São Luís e a rebeldia

A atual eleição repete o comportamento rebelde da capital maranhense que, em pelo menos 5 eleições, optou de forma diferente da sugestão do Palácio
Para loucura dos blogueiros servis a soldo, a virada da eleição a favor do candidato Eduardo Braide já começa a neutralizar a preferência de um dos leões.


Igor Lago
Quem se der o trabalho de visitar a história das eleições da cidade de São Luis, outrora Upaon Açu dos nossos índios, ou Ilha do Amor para muitos de nossos românticos, ou a Cidade do Reggae para muitos outros que gostam de ouvir uma pedrada jamaicana, a cidade sempre se pautou por sua independência em momentos chave da política maranhense.

Assim foi em 1966 com a eleição do prefeito Epitáfio Cafeteira, em 1985 com a eleição da prefeita Gardênia Gonçalves, em 1988 com a eleição do prefeito Jackson Lago, em 1992 com a eleição da prefeita Conceição de Andrade e, em 1996, com a segunda eleição do prefeito Jackson Lago.

Todas estas eleições derrotaram a preferência dos ocupantes de ocasião do Palácio dos Leões. Parece que o rugir dos dois leões que vigiam a sua entrada principal não atemorizam o rebelde eleitor da capital maranhense.

Perceba o leitor ou a leitora que não mencionei as eleições de 2000, 2004, 2008 e 2012. Nestas eleições os candidatos vitoriosos não tinham a oposição declarada dos Leões, quero dizer, do ocupante de ocasião do principal Palácio do nosso estado, alguns até tiveram o apoio deste, além de que muitos de seus aliados distribuíram-se entre os competidores.

A atual eleição repete o comportamento rebelde da capital maranhense que, em pelo menos 5 eleições, optou de forma diferente da sugestão do Palácio.

Talvez para fins de reajuste de posicionamento e para loucura dos blogueiros servis a soldo, a virada da eleição a favor do candidato Eduardo Braide já começa a neutralizar a preferência de um dos leões. Alguns, como o pai do candidato virado, desconfiam que já podem ser os dois...

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