Por declarações homofóbicas em rede social, vereador de Lago da Pedra é alvo da Defensoria Pública
As redes sociais estão no centro do debate político, eleitas queridinhas e preferidas pelos políticos, consideradas como ferramenta indispensável e essencial no marketing político, seu uso viralizou no meio político, especialmente entre pré-candidatos ao pleito de 2020.
Mas as redes sociais, como qualquer ferramenta, é neutra, ou seja o modo de usar é que vai determinar o resultado final, por exemplo, uma faca pode ser usada para cortar queijo, descascar uma laranja ou para ferir alguém.
Detentores de cargos públicos, pré-candidatos, lideranças religiosas, sociais, políticas e sindicais devem redobrar os cuidados na hora de usar as redes sociais. Qualquer deslize, descuido ou excessos pode significar o fim das pretensões políticas.
Falas, comportamentos, brincadeiras, piadas, provocações, até então considerado(a)s “normais” por alguns grupos na vida real, quando postadas, publicadas, e/ou compartilhadas, curtidas e comentadas de forma inadvertidas ou proposital, nas redes sociais, podem ser denunciados, interpretado(a)s e enquadrados como crimes de preconceito, discriminação, homofobia, racismo, calúnia e/ou difamação.
No último sábado (18), a Defensoria Pública do Estado do Maranhão (DPE/MA), divulgou Nota repudiando ato que tomaram conhecimento por meio de um boletim de ocorrência, no qual o vereador daquele município Julyfran Freires de Sousa Nascimento e Edson Galvino, dentre outras pessoas, vêm utilizando-se da rede social denominada “WhatsApp” para disseminar figurinha com conteúdo de caráter homofóbico.
A produção e o compartilhamento de conteúdo digital de caráter nitidamente homofóbico constituem-se como grave e ilegal violação de direitos individuais. Com base nisso, os defensores titulares do Núcleo Regional da Defensoria Pública do Estado (DPE/MA), em Lago da Pedra, Vinícius Jerônimo Oliveira e Túlio Licínio Garcia manifestaram repúdio público.
Segundo a nota, a intenção é ofender Pedro Euzébio Silveira Arruda, com a postagem de fotos da vítima e uma subscrição em que consta a seguinte frase “Será se é franga?”.
Conforme os defensores públicos, diante do ocorrido, “a Defensoria Pública do Estado do Maranhão, compromissada com a defesa dos direitos fundamentais da comunidade LGBTQI+, por meio do Núcleo Regional de Lago da Pedra/MA, repudia qualquer ato político ou não que venha fomentar a intolerância, chacota, desrespeito, inferiorização e a marginalização desses indivíduos, bem como enfraquecer os direitos individuais e coletivos conquistados por quaisquer grupos vulneráveis”.
VEJA ÍNTEGRA DA NOTA DE REPÚDIO
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Jornalista Abimael Costa