Jovens executados na periferia de São Luis são vítimas do Estado


 Para alguns pobreza é crime punido com pena de morte 

Gustavo, Joanderson e Gildean, três jovens pobres, moradores da zona rural de São Luis do Maranhão, - área de periferia - sem nenhuma passagem pela polícia e sem nenhum envolvimento com o mundo do crime, foram friamente executados. Os corpos foram encontrados por populares em uma área de matagal  no povoado Mato Grosso, nas proximidades do Coquilho.

Qual crime Gustavo, Joanderson e Gildean cometeram para merecer a pena capital? É simples, os três morreram porque eram pobres e moradores da periferia. Infelizmente, ser pobre é crime capital, punido com morte sumária.

Além de sofrerem a perda dos ente queridos, a família dos jovens sofria o constrangimento de não ter condições financeiras sequer para dar um enterro digno aos seus filhos.  

Algumas pessoas caridosas criaram rapidamente uma campanha de solidariedade com vistas a arrecadar recursos para pagar as despesas com o sepultamento.

Diante de toda essa carnificina, é triste constatar que a dor, a humilhação e o sofrimento destas famílias são ignoradas pelo Estado. Inerte e omisso, o poder público assiste tudo de camarote, como se não fosse ele o principal culpado do extermínio em massa de jovens pobres, negros e moradores das periferias brasileiras.
               
Na manhã da última quinta-feira (3), Gustavo Feitosa Monroe, de 18 anos, Joanderson da Silva Diniz, de 17 anos, e Gildean Castro Silva, 14 anos, saíram de casa na zona rural de São Luís, para catar caranguejo; como demoraram a dar notícias, familiares e amigos começaram a procurar os jovens.

OS três corpos foram encontrados por populares, na manhã da sexta-feira (4), em um matagal no entorno de um residencial do programa Minha Casa Minha Vida, no povoado Mato Grosso, na zona rural de São Luís, nas proximidades do Coquilho. 

A pericia confirmou que os jovens foram executados com disparos de arma de fogo na região na nuca.      




    

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