CÂMARA CORTA GASTOS PARA TENTAR CONTER CRISE FINANCEIRA
O presidente da Câmara Municipal de Santa Inês, vereador Franklin Seba comunicou na manhã desta quinta-feira (03), aos 17 vereadores recém empossados que eles não poderão contratar assessores a não ser que pague dos seus próprios salários, é que nas legislaturas anteriores cada vereador tinha direito a dois (02) assessores pagos pela câmara municipal.
Esta medida tenta amenizar a grave crise financeira pelo que passa a câmara municipal, que precisa se adequar nova realidade dos fatos. O aumento do numero de vereadores que passaram de 10 na legislatura passada para 17 na atual, o aumento de mais de 60% no salario dos vereadores que de R$ 4.900 passou para R$ 8.000 sem o aumento de receita, além da obrigação de cumprir determinação constitucional que fixa em 70% o limite de gastos das receitas com folha de pagamento geraram esta crise anunciada.
Sobre este tema gostaria de fazer algumas considerações :
Diante desta noticia, que tentam emplacar com estardalhaço como um fato novo e inusitado, como se esta fosse uma decisão moralizadora e enérgica tomada pelo novo presidente da câmara municipal de Santa Inês, lembro a velha frase que cabe como uma luva neste caso em particular: “Está tudo como dantes no quartel d’Abrantes”.
Senão vejamos, Aplicam de forma inteligente e sorrateira a velha tática de usar um fato secundário como cortina de fumaça para tirar o foco e a atenção daquilo que realmente interessa. Por exemplo, quando foi votado e aprovado o projeto que aumentava de 10 para 17 o numero de vereadores o mesmo projeto dizia que não haveria aumento de receitas, o valor que era dividido por dez deveria ser dividido por 17.
Mesmo sabendo disso, legislaram em causa própria reajustando seus salários em mais de 60%, que passaram como que em um passe de magica de R$ 4.900 para R$ 8.000. Este é o fato que querem esconder e que merece ser debatido, que chama a atenção.
Faço aqui alguns questionamentos:
Porque o reajuste de mais de 60%?
Baseado em que argumentos?
Quanto cresceu a receita do município no mesmo período?
Que índice foi usado para fazer o reajuste?
A Câmara votou e aprovou o mesmo reajuste para os servidores públicos municipais?
Se os novos vereadores eleitos e reeleitos querem realmente tomar uma medida moralizadora, ética e impactante porque não aprovam um projeto de lei anulando o reajuste de mais de 60% em seus salários?
Aos que estão cegos pela cortina de fumaça, vale lembrar que os R$ 3.100 de reajuste salarial dos vereadores é suficiente para pagar os dois assessores e ainda sobra dinheiro.
GRATO
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Jornalista Abimael Costa