Seminário de Igualdade Racial marca o Dia Internacional da Mulher Negra em Matões do Norte


A prefeitura municipal de Matões do Norte realiza nesta quarta-feira (25), Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha. o I Seminário Municipal de Igualdade Racial.

Além de reverenciar e visibilizar as lutas da mulheres negras, contra o machismo e o racismo, o evento inédito no município, busca ampliar o dialogo  promovendo a integração das mulheres, assegurando uma agenda que protagonize a ampliação dos direitos e da melhoria da qualidade de vida das mulheres negras consequentemente da população negra.

O seminário, que acontece no Centro Cultural de Múltiplo, a partir das 16h, conta com uma rica e diversificada programação, como: apresentações culturais, tambor de crioula, monólogos, musicas, danças, reggae, além de desfile para escolha da Miss beleza negra.


Os avanços de uma gestão popular e participativa podem ser vistos, medidos e avaliados através da forma como o governo convive, prioriza, incentiva e contribui para o fortalecimento das causas, lutas e reivindicações dos movimentos sociais.


No município de Matões do Norte, o prefeito padre Domingos Costa inovou adotando uma gestão popular e participativa, priorizando movimentos sociais, minorias, excluídos, e grupos até então invisíveis. 


Base de sustentação e apoio do governo padre Domingos Costa, o protagonismo e empoderamento popular em Matões do Norte vai além das palavras e intenções, se concretizando através de politicas publicas e ações pró positivas implantadas e desenvolvidas pela gestão popular.     

Com base nesta política de protagonismo social, a prefeitura municipal de Matões do Norte realiza nesta quarta-feira (25), Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha. o I Seminário Municipal de Igualdade Racial.

Além de reverenciar e visibilizar as lutas da mulheres negras, contra o machismo e o racismo, o evento inédito no município, busca ampliar o dialogo  promovendo a integração das mulheres, assegurando uma agenda que protagonize a ampliação dos direitos e da melhoria da qualidade de vida das mulheres negras consequentemente da população negra.

O seminário, que acontece no Centro Cultural de Múltiplo, a partir das 16h, conta com uma rica e diversificada programação, como: apresentações culturais, tambor de crioula, monólogos, musicas, danças, reggae, além de desfile para escolha da Miss beleza negra.

SOBRE A DATA

O Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha foi criado em 25 de julho de 1992, durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, na República Dominicana. 

Desde 2014, na mesma data, também é celebrado no Brasil o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.

Nascida no Século 18, ela chefiou o Quilombo do Quariterê, no Mato Grosso. Sob seu comando, a comunidade cresceu militar e economicamente, causando incômodos às autoridades que realizaram diversos ataques ao local.

 A “rainha Tereza” foi capturada e morta. Há relatos de que tenha ingerido ervas venenosas ao ser presa. Foi decepada e sua cabeça pendurada num poste na praça do quilombo.



JULHO DAS PRETAS

Embora as mulheres avancem em áreas como a tecnologia, economia, literatura, ciências e artes mais que os homens, o recorte racial e de gênero mostra que ainda há uma profunda desigualdade entre mulheres brancas e mulheres negras.

As mulheres negras conhecem o preconceito, o racismo e a discriminação racial desde o nascimento até a morte. 

A desigualdade de tratamento em relação à população negra manifesta-se ao longo da vida. As mulheres negras são as maiores vítimas de preconceito, discriminação e racismo, na sociedade. 

O racismo institucional, que existe desde a época da escravização dos povos africanos e afrodescendentes, está em todo setor da sociedade brasileira, principalmente no atendimento nas áreas de saúde, educação, transporte público, trabalho e na segurança pública, dentre outros.

São elas, as mulheres negras, que gastam o maior tempo em transporte coletivo, que ficam por mais tempo na fila de atendimento à saúde pública, esperando vaga para consultas, exames, cirurgias. 

No parto, são elas que permanecem por mais tempo sofrendo dor, sem atendimento médico, sem medicamento adequado, submetidas à ideia de que “negro não sente dor”, sem o reconhecimento do direito a uma vaga para realizar o parto em hospital público. Como consequência, o índice de mortalidade materna é maior entre as mulheres negras. 

As meninas negras sofrem o racismo na escola, tanto por parte de profissionais da educação, como por parte de outras crianças, ao serem excluídas de brincadeira, por dificilmente serem escolhidas para protagonistas em atividades escolares ou por serem alvos de piadas humilhantes sob a justificativa de se tratar de “coisa de criança”.

No trabalho, as mulheres negras recebem menores salários, tendo a mesma escolaridade e desempenhando a mesma função que as mulheres brancas. 

Os maiores índices de homicídios são cometidos contra as mulheres negras. Enfim, são diversos os indicadores socioeconômicos em uma combinação perversa de vulnerabilidade social e racismo que acompanha a população negra durante toda a vida.

 Vejamos alguns dados atuais dessa discriminação e de perda de vidas de mulheres negras:

- 65,3% é o percentual de mulheres negras mortas no Brasil em 2015. 

Três mil mulheres negras que perderam suas vidas em apenas em 01 ano, a maioria com idade entre 15 a 29 anos.  

Nos últimos 10 anos, a taxa de homicídio de mulheres negral aumentou 15,4%, enquanto a  da mulher branca diminui 8% (IPEA-Atlas de Violência e Índice de Vulnerabilidade à Violência 2017-UNESCO);

- Apenas 10,4% das mulheres negras completam o ensino superior (Estatística de Gênero – março/2018 IBGE);

- Conforme IBGE, em 2017, os negros e pardos são mais de 60% dos desempregados ou estão fora do mercado de trabalho formal;

Observamos que essa realidade que vive a população negra coloca desafios prementes para a redução do racismo e do machismo em nossa sociedade.


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