A BANALIDADE DO MAL : Homem solta fogos de artifício e comemora a morte de Alberto Rocha, prefeito de Santa Quitéria - VÍDEO
O vídeo com cenas macabras e deprimentes de um "homem" soltando fogos e festejando a morte de Alberto Rocha, (45), prefeito do município maranhense de Santa Quitéria , vitima de covid-19, provoca repulsa, indignação, revolta e muitos questionamentos. Santa Quitéria em LUTO: Vítima de Covid-19, morre aos 45 anos, Alberto Rocha, prefeito do município
Afinal, a que ponto chegamos? onde falhamos? De uma coisa tenho certeza, a banalidade do mal se entranhou como um câncer na sociedade humana, a metástase contaminou e comprometeu todos os "órgãos vitais" que sustentam o que conhecemos como "mundo dos humanos".
O humanismo, base da sociedade por séculos há fio, está corroído, carcomido e destruído. A normose é a palavra de ordem destes novos tempos sombrios onde a banalidade do mal dita as regras e, recebe aprovação e louvor dos ditos e tidos como "cidadãos de bem".
Me parece nem valer mais apena questionar os motivos que levam um individuo dito e tido como "normal" a agir de forma tão abjeta, cruel, desumana e antiética.
Massacrar e tripudiar a honra e a dignidade de um homem que já não pode mais se defender, desrespeitar, ignorar, comemorar e festejar a dor e sofrimento de uma comunidade, de um grupo, de uma família para mim são crimes hediondos que merecem a devida atenção do Estado sob pena de se institucionalizar a barbárie.
Os sintomas de degradação da dita sociedade moderna estão claros, evidentes e escancarados. Estamos em uma encruzilhada, todo ser humano racional precisa se questionar, tomar posição sobre o tema, afinal é impossível se isentar, passar ao largo, fechar os olhos e os ouvidos. Adotar a normose, acreditem, não é o melhor opção. Ainda é possível reagir!
Abimael Costa - 07/06/2020
“Nenhum homem é uma ilha, inteiramente isolado, todo homem é um pedaço de um continente, uma parte de um todo. Se um torrão de terra for levado pelas águas até o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse o solar de teus amigos ou o teu próprio; a morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntai: Por quem os sinos dobram; eles dobram por vós” John Donne. “Meditação XVII” (1623), do livro ‘Devotions Upon Emergent Occasions’, (1624)
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