sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Jornalistas tem acesso negado a mesa de negociação entre Semed e Sindeducação

Semed prorroga anúncio de reajuste e proíbe a presença de jornalista em mesa de negociação


Aconteceu ontem (25) a primeira rodada da mesa de negociações entre o secretário de educação Geraldo Castro e o Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís (Sindeducação) para debater a campanha salarial e a pauta de reivindicações de 2015. Neste primeiro momento, cinco itens foram debatidos, dos 26 que integram o documento.

O principal item da pauta, o reajuste salarial da categoria, ficou pendente, uma vez que o secretário pediu prazo para discutir a proposta de 22,97% com o comitê gestor financeiro do governo, em total desrespeito à data base de fevereiro.

“A proposta de reajuste da categoria foi encaminhada à Semed ainda em janeiro, para que não houvesse prejuízo de tempo na aplicação do percentual. O que a Secretaria está tentando fazer é protelar a decisão, o que só aumenta a frustração dos servidores”, declarou a presidente do Sindeducação, profª Elisabeth Castelo Branco.

Para a elaboração do Plano de Recomposição dos Vencimentos do Magistério e a Revisão dos Critérios de Avaliação e Crescimento nas Carreiras, também foi proposta a retomada de discussão em um momento posterior.

Quanto à Implantação dos Direitos Estatutários referentes às solicitações de 2014, bem como a garantia de prazo para pagamentos, a Semed informou que aguarda a previsão orçamentária da Secretaria Municipal de Administração (Semad), para então tomar posicionamento.

Quanto aos ofícios enviados pelo Sindeducação cobrando a descriminação e valores dos serviços de manutenções preventivas e corretivas realizadas nas escolas que estão relacionadas em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), a assessoria jurídica da Semed comprometeu-se mais uma vez em encaminhá-los ao sindicato. A procrastinação no envio do documento só levanta dúvidas sobre a legalidade das reformas.

Já para 1/3 Hora Atividade, a secretária adjunta de Ensino, Leônia Queiroga, se comprometeu em fornecer a relação das escolas que já possuem a implantação desse direito, e assegurou a retomada discussão do assunto.

“Desde o período da greve esperávamos esse momento de diálogo com o secretário de Educação Geraldo Castro. Infelizmente ainda não recebemos a contraproposta do governo municipal em relação a campanha salarial de 2015, mas agora temos a oportunidade de fazer a mesa de negociação se tornar permanente para discutirmos as problemáticas que tangem a rede pública municipal. Esperamos respeito e valorização para a categoria, e aguardamos que a próxima reunião seja para, definitivamente, discutirmos a nossa proposta de reajuste de 22,97%”, pontuou a presidente do sindicato.

Repúdio

Em um gesto de total arrogância e desrespeito ao trabalho dos jornalistas, o secretário Geraldo Castro impediu a presença da assessoria de imprensa do sindicato na reunião. A direção do Sindeducação repudiou esta atitude e ressaltou o direito fundamental do cidadão à informação, que abrange seu o direito de informar, de ser informado e de ter acesso à informação. Neste sentido, o sindicato considera imprescindível a participação destes profissionais em todo o processo de negociação que definirá aspectos de grande importância para a educação municipal de São Luís.

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