Interessante análise sobre o momento político em Presidente Dutra

PARA LER E REFLETIR

POR EURICO DUTRA
Pois bem. Entre encontros, desencontros e toda sorte de atropelos ocorridos entre a oposição ao governo municipal, eis que nos deparamos com – talvez – o momento mais catastrófico da política presidutrense dos últimos anos.
As alianças que pareciam estar sendo costuradas nas inúmeras reuniões feitas pelos pretensos candidatos à enfrentar o atual prefeito de Presidente Dutra, Dr. Juran Carvalho em sua empreitada rumo à reeleição, deram espaços a uma previsível consolidação da vitória do mandatário maior da cidade.

Nunca antes tinha-se visto tantas aglomerações políticas buscando solidificar um nome em torno do qual pudesse se construir, ainda que minimamente, chances reais de enfrentar Juran Carvalho nas eleições municipais de 2016. Embora tenham sido constantes, nenhuma dessas tentativas se mostrou frutífera, de modo que o que se viu foi o efetivo e concreto “depenamento” do grupo ora cabeceado por Irene Soares, a eterna Pipira. A viúva do ex-prefeito e ex-deputado estadual Remy Soares, viu fiéis escudeiros de seu grupo político capitanearem uma verdadeira revolução dentro de sua confraria, vociferando aos quatro cantos seu apoio político à Juran Carvalho, sabidamente o candidato de maiores – para não dizer únicas – condições de vencer o pleito eleitoral que se inicia.

O político com maior número de mandatos eletivos de Presidente Dutra, José Nunes Martins e seu filho ex-vereador Aristeu Nunes, exaustos do desprestígio sofrido ao longo dos anos, mesmo diante de toda a fidelidade demonstrada aos “Soares” ao longo de décadas, resolveram unir-se a outros tantos ex-aliados de Irene e deflagrar um dos maiores rompimentos de alianças políticas já vistos. O que pode ser entendido por muitos como um ato de rebeldia dos dois, deve ser visto antes de tudo como, nada mais do que um fluxo natural das coisas. O rompimento dos “Nunes” com o grupo hoje liderado por Irene Soares, já era tido por muitos como algo que pairava sobre o tempo, esperando apenas o momento propício para a sua efetivação. Senão, rememoremos a forma como liderava sua equipe política ainda nos idos de sua desastrosa passagem pela administração municipal. Reconhecidamente uma figura ausente das ações esperadas de um prefeito, Irene Soares incorreu no maior erro que qualquer líder ou pessoa comum pode incorrer: entender-se como autossuficiente. Alheia às necessidades e opiniões do povo, a ex-prefeita de Presidente Dutra sequer dava ouvidos aos serviçais mais próximos, abandonando à própria sorte os serviços públicos e os presidutrenses, o que de certo foi decisivo para aquilo com o que se deparou Juran Carvalho ao assumir as rédeas da administração de Presidente Dutra: um completo ambiente de abandono.

Diante de toda a revolução assistida nos últimos dias e depois de ouvir os vários comentários dos eleitores nos últimos dias, não é difícil prever o final dessa história. Conhecida por pleitos concorridos, quase sempre decididos muito próximo ao dia da votação, Presidente Dutra tem tudo para passar por eleições sem maiores surpresas em 2016. Fazendo jus à Lei da Colheita que exige que colhamos exatamente aquilo que plantamos. O grupo oposicionista tem tudo para amargar vergonhosa derrota de Juran Carvalho justamente pelo desprestígio tanto junto ao eleitorado que é o maior conhecedor da desastrosa “Era Soares” à frente da Prefeitura, quanto dos próprios correligionários que viram-se traídos pela sede de poder dos cabeceiam a chapa da oposição. Nem mesmo o suposto apoio do “Governador Regional” poderá livrar Irene Soares da derrota nas urnas.

É esperar para ver.

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