Falta d'água em Miranda do Norte, uma grave crise que já dura mais de meio século


Miranda do Norte convive há décadas com uma gravíssima crise hídrica. A falta de água na cidade remonta aos anos 60 do século passado e vem se arrastando décadas a fio. 


Ao longo do tempo, tal qual a seca no nordeste, a crônica crise hídrica de Miranda do Norte foi e segue sendo plataforma de campanha eleitoral de uma sem conta de políticos das mais diversas ideologias.


Não importa se situação ou oposição, comunistas, esquerdistas, de direita, de centro, novas e velhas “lideranças”, filhos da terra ou forasteiros,  senadores, deputados federais e estaduais; governadores, prefeitos, vereadores, secretários de Estado ou do município, todos têm solução, resposta e saída para a falta d'água em Miranda do Norte.


Certa feita nos idos de 1970, o então deputado federal João Castelo em palanque armado em frente o antigo Posto do Salim, hoje Posto Americano exclamou em alto e bom som: “Hoje trago notícias alvissareiras aos mirandeses, resolvemos o problema da falta d'água nesta localidade.   


Depois de Castelo, perdeu-se a conta das promessas, propostas e projetos milaborantes e mágicos  lançados e discutidos ao longo de meio século.  Quase todos sumiram como que em passe de mágica.


É bem verdade que por conta do crescimento populacional e da grande pressão dos mirandenses,   alguns esporádicos e solitários paliativos foram feitos ao longo do tempo. 


Trazer água do rio Itapecuru através de uma adutora ligando Cantanhede a Miranda do Norte parecia à época ser a solução perfeita  para o problema. Anos depois a medida se mostra ineficiente e incapaz de atender a demanda local.     


Uma série de poços artesianos perfurados na zona urbana do município com objetivo de amenizar a crise hídrica também não surtiu o efeito esperado.


Para piorar ainda mais o que já era grave, a adutora vem sofrendo constantes vazamentos e  rompimentos provocados pelo desgaste natural do tempo,  o que ocasiona a suspensão do fornecimento  d'água por dias e semanas  a fio.

A população, maior prejudicada em todo esse jogo de empurra empurra,  cansou de comprar água e por isso, reclama e cobra de forma veemente uma solução rápida, eficiente e definitiva para esse que é sem dúvida o mais grave problema que afeta a todos há mais de 50 anos.         


Na última semana uma força tarefa da Prefeitura Municipal de Miranda do Norte  em conjunto com uma equipe da  CAEMA trabalharam durante seis dias no reparo de mais um vazamento da adutora no trecho entre Cantanhede e Matões do Norte. 


Até quando Miranda do Norte vai conviver com essa mazela?    



NOTA 


A prefeitura Municipal de Miranda do Norte, através das secretarias de TRANSPORTES, SEMMA, Equipe da Caema, trabalha para concluir o reparo de um cano estourado na adutora que vem de Cantanhede até Miranda, que desde segunda feira havia estourado. 


O trabalho em conjunto foi necessário, pois a cidade de Miranda encontrava-se prejudicada com a falta de água, em 70% dos bairros da sede. 


O prefeito Eduardo Belfort, mobilizou as equipes e chamou a responsabilidade para que fosse tomada as devidas providências. 


Prontamente o secretário de transportes, Adson Mendonça foi  até o local resolver o problema, e garantir que a água voltasse a chegar nas torneiras das famílias mirandense” Afirma o secretário Municipal  de Meio Ambiente, Pedro Carvalho.  


Essa ação durou seis dias de incansável trabalho, porém, somente assim podemos lograr êxito e assim resolver o problema com a falta de água nas casas de todos os mirandenses” Conclui Pedro Carvalho  


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