No Dia Mundial da Mulher Negra, Matões do Norte amplia discussões sobre a luta para para superar a opressão histórica


Enquanto o país assiste atônito o avanço do retrocesso social, da perda de direitos e da negação da cidadania e dos direitos individuais, Matões do Norte incentiva a ampliação dos debates e da discussão sobre os meios para superar a opressão histórica sobre as mulheres negras e de comunidades tradicionais, buscando assegurar o reconhecimento de seus direitos e o acesso pleno a políticas públicas.


No Dia Mundial da Mulher Negra, Latino Americana e Caribenha, 25 de julho, o município realizou um grande evento para marcar a data. 


O Objetivo é fortalecer os movimentos sociais, garantindo o empoderamento da mulher negra através da superação dos desafios históricos.


O Seminário em Alusão ao Dia Internacional Da Mulher Negra Latina e um desfile de moda reuniram um grande público. 


A organização ficou por conta da Coordenadoria de Promoção de Igualdade Racial e Coordenadoria da Mulher.


SOBRE A DATA 

Em 1992, na cidade de Santo Domingo, na República Dominicana no Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, criou-se a Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, onde definiu-se o dia 25 de julho como Dia da Mulher Afro-latino-americana e Caribenha. No Brasil, oficializou-se a data em 2014, quando a então presidenta Dilma Rousseff sancionou a Lei nº 12.987 determinando o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.

Tereza de Benguela, foi uma mulher quilombola, rainha e chefe de estado, que viveu no século XVIII no Vale do Guaporé. Ela liderou o Quilombo de Quariterê, no estado do Mato Grosso, que resistiu da década de 1730 até o final do século.

DADOS E NÚMEROS 

De acordo com o Atlas da Violência 2019, foram registrados 4.936 assassinatos de mulheres em 2017, sendo que 66% das vítimas é negra, morta por armas de fogo, tendo boa parte acontecido dentro de casa. Na política, dados da campanha Mulheres Negras Decidem apontam que, em 2018, dos 513 parlamentares, apenas 10 eram mulheres negras.

No país, elas são 55,6 milhões, chefiam 41,1% das famílias negras e recebem, em média, 58,2% da renda das mulheres brancas. Os dados foram extraídos do Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, de 2015, feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).



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