Vão se os anéis e ficam os dedos

Fico muito incomodado e transtornado com injustiças, principalmente quando as vitimas são pessoas humildes e de boa fé. Ações covardes de espertalhões que abusam da ingenuidade ou da extrema confiança alheia me causam profunda indignação. Descrevo aqui um fato ocorrido recentemente, mantendo o sigilo do local e usando nome fictício para preservar a identidade da vítima. 

Vanda é aposentada, mora com o esposo e um neto. O marido precisa de tratamento contínuo por conta de uma doença crônica que limita seus movimentos. 

Preocupada com o futuro da família e se precavendo para uma eventualidade, Vanda como toda mulher prevenida faz algumas economias que guarda em uma conta bancária. Há cerca de vinte dias ela sentiu falta do cartão bancário, procurou em todos os locais onde poderia ter deixado, mas as buscas foram em vão, nem sinal do cartão. Preocupada foi até a agência bancária e pediu o bloqueio da senha.

Há uma semana atrás, como que em um passe de mágica, o cartão reaparece atrás de um móvel dentro do quarto do casal, local onde poucas pessoas tem acesso, ou seja, lá só entra pessoas conhecidas.

A primeira providência de Vanda foi ir ao banco, ela estava preocupada com as economias que guardara com tanta dificuldade. O que era apenas uma forte suspeita, acabou se confirmando, levaram R$ 6.000,00 da conta.

Fizeram seis saques de R$ 1.000,00, todos no mesmo local, em uma agência onde não existe serviço de monitoramento de câmera. Mesmo Registrando Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia local o delegado foi categórico em afirmar: sem as imagens é praticamente impossível descobrir quem tirou o cartão levou o dinheiro e voltou para colocar o cartão no mesmo lugar. 

Arrasada, Vanda chora o prejuízo, mas segundo ela o que mais doí é saber que quem fez isso é uma pessoa conhecida, próxima, ou seja é gente de casa que tem acesso aos aposentos.

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