“Ministro Fernando Haddad é desarmador de bombas”, afirma Hildo Rocha


Durante audiência pública sobre a política econômica do País, realizada na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, com o ministro da Fazenda, o deputado federal Hildo Rocha, que é membro titular da comissão, afirmou que Fernando Haddad é um “desarmador de bombas”. De acordo com o parlamentar maranhense, a primeira grande bomba desarmada por Haddad poderia ter explodido no ano passado.

Rocha lembrou que apesar das dificuldades do momento em que o ministro assumiu, Haddad foi muito hábil na condução da economia do País.


“Sr. Ministro, nós temos que reconhecer o excelente trabalho que V.Exa. está realizando no Ministério da Fazenda. V.Exa. assumiu em um cenário muito difícil, com uma bomba preparada para explodir em 2023 quando nós aprovamos, em 2021, a PEC 23/21. Eu me posicionei contra”, enfatizou.

PEC do calote: o fato gerador da “bomba”

Hildo Rocha explicou que ao permitir o parcelamento dos precatórios, a Emenda Constitucional empurrou pra 2023 o pagamento de 80 bilhões de reais em precatórios, que obrigatoriamente deveria ter sido pago em 2022, inclusive estavam no orçamento de 2022.

“Foi ideia do ministro Paulo Guedes. Então, essa dívida foi empurrada. Gerou-se ali, em 2022, um superávit fake, que, na verdade, não era um superávit. Deixou-se de pagar dívidas existentes, já em precatórios. Tratavam-se de precatórios. Aquela PEC ficou conhecida como a PEC do calote”, enfatizou o parlamentar.

Novos desafios

Hildo Rocha disse que atualmente, em consequência da situação caótica do Rio Grande do Sul, novamente o ministro Fernando Haddad está diante de um novo desafio que exige muita habilidade para superá-lo.


“O Governo Federal tem agido corretamente. O Presidente Lula tem colocado o Governo Federal à disposição do Rio Grande do Sul, encaminhando recursos, com medidas provisórias já editadas, liberando só em um dia 12 bilhões de reais. Então, eu sei que as ações são necessárias para recuperar o Rio Grande do Sul, que foi destruído por um evento climático extremo, mas confesso que também estou preocupado com a questão fiscal. As suas ações, até agora, surtiram efeito, foram adotadas corretamente. Eu espero que esse episódio do Rio Grande do Sul não arme nenhuma nova bomba”, sublinhou Hildo Rocha.
 

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