O convívio diário com a face triste e cruel da violência sem máscaras e sem retoques


A morte está a espreita, a qualquer momento, qualquer um pode ser morto a tiros, não importa quem seja, e o local em que esteja, todos estão expostos ao alcance do torneio de tiro ao alvo promovido pelo matadores, a insegurança é real e cruel, a todo instante um novo caso, cada um mais bárbaro que o outro. 


Claro que os mais pobres e miseráveis que povoam as periferias, becos e ruelas deste Brasil desigual, preconceituoso e conservador são mais vulneráveis e por isso mesmo, são mortos como moscas, sem que nada seja feito para impedir a carnificina.

Nessa nova era em que adentramos, a filosofia que predomina é: "BANDIDO BOM É BANDIDO MORTO". Como o Brasil elitista definiu há tempos que ser pobre, negro e favelado é crime, nada mais natural que a limpeza étnica avance sobre os menos favorecidos. A ordem é atirar primeiro perguntar depois.

Na quinta-feira (3), três jovens, de 14, 17 e 18 anos, moradores da periferia de São Luís foram  executados com tiros na nuca. Sem passagem pela polícia, sem nenhum envolvimento com o mundo do crime, os jovens foram mortos por serem pobres, fato que os torna criminosos passiveis da pena capital, afinal BANDIDO BOM É BANDIDO MORTO. 

Em Santa Inês um comerciante de 53 anos foi executado a tiros no inicio da manhã do último sábado (4), quando abria as portas de seu estabelecimento comercial.   Antonio Alves de Sousa, de 53 anos, o Tonico, era pai de Carla Sousa, vereadora de Santa Inês que está no segundo mandato. Em 21 de dezembro de 2017, um irmão da vereadora também foi morto a tiros por desconhecidos na periferia de Santa Inês.    

Tonico foi morto nas proximidades do Complexo de Segurança Pública de Santa Inês, onde funcionam a 7ª Delegacia Regional de Polícia Civil e a 2ª CIA da Polícia Militar.


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