Continua crescendo o número de mulheres mortas de forma violenta no Maranhão
Larissa, Flor de Maria, Mariana, Marlene, Raíssa, Vitória e Helenice, tem algo em comum, elas estão entre as mulheres que foram brutalmente assassinadas com requintes de crueldade Durante o mes de novembro em vários pontos do Maranhão. No inicio da noite do ultimo domingo (27), Helenice Cordeiro da Silva, foi agredida a socos e pontapés e depois morta com uma profunda facada na altura do pescoço que quase separa a cabeça do corpo.
O acusado de cometer o crime foi preso em flagrante e identificado como Ismael da Conceição Silva, suposto namorado da vítima. O crime aconteceu no centro de Araguanã, cidade maranhense de 15 mil habitantes localizada às margens da BR 316 e distante 348 quilômetros de São Luís.
É assustador e revoltante que no mês em que entidades como o Fórum Maranhense de Mulheres, Fórum de Mulheres de Imperatriz, Rede Amiga da Mulher, Rede de Educação Integral, Conselho Municipal da Condição Feminina, Conselho Estadual da Mulher e Articulação de Mulheres Brasileiras articulados com instituições da sociedade civil e poder público nas comunidades, municípios e regionais do Maranhão, realizam nos dias 18 de novembro à 10 de dezembro a Campanha dos “16 Dias de Ativismo no Maranhão: combate à violência contra as mulheres, ocorram tantos assassinatos de mulheres no Maranhão.
Na terça-feira (22), a deputada federal Eliziane Gama (PPS-MA), A deputada federal Eliziane Gama (PPS-MA) cobrou ações mais fortes do poder público no combate à violência contra a mulher.
No Plenário da Câmara, ela lembrou das ações que estão sendo realizadas em todo país da campanha dos “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres” e enfatizou a necessidade do país firmar compromisso de diminuir o número de casos. Gama também sugeriu a inclusão da Lei Maria da Penha no currículo escolar.
“Os órgãos de proteção ainda são ineficientes, pois deveriam funcionar de forma mais sincronizada. Precisamos de mais Delegacias e Varas especializadas nos estados brasileiros para tratar das mortes de mulheres e combater este tipo de atrocidade. Precisamos ter a inclusão deste tema no currículo escolar de nossas crianças e adolescentes, para que possam ter entendimento sobre a Lei Maria da Penha”, defendeu.
A parlamentar lamentou o número elevado de assassinatos de mulheres, principalmente os relacionados à violência doméstica. “Este mês de novembro foi protagonizado pelo assassinato quase diário de mulheres no Maranhão.
Eliziane enalteceu o trabalho da Bancada Feminina da Câmara dos Deputados e a aprovação do projeto de tipificação do feminicídio no Brasil. E finalizou o discurso pedindo mais empenho dos estados e citou ainda dados que mostram que metade das mulheres brasileiras já sofreram algum tipo de agressão.
“Não podemos permitir que as mulheres continuem sendo brutalmente assassinadas. Venho aqui trazer a minha indignação e revolta pela falta de estruturação nos equipamentos de proteção à mulher. E pedir maior celeridade dos órgãos que já existem para a investigação destes crimes que tem tomado conta do nosso país”, concluiu.
MULHERES ASSASSINADOS NO MARANHÃO DURANTE MÊS DE NOVEMBRO
Ákila Santos Feitosa foi morta a tiros na noite de quarta-feria (9), em Imperatriz
http://imirante.com/imperatriz/noticias/2016/11/09/mulher-de-traficante-morre-em-troca-de-tiros-em-imperatriz.shtml
Flor de Maria Silva Santos, foi encontrada morta na manhã de quinta-feira (10), em sua residência. A vítima foi assassinada de forma cruel a golpes de arma branca.
http://www.portaldomunim.com.br/violencia-impera-na-cidade-de-rosario-mulher-e-encontrada-morta-em-residencia-em-povoado-de-rosario/
Larissa Melissa Silva Costa, foi morta a tiros na manhã de quinta-feira (10), em Imperatriz
http://imirante.com/imperatriz/noticias/2016/11/10/mais-uma-mulher-e-assassinada-em-imperatriz-em-menos-de-48-horas.shtml
Mariana Costa, sobrinha-neta de José Sarney é encontrada morta dentro de seu apartamento em Sâo Luís, na tarde de domingo (13)
http://imirante.com/oestadoma/noticias/2016/11/14/sobrinha-de-jose-sarney-e-encontrada-morta-dentro-de-casa.shtml
Marlene Rodrigues da Silva, a Marlene Guega, de 38 anos, foi executada a tiros de pistola no início da madrugada de terça-feira (15), na cidade de Alto Alegre do Maranhão.
http://www.carlinhosfilho.com.br/2016/11/irma-de-vereador-eleito-e-assassinado.html
Francileude Gomes dos Santos, de 33 anos, foi encontrada morta, e com a cabeça decepada na Avenida do Aeroporto, no bairro do Mocó, em Coroatá. na manha de quarta-feira (16)
http://coroataonlinema.com/noticia/mulher-e-encontrada-morta-com-a-cabeca-decepada-em-coroata
No sábado (19),o corpo de Raíssa Melo Diniz, 17 anos,foi encontrado queimado, esquartejado e jogado em uma área de mangue em São Luís.
http://www.abimaelcosta.com.br/2016/11/dois-adolescentes-teriam-participado-do.html
Populares encontraram o corpo de Vitória Alexcya Rodrigues Brandão, 17 anos, no inicio da manhã deste sábado (26), na Avenida Gonçalves Dias, Bairro Novo em Miranda do Norte.
http://www.abimaelcosta.com.br/2016/11/corpo-de-adolescente-e-encontrado-semi.html#more
No inicio da noite deste domingo (27), Helenice Cordeiro da Silva foi morta na cidade de Araguanã com um profundo golpe de arma branca que por pouco não lhe decepou a cabeça.
http://www.acidadedeverdade.com.br/2016/11/em-araguana-policia-age-rapido-e-coloca.html
16 dias de Ativismo no Maranhão: combate à violência contra as mulheres
O objetivo é intervir junto à população de forma criativa, através de exposição, grafitagem, sarau, festival artístico, na perspectiva de reflexão sobre o combate à violência contra as mulheres e morosidade na aplicabilidade da Lei Maria da Penha, debater a cerca das medidas de combate a violência doméstica e familiar contra as mulheres, ampliando os espaços de discussão com a sociedade e disseminando as ações de enfrentamento à mulher vítima de violência doméstica e de gênero nas escolas, comunidades e municípios para divulgar os serviços da rede de enfrentamento a violência contra as mulheres em São Luís e no Estado.
A Campanha dos 16 Dias de Ativismo, constitui-se em um empreendimento de defesa dos direitos das mulheres, contribuindo para a divulgação e efetivação da Lei Maria da Penha e, ainda, desenvolvendo intervenções técnicas que possibilitem desvendar o fenômeno, complexo, da violência de gênero. Traduz-se em um espaço de encontro entre a instituições públicas, ONGs, escolas estaduais e públicas e os interesses e/ou necessidades da sociedade organizada, em seus diversos níveis.
Aqui no Maranhão a Campanha ganha um estilo próprio, todo maranhense, com programação com muitas atrações culturais e debates que vão durar para além de 16 dias, 30 dias de campanha, afinal de contas todo dia, é dia da MULHER! E todos os dias são dias de lutar [ela igualdade de direitos e PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER!
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Jornalista Abimael Costa