Tortura no Maranhão: SMDH encaminha nota ao Relator Especial da ONU
Decapitações, torturas, linchamentos e chacinas ocorridas sistematicamente no Estado do Maranhão não podem ser explicados como uma fatalidade, mas sim caracterizados como um mecanismo eficaz de controle absoluto sobre a vida humana, induzido por ações/omissões estatais que, cada mais vez, golpeiam, como punhal, à traição, o corpo do inimigo declarado e marcam o fim e a ruína de qualquer ética da dignidade humana.
Sociedade Maranhense de Direitos Humanos
A Sociedade Maranhense de Direitos Humanos encaminhou nota ao Relator Especial da Organização das Nações Unidas (ONU), Juan Méndez, com denuncias sobre casos tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, ocorridos no estado do Maranhão no período de agosto de 2014 a julho de 2015.
A nota foi entregue durante reunião da Comissão Especial da Organização das Nações Unidas (ONU), com a sociedade civil realizada nesta terça-feira (11).
Vale ressaltar que segundo a nota, no período de janeiro a julho de 2015, foram registrados 14 casos, com uma média de 2 casos/mês, o que ainda segundo o relatório da SMDH, representa um crescimento de 66,7% na média. A nota ressalta ainda que apenas uma única ação foi ajuizada contra agentes públicos citados como autores de atos de tortura, objetivando a expulsão dos mesmos.
Conforme levantamento realizado pela Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, no período de agosto de 2014 a julho de 2015, houve o registro de 20 casos de tortura, com 34 vítimas ou mais no Estado do Maranhão.
Dos casos analisados, dois resultaram em homicídio, um em aborto, e em outros, três tentativas de homicídios. A grande maioria dos casos se concentrou na região da Grande São Luís, enquanto que alguns casos ocorreram no interior do Estado.
Dos casos analisados, dois resultaram em homicídio, um em aborto, e em outros, três tentativas de homicídios. A grande maioria dos casos se concentrou na região da Grande São Luís, enquanto que alguns casos ocorreram no interior do Estado.
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