O vermelho do PCdoB e o ataque a liberdade de expressão no Maranhão


Bastou o jornalista Aquiles Emir fazer uma postagem criticando o uso abusivo do VERMELHO do PCdoB como cor oficial do governo comunista no Maranhão para o comunicador passar a ser alvo de raivosos ataques, provocações, e muitas, mas muitas respostas jocosas e arrogantes, como se o jornalista estivesse relatando alguma inverdade, ou cometendo algum crime em criticar algo que está aí na vista de todos. 

O mais grave é a tentativa covarde de tentar desconstruir a imagem de um profissional de imprensa competente que está no mercado há mais de três décadas. A minha solidariedade ao colega jornalista, o meu respeito e a minha admiração.  A reação desproporcional ao texto e ao jornalista mostra que os comunistas acusaram o golpe certeiro. Reproduzo aqui o texto que motivou a ira e o ataque dos comunistas.

Vermelho do PCdoB está nas fachadas das escolas, nas carteiras escolares e agora até no fardamento dos alunos



O Governo do Estado deu início esta semana à distribuição de fardamento escolar para alunos da rede estadual de ensino, uma bela iniciativa que visa à padronização da vestimenta dos estudantes e que vem estimulando também a indústria têxtil, por estar sendo comprado de empresas locais, mas há um detalhe que, se tivesse, a roupa, sido confeccionada a pedido de um prefeito, o Ministério Público iria associar o vermelho da gola e das mangas de cada blusão à cor do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), ao qual o governador Flávio Dino é filiado.

Exagero? Talvez não, pois o rubro está presente exageradamente em todas as unidades de ensino, seja nas fachadas dos prédios ou nos assentos em sala de aula e agora no fardamento dos alunos (veja fotos), e quando algo semelhante ocorreu em alguns municípios os prefeitos foram acionados na Justiça para repintarem prédios públicos, refazerem logomarcas etc, pois no entendimento dos promotores de Justiça dessas comarcas estava havendo propaganda eleitoral e promoção pessoal do gestor com dinheiro público.



Peguemos o caso de Chapadinha: A ex-prefeita Dulcilene Pontes Cordeiro, a Dulcilene Belezinha, foi denunciada pelo MP porque as escolas e demais repartições públicas municipais haviam sido pintadas de verde e amarelo. Por mais que essas sejam as cores mais associadas ao Brasil, o promotor Douglas Assunção Nojosa não teve dúvida de associá-las ao Partido Republicano Brasileiro (PRB) ao qual a ex-gestora é filiada.


O mesmo entendimento teve a promotora Larissa Sócrates de Bastos, da Comarca de Santa Inês, ao acionar em julho de 2016 o então prefeito Ribamar Alves para que retirasse de todas as repartições municipais as cores amarela e vermelha porque estariam associando o governo ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), ao qual o ex-gestor é filiado. A Justiça acolheu os argumentos da promotora e enquadrou Ribamar Alves.

Mais recentemente, a promotora Gabriella Gadelha desconfiou que o prefeito de Olho d´Água das Cunhãs, Rodrigo Oliveira, estava tirando proveito pessoal e político ao usar as cores do PDT, o seu partido, em todas as repartições públicas, por isso mandou tirar tudo que era azul e vermelho desses prédios, bem como da logomarca da sua gestão, e mais: que o prefeito pague o prejuízo do próprio bolso.



Desperta curiosidade, portanto, que até o momento, decorridos quase três anos de repintura de escolas e outros imóveis públicos no Maranhão, e agora até em fardamento escolar, nenhum promotor de Justiça tenha notado que há algo de suspeito no uso demasiado da cor mais associada ao comunismo em prédios e outros patrimônios públicos. A cor, é verdade, está na bandeira do Maranhão, mas misturada ao branco, azul e preto, mas estas, como não têm nada a ver com o PCdoB, não servem.


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