presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente (CEDCA), Maria Bethânia Magalhães.

Crianças e adolescentes vitimas de violência passam a contar com serviço de depoimento especial



Visando humanizar o atendimento e evitar a revitimização, crianças e adolescentes dos municípios de São Luís, Bacabal, Santa Inês, Imperatriz, Caxias, Timon, Raposa, Coelho Neto, Coroatá e São Mateus, vítimas ou testemunhas de violência sexual, física e psicológica passam a contar com espaços estruturados para a coleta de depoimento,  compostos por salas equipadas com sistema de gravação de áudio e vídeo localizado em um espaço reservado, interligado à sala de audiência, de onde o juiz, o promotor, advogados participam do processo. Profissionais de psicologia e serviço social atuam nas salas como intermediadores, realizando a entrevista com as vítimas.

O método permite a escuta em separado das vítimas de menor idade, que costumam se sentir constrangidas de falar na presença de outras pessoas ou dos supostos agressores. “Esse procedimento leva em conta o estágio de desenvolvimento da vítima e o grau de compreensão dos fatos, preservando sua integridade física e emocional”, explicou a presidente do TJMA.

“Nas salas especiais, as vítimas e testemunhas se sentem mais a vontade para narrar os fatos relacionados ao crime, com a presença de profissionais capacitados, e sem sofrerem nenhum tipo de constrangimento ou ameaça”, enfatizou o responsável pela Coordenadoria da Infância e Juventude do Tribunal (CIJ-TJMA), desembargador Jamil Gedeon Neto,

No Maranhão, o primeiro espaço especializado na coleta do depoimento de crianças foi instalado em 2008, no Fórum de Coelho Neto, antes mesmo da recomendação feita pelo CNJ, em 2010. O espaço é coordenado pela juíza membro da CIJ, Karla Jeane Matos, também titular daquela comarca.

CNJ - A implantação das salas de depoimento especial cumpre a Resolução nº 33/2010, do Conselho Nacional de Justiça, que recomendou a criação de serviço especializado na oitiva de menores de idade, vítimas ou testemunhas de crimes, no qual a palavra da criança e do adolescente é valorizada na produção de provas testemunhais para a responsabilização dos agressores.

Com informações do TJ/MA

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Política é como nuvem...






O ex-governador mineiro, Magalhães Pinto, costumava dizer que “Política é como nuvem. Você olha e ela esta de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”. Cito um caso que se encaixa nessa teoria. Quando decidiu se candidatar, em 2012, fazendo uma campanha silenciosa, sem jingles, sem carros de som e sem cartazes, poucos acreditavam que Dicó fosse capaz de se eleger para o cargo de vereador do municipio maranhense de Cantanhede, distante 165 quilometros da capital, São Luis. A nuvem mudou de forma. Raimundo Nonato Ferreira, o popular Dicó,de 47 anos de idade, foi eleito e hoje é um dos vereadores mais atuantes do município.
Prestação de contas

Durante confraternização de fim de ano, no Portal de Eventos, em Cantanhede, Dicó enumerou as principais ações da sua atuação parlamentar e ressaltou o empenho que teve para conseguir a liberação de recursos do PNHR – Programa Nacional de Habitação Rural para a construção de 180 casas. As primeiras 30 unidades serão entregues às famílias ainda este mês.

Solidariedade

O papel essencial dos vereadores é fiscalizar as ações do Executivo e elaborar as leis municipais, como, por exemplo, a Lei Orgânica – que na prática é a "Constituição Municipal". Porém, a atuação de muitos parlamentares municipais ultrapassa as fronteiras das suas atribuições formais.

O vereador Dicó se enquadrado nessa situação. Tem sido presença constante nos debates ocorridos na Câmara e tem demonstrado sensibilidade diante das dificuldades dos mais humildes.

Dicó sempre contribui, na medida do possível, para amenizar os problemas das pessoas buscam algum tipo de apoio. O popular João Preto está entre as pessoas favorecidas com a solidariedade do vereador. Preto ganhou uma bicicleta, doada pelo parlamentar. 

Ascensão política

Pelo desempenho no parlamento e pelo trabalho social que vem praticando, Dicó cresceu politicamente. Assim como acontece com as nuvens, em apenas dois anos de mandato a imagem do vereador Dicó mudou. A pouca expressividade política de 2012 ganhou força. Hoje, Dicó está entre os vereadores de maior prestígio em Cantanhede. É festejado por aliados e respeitado por opositores.

É prudente não duvidar que na eleição de 2016 Dicó volte a surpreender, afinal, o experiente Magalhães Pinto tinha razão. A rápida ascensão do vereador Dicó confirma: “política é como nuvem”, ganha novos formatos a cada instante e costuma surpreender até mesmo os mais habilidosos estudiosos do tema.









sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Homem tem 80% do corpo queimado enquanto dormia no centro de São Luis

 Foto: reprodução
   
Atualizado as 10h00 - 03/01/2015

Internado desde a manhã desta sexta-feira (02), na UTI do Hospital Djalma Marques o Socorrão, em estado grave, morreu na manhã deste sábado o  homem que teve 90% do corpo atingido pelas chamas enquanto dormia em uma praça no centro da capital, Ivaldo Canário de Sousa, conhecido como 'Xitara' não resistiu aos graves ferimentos.

Morador de rua ainda é tratado como assombração 

A imagem de um homem negro, em situação de rua, pobre, sem roupas, agonizando, com 80% do corpo queimado e caído ao chão, foi publicada em praticamente todos os portais de noticias, a sociedade do espetáculo e o sensacionalismo produzem estas aberrações.  

Faltou dizer quem é este homem, porque ele está ali, porque até acontecer o crime ele era invisível. Afinal, quem são as pessoas em situação de rua? Por que elas estão nesta situação? 
                                            
Um homem de 38 anos de idade foi vitima de um grave atentado no centro da capital maranhense na manhã desta sexta-feira (02), ele teve 80% do corpo queimado.

O homem identificado como Ivaldo Canário de Sousa, conhecido como Xitara, dormia em uma praça no centro de Sâo Luis, quando Daniel dos Santos Nogueira de 31 anos despejou combustível sobre o corpo de Ivaldo e ateou fogo. As chamas atingiram 80% do corpo da vitima que foi socorrido por populares.

Chama atenção o tempo para a chegada do socorro, mesmo o acidente tendo acontecido no centro da cidade, próximo aos Hospitais Djalma Marques e Santa Casa, o homem agonizou durante uma hora estendido ao chão, sob o olhar de curiosos, até a chegada de uma viatura do Corpo de Bombeiros que o transportou para Hospital Djalma Marques, o Socorrão I.

Segundo nota divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde,  Ivaldo Canário de Sousa, está internado na Unidade de terapia Intensiva, seu estado de saúde e grave. 

Daniel dos Santos Nogueira, acusado de praticar o crime foi preso e atuado em flagrante, durante depoimento ele confessou ter ateado fogo na vitima por vingança, já que segundo ele, Ivaldo teria lhe roubado a carteira porta cédulas e o aparelho celular. 

Vale ressaltar que a vitima é flanelinha e vive em situação de rua, fato amplamente explorado pela mídia, a imagem de um homem negro, sem roupas, agonizando, com 80% do corpo queimado e caído ao chão, foi publicada em praticamente todos os portais de noticias.

Faltou dizer quem é este homem, porque ele está ali, porque até acontecer o crime ele era invisível, Afinal, quem é a população em situação de rua? Por que elas estão nesta situação? 


O Bicho, de Manuel Bandeira

“Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem”.


O morador de rua ainda é tratado como assombração viva de becos, vielas e calçadas. Está sempre nas marquises, enrolado em papelões e jornais, protegendo-se do frio e das chuvas. São confundidos com o mobiliário urbano e tem a atenção das pessoas tanto quanto tem um banco de praça, um ponto de ônibus ou aqueles “chafarizes” dos bombeiros, bem simpáticos por sinal, no qual as crianças adoram pular. A FIGURA DO MORADOR DE RUA
Somos acostumados a olhar para alguém que está no chão da praça ou perambulando pela rua, mal vestido, e seguir em frente. Parece que estas pessoas já fazem parte do cenário urbano.
Além da indiferença da maior parte da população em relação a estas pessoas, o preconceito gera uma imagem fixa de ‘’pessoa de rua’’. Esta pessoa é aquela que está na rua, provavelmente desde sempre, viciada em drogas, sem estudo, e que comete crimes. Quando existe a aproximação com esta parcela da população, fica nítido que este preconceito não condiz com a realidade. Afinal, quem é a população em situação de rua? Por que elas estão nesta situação? Os invisíveis que eles querem esconder 


Moradores de rua são seres humanos que vivem fora do contexto social, são vidas sem 
direito à saúde, sem médicos e sem remédios; sem direito à moradia, a casa é a rua; sem 
saneamento básico; sem higiene; sem alimentação, comem qualquer tipo de alimentos, 
oriundos dos lixões; sem acesso à educação; sem emprego, em sua maioria não tem instrução 
nem qualificação, logo lhe faltam oportunidades; sem segurança; sem lazer, as drogas lhes 
consomem o tempo. Enfim, são destituídos de cidadania, de condições que lhes confiram 
dignidade.