CANTANHEDE: É preciso repudiar a incoerente e vergonhosa tentativa de desconstruir a imagem e a reputação de Marcos Santana



É de todo, reprovável, revoltante e lamentável a reação desproporcional e equivocada  de alguns  vereadores do município de Cantanhede, a fala do Marcos Santana, esposo de uma conselheira tutelar do município, que citou a Câmara Municipal como exemplo, ao sair em defesa dos Conselheiros Tutelares tachados como "vagabundos" por um palestrante, durante a Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.



A fala sincera de Marcos Santana, que de forma corajosa ousou defender os Conselheiros Tutelares, foi recebida pelos legisladores municipais como ofensa e ultraje, por conta disso, Marcos foi tema da última sessão da Câmara Municipal, realizada na segunda-feira (3). 

Ao invés de repudiarem a atitude do palestrante que assacou ataque grosseiro, preconceituoso, e ultrajante contra os conselheiros  tutelares do município; mostrarem-se solidários com a categoria e sair em sua defesa; os vereadores preferiram ignorar tudo isso e, usar o danoso corporativismo para proferir duras críticas e ataques inomináveis à aquele que ousou defender os conselheiros tutelares.

É uma pena que os valores tenham se invertido, e que o corporativismo tenha falado mais alto e dominado os nobres representantes do povo. Aproveitando a ausência do Marco Santana na sessão da câmara, os vereadores agrediram de forma vil e baixa a sua honra e a dignidade atingindo o que um homem tem de mais sagrado que é o seu credo religioso - sua fé - , sua opção sexual -masculinidade -, e sua fidelidade aos princípios morais. Toda a sua história de vida foi colocada em xeque e enxovalhada.

Ao que parece, não falta a Câmara Municipal apenas assuntos e temas relevantes para debate e discussão, falta também coerência, bom senso e respeito ao contraditório, além de humildade para aceitar as críticas e as observações vindas da sociedade, daqueles que pagam impostos e por conseguinte os salários e as vantagens dos nobres parlamentares que em um português claro e direto, são meros funcionários públicos temporários, com data de validade. 

O minimo que se espera da casa do povo é que reconheça o grave equivoco cometido, volte atrás, e emita nota pública de desagravo ao nobre Marcos Santana, com quem me solidarizo de forma incondicional, ao tempo em que repudio toda e qualquer forma de pressão, coação ou violência seja física ou psicológica que tenha como objetivo calar, silenciar ou reprimir manifestações de opiniões e pontos de vistas contraditórios, afinal, ocupantes de cargos públicos podem devem se acostumar às criticas e  a conviver pacificamente com o divergente.

Não custa lembrar aos ofendidos edis que o Estado Democrático de Direito não é objeto de ficção ou conto de carochinha, ele é real e cada vez mais presente em todas as situações que envolvam a garantia dos direitos individuais e da dignidade da pessoa humana.

Abimael Costa., 53, jornalista.

            

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