Hildo Rocha questiona governo Flávio Dino por abandono de obra financiada pelo BNDES
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Deputado Hildo Rocha cobra explicações sobre paralisação da construção da primeira escola de ensino médio de Matões do Norte |
“Algo muito estranho está acontecendo, pois a obra é financiada com recursos do BNDES. Logo, imagina-se que a paralisação não seja por falta de recursos. A menos que o dinheiro tenha sido desviado para outra finalidade. É isso que vou fazer utilizando a minha prerrogativa de deputado federal”, afirmou Rocha.
Um grupo de alunos da rede pública estadual de ensino encaminhou ao deputado Hildo Rocha pedido para que o parlamentar interceda junto às autoridades estaduais e federais com o objetivo de explicar os motivos da paralisação da construção da primeira escola de ensino médio do município.
“Os estudantes estão preocupados porque em Matões não existem prédios do estado para o funcionamento das atividades escolares do ensino médio. Atualmente os alunos ocupam prédios do município. O início da obra foi comemorado mas, agora, diante da paralisação os alunos estão apreensivos e me procuraram para manifestar o descontentamento com a situação”, explicou o parlamentar.
Rocha se comprometeu em verificar os motivos da paralisação. “Algo muito estranho está acontecendo, pois a obra é financiada com recursos do BNDES. Logo, imagina-se que a paralisação não seja por falta de recursos. A menos que o dinheiro tenha sido desviado para outra finalidade. É isso que vou fazer utilizando a minha prerrogativa de deputado federal”, afirmou Rocha.
Prevista para funcionar em uma área de 854 m², a escola teria seis salas de aulas, sala de leitura, sala de informática, diretoria, secretaria, arquivo, sala de professores, vestiários, banheiros e outras instalações, a obra foi iniciada em julho de 2014 em uma área no bairro Cidade Alta. Acontece que com a posse no novo governador os trabalhos foram paralisados, o que resta no local é apenas o esqueleto da obra, tudo foi abandonado, a construção foi esquecida, e a população denuncia que o local serve apenas como esconderijo para marginais e usuários de drogas. Um poço de grande profundidade que foi cavado no local, está aberto, oferecendo sérios riscos para as crianças que brincam nas imediações da obra abandonada.
Enquanto a construção do Centro de Ensino Médio Professor Antenor Bogéa segue parada e sem previsão de ser retomada, cerca de 400 alunos do Ensino Médio enfrentam todo tipo de dificuldades para continuar em sala aula. Por falta de local apropriado, o Ensino Médio funciona em turno único - NOTURNO - em um prédio cedido pelo município - Escola Municipal Vilma Sampaio - com três anexos, o que obriga os pais dos adolescentes com idade entre 13 e 15 anos a matricular seus filhos para estudar no horário das das 18:45 às 22:45. Sem falar nos estudantes que residem na zona rural e precisam se deslocar de loais distantes para assistir aula no turno único - NOTURNO.
Pais de alunos, professores e a população em geral reclamam do descaso, abandono e sucateamento da educação por parte do governo do estado, a insensibilidade é clara, visível e repugnante em Matões do Norte.
MA-332
Hildo Rocha citou ainda a precariedade dos reparos que o governo do Estado realizou na MA-332, rodovia que liga Pirapemas e Cantanhede à BR-135. “Não bastasse a péssima qualidade do serviço, a obra evidencia outras irregularidades: primeiro, não há placas de identificação da obra. Querem esconder o que? Por que a omissão das informações exigidas por lei? Segundo: qual a fonte de recursos? Seria do empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)?
Segundo o parlamentar os recursos captados por meio de financiamento junto ao BNDES não podem ser utilizados para esse tipo de serviço. “O financiamento destina-se a investimentos para o desenvolvimento do Maranhão: construção de estradas; reforma e construção de escolas; hospitais; e abastecimento de água”, declarou Rocha.
A suspeita de que o governador Flávio Dino esteja desrespeitando o que determina os termos do contrato do Estado com o BNDES levou o parlamentar a solicitar à instituição informações detalhadas acerca do montante de dinheiro já repassado e a forma como foi aplicado. A instituição se comprometeu de elaborar um relatório que será encaminhado para Câmara Federal.
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Jornalista Abimael Costa