Após deputado Yglésio denunciar abuso de autoridade durante prisão de apresentador de TV em Vargem Grande, SPCI reage e divulga nota sobre o caso - VÍDEOS -

Depois que o deputado Yglesio denunciou na tribuna da Assembleia Legislativa  nesta segunda-feira (23), suposto abuso de autoridade ocorrido durante a prisão do apresentador da TV Líder, Toninho Abreu na última quinta-feira (19), na cidade de Vargem Grande, a Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI) reagiu e divulgou nota de esclarecimento sobre a prisão do apresentador.

Toninho Abreu foi preso pela Polícia Civil em cumprimento a mandado judicial expedido pela comarca do município, por conta de não pagamento de pensão alimentícia

Além de apresentador de TV, Toninho é ex-vereador de Vargem Grande e secretário municipal adjunto, fato que contribuiu para ampliar a repercussão da prisão, vista por aliados do ex-vereador como perseguição política. 



  

A Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI), divulga nota sobre a prisão do Apresentador Toninho Abreu em Vargem Grande MA.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

No dia 19.09.2019, a Polícia Civil do Maranhão, por intermédio da Delegacia de Polícia de Vargem Grande, desencadeou uma operação para dar cumprimento ao Mandado de Prisão Cível expedido pela comarca de Vargem Grande contra o nacional ANTÔNIO ONESIPO DE ABREU FILHO, vulgo “TONINHO ABREU”, o qual apresentava uma dívida de pensão alimentícia no valor aproximado de R$ 38.000,00 (Trinta e Oito mil reais). 

A operação foi comandada pelo Delegado de Polícia Pedro Adão e contou com a presença de mais um Delegado de Polícia e dois Investigadores de Polícia. Durante a execução do cumprimento do mandado de prisão, conforme veiculado em diversas imagens gravadas, o alvo, ao invés de cumprir todas as ordens para que tudo transcorresse dentro da normalidade, acabou resistindo à prisão utilizando-se de violência, bem como, ameaçou por várias vezes a Autoridade Policial que comandava a operação e incitou a População presente no local, motivo pelo qual foi conduzido para a Delegacia Regional de Itapecuru, onde foi autuado em flagrante pelos crimes previstos nos Arts. 147, 286 e 329, todos do Código Penal, procedimento este lavrado pela Delegada de Polícia plantonista. 

Não obstante a prisão ter se dado dentro da normalidade, o caso ganhou grande repercussão, de modo que é bom esclarecer e detalhar alguns pontos da operação:

I- Do Meio de condução até a Delegacia: o alvo, por se achar uma pessoa detentora de privilégios, solicitou que fosse pra Delegacia em seu carro particular. Tal procedimento não tem previsão legal, e o alvo, como qualquer outro cidadão na condição de preso, deve ser levado custodiado em veículo oficial ou que esteja em uso por agentes públicos;

II- Da Condução no “Xadrez” da Viatura: o alvo, intitulando-se Autoridade, se negou a ir no “Xadrez” da Viatura. A condução de presos no “Xadrez” da Viatura é norma de segurança observada em todas as polícias do país, não gozando o alvo (maior de idade), de qualquer privilégio.

III- Do Uso de Algemas: Foi oportunizado ao alvo ser conduzido para a Delegacia de Polícia sem o uso de algemas, sendo que o Delegado que conduziu a operação só ordenou que o alvo fosse algemado após este se recusar a cumprir os protocolos de segurança da operação, de modo que até este momento o alvo encontrava-se livre de algemas;

IV- Do Uso moderado da força: A equipe Policial só fez uso da força após o Alvo atacar um dos Investigadores da operação, o qual havia lhe retirado o aparelho celular a fim de executar o cumprimento ao Mandado de Prisão. Ainda assim, a força foi utilizada de forma moderada, apenas para conter e imobilizar o alvo;

V- Dos familiares do alvo: Os familiares do alvo invadiram o local da operação e a todo custo tentaram obstacularizar a ação da Polícia Civil. Por diversas vezes os familiares fizeram contato físico com a equipe Policial, a qual, ainda assim, não reagiu. No momento final da operação uma irmã do alvo, tentando provocar a equipe policial, ainda segurou o braço da Autoridade Policial que comandava a operação, sendo advertida de forma enérgica, porém ainda assim sem o uso da força.

Salienta-se que a Polícia Civil segue normas padronizadas de segurança, independentemente de quem seja a pessoa sujeita à intervenção Policial.

Assim, resta claro que a operação se deu dentro da estrita legalidade, já inclusive, apreciada pelo Poder Judiciário.

Há de se destacar, por fim, que o Delegado que conduziu a operação não nutre nenhum tipo de sentimento pessoal, seja ele negativo ou positivo, pelo nacional alvo da operação acima descrita. O Delegado de Polícia investiga fatos criminosos, e não pessoas, sejam eles cometidos por quem quer que seja, o que faz com que, não raras as vezes, deixe a Autoridade Policial em lado oposto ao nacional “Toninho Abreu”.





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